Philip Morris International Inc. (NYSE:PM)

Receita líquida

Observa-se uma tendência de aumento consistente na receita líquida ao longo do período analisado. A receita iniciou em aproximadamente US$ 25,7 bilhões em 2008 e apresentou um crescimento gradual, atingindo cerca de US$ 37,9 bilhões em 2024. Apesar de variações anuais, o crescimento de longo prazo é evidente, indicando uma expansão nas operações ou na demanda pelos produtos da companhia.

Resultado operacional

O resultado operacional também mostra uma trajetória de alta, embora com algumas oscilações ao longo dos anos. Em 2008, o resultado ficou em torno de US$ 10,2 bilhões, atingindo aproximadamente US$ 13,4 bilhões em 2011, depois passando por períodos de estabilidade e redutores. Desde então, houve uma recuperação, chegando a US$ 13,4 bilhões em 2024, o que sinaliza uma melhora na eficiência operacional ou na rentabilidade dos negócios.

Lucro líquido atribuível ao PMI

O lucro líquido atribuído ao PMI apresenta um padrão de crescimento ao longo do período, embora também com oscilações. Em 2008, era cerca de US$ 6,9 bilhões, atingindo um pico de aproximadamente US$ 9 bilhões em 2012 e mantendo valores acima de US$ 7 bilhões na maior parte do período. Em 2024, o lucro líquido recuou para aproximadamente US$ 7 bilhões, indicando potencial estabilização ou algum impacto de mercado ou operacionais que influenciaram a rentabilidade final.

Ao analisar os dados financeiros, observa-se que o ativo circulante apresentou variações ao longo do período, com uma tendência de aumento principalmente a partir de 2011, atingindo seu pico em 2017. Houve uma estabilidade relativa entre 2012 e 2014, seguida de um crescimento expressivo em 2015, com incremento no valor. Nos anos seguintes, o ativo circulante manteve-se em valores elevados, evidenciando uma gestão de liquidez relativamente consistente na fase mais recente, até 2024.

Em relação aos ativos totais, há uma tendência geral de crescimento ao longo do período, embora com algumas oscilações Pontuais. A partir de 2010, os ativos totalizaram valores mais elevados, atingindo um pico significativo em 2017, seguido de uma redução em 2018. Em 2019, houve um novo aumento substancial, culminando em um pico em 2022. Após esse ápice, observa-se uma redução em 2023 e 2024, indicando possível desmobilização ou reavalições de ativo na fase mais recente.

Este padrão de crescimento nos ativos totais sugere expansões em segmentos de negócios ou aquisições durante os anos de maior crescimento. A estabilização ou ligeira redução observada nos anos finais pode refletir ajustes estratégicos, impactando potencialmente a estrutura financeira da empresa. A manutenção de um percentual consistente entre o ativo circulante e o total de ativos indica equilíbrio na gestão de liquidez e ativos de longo prazo ao longo do período analisado.

Passivo circulante

Observa-se uma tendência de crescimento no passivo circulante ao longo do período analisado, com incremento mais notável a partir de 2012. Apesar de apresentar flutuações, o valor atinge picos significativos em 2022 e 2023, indicando possível aumento nas obrigações de curto prazo no referido período.

Total do passivo

O total do passivo também demonstra uma tendência crescente, com aumentos constantes até 2014, seguido por uma diminuição até 2019, e posteriormente um expressivo aumento em 2022 e 2023. Essa dinâmica ressalta uma elevação na dívida total da companhia, refletindo possivelmente em maior endividamento ou novas obrigações assumidas em determinados anos.

Endividamento total

O endividamento total apresenta aumento consistente ao longo do período, crescendo de aproximadamente 11,9 bilhões de dólares em 2008 para mais de 45,6 bilhões em 2023. Destaca-se um aumento acelerado a partir de 2013, atingindo picos em 2022, o que sugere maior dependência de fontes de financiamento externas no período recente.

Patrimônio líquido total do PMI (déficit)

O patrimônio líquido total experiencia uma trajetória de forte deterioração ao longo do período, passando de um valor positivo de 7,5 bilhões de dólares em 2008 para um déficit expressivo de aproximadamente 11,75 bilhões em 2024. Entre 2014 e 2024, há uma tendência de rebaixamento contínuo, com períodos de pequenos recuos ou estabilizações, indicando dificuldades de manter o patrimônio positivo e possivelmente refletindo perdas acumuladas e redução de recursos próprios.

Ao analisar a evolução do caixa líquido fornecido pelas atividades operacionais ao longo do período, observa-se uma tendência de crescimento geral, com valores variando de aproximadamente US$ 7,9 bilhões em 2008 para mais de US$ 12,2 bilhões em 2024. Essa estabilidade ou aumento nos fluxos de caixa oriundos das operações indica uma robustez na geração de caixa operacional, sugerindo uma gestão eficiente dos recursos gerados pelas atividades principais da empresa ao longo dos anos.

Por outro lado, o caixa líquido utilizado nas atividades de investimento demonstra uma forte tendência de saídas de recursos, especialmente a partir de 2015, quando há um aumento expressivo para cerca de US$ 15,7 bilhões, um valor significativamente maior do que nas épocas anteriores. Essa elevação sugere um incremento nas aquisições de ativos, investimentos em expansão ou outros projetos de longo prazo, indicando uma fase de maior investimento na estrutura da empresa durante esse período.

Quanto ao caixa líquido fornecido pelas atividades de financiamento, observa-se uma trajetória inicialmente negativa de grandes saídas, atingindo valores próximos a US$ 11,977 bilhões em 2019, indicando pagamentos de dívidas, recompra de ações ou pagamento de dividendos. A partir de 2020, há uma reversão dessa tendência, com um valor positivo de aproximadamente US$ 3,8 bilhões, possivelmente refletindo captação de recursos por meio de novas emissões de dívida ou ações, ou estratégias de reestruturação financeira. Em 2024, essa linha mostra uma nova tendência de saídas de recursos, com valores negativos, sugerindo possível aumento no pagamento de dívidas ou distribuição de dividendos.

De modo geral, a análise revela que, embora a geração de caixa das operações seja relativamente constante ou crescente, os investimentos se tornaram mais intensivos a partir de 2015, e as atividades de financiamento passaram por períodos de forte saída de recursos, com alguns momentos de captação de recursos, refletindo possíveis mudanças na estratégia financeira, estrutura de capital ou fase de crescimento e expansão da empresa.

Ao analisar as tendências ao longo do período de 2008 a 2024, observa-se um padrão de aumento contínuo no dividendo por ação, indicando uma política de distribuição de lucros consistente e crescente. Desde 2008, o dividendo por ação apresentou uma trajetória ascendente, crescendo aproximadamente de 1,54 dólares para 5,30 dólares em 2024, refletindo potencialmente uma estratégia de fortalecimento da relação com os acionistas e de valorização do retorno financeiro ao longo do tempo.

No que se refere aos lucros básicos e diluídos por ação, há uma variação mais acentuada. Ambos indicadores apresentaram altos e baixos ao longo do período, porém com uma tendência geral de estabilidade e ligeiro crescimento, especialmente a partir de 2010. Entre os anos de 2011 e 2014, há picos notáveis, como 5,17 dólares em 2012 e 5,83 dólares em 2015, indicando períodos de maior rentabilidade por ação. Após esses picos, houve uma estabilização com leves oscilações, chegando a valores próximos de 4,53 dólares em 2024.

A consistência do crescimento do dividendo por ação, mesmo diante de variações nos lucros, sugere uma política de distribuição que busca equilibrar o pagamento de dividendos e a manutenção de reservas financeiras para futuras operações ou investimentos. Além disso, a estabilidade e o crescimento moderado dos lucros por ação indicam uma resiliência operacional que possivelmente contribui para a capacidade de sustentar os dividendos ao longo do tempo.

Em síntese, o período analisado demonstra uma estratégia de remuneração de acionistas centrada na continuidade e expansão dos dividendos, alinhada a uma performance financeira que, apesar das oscilações, mantém uma tendência de estabilidade e crescimento moderado nos lucros por ação. Tal padrão evidencia uma gestão financeira prudente e foco na geração de valor ao acionista continuadamente.