GE Aerospace (NYSE:GE)

Ao analisar os dados financeiros apresentados ao longo dos cinco anos, observa-se uma significativa volatilidade nos indicadores de desempenho da empresa. O Lucro Operacional Líquido após Impostos (NOPAT) demonstra uma tendência de recuperação a partir de valores negativos em 2021, passando de -1.820 milhões de dólares, para positivos em 2022 (1.827 milhões de dólares), atingindo um pico em 2023 (10.514 milhões de dólares) e, posteriormente, uma redução em 2024 (7.561 milhões de dólares). Essa evolução indica uma melhora substancial na rentabilidade operacional ao longo do período, especialmente a partir de 2022, embora haja uma leve redução no ano seguinte.

O custo de capital apresenta crescimento contínuo ao longo do período, passando de 10,07% em 2020 para 15,75% em 2024. Tal aumento sugere uma maior exigência de retorno pelos investidores ou custos de financiamento mais elevados, impactando a avaliação dos investimentos e a rentabilidade do capital investido.

O capital investido revela uma redução expressiva ao longo dos anos, de US$ 117.528 milhões em 2020 para US$ 37.678 milhões em 2024. Essa diminuição pode indicar a venda de ativos, redução de projetos ou otimizações internas que resultaram na diminuição do valor dos recursos investidos na operação da empresa.

Quanto ao lucro econômico, que mede o valor gerado acima do custo de capital, apresenta valores negativos em 2020, 2021 e 2022, evidenciando que a empresa, nesses anos, não gerou valor suficiente para cobrir o custo do capital investido. Em 2023, há uma reversão, com lucro econômico de US$ 2.952 milhões, indicando geração de valor agregado, embora esse valor diminua para US$ 1.629 milhões em 2024. Essa mudança na lucratividade econômica reforça a evidência de uma melhora na eficiência operacional e na criação de valor, especialmente após 2022.

De modo geral, a análise revela uma trajetória de recuperação e valorização entre 2022 e 2024, apoiada pelo aumento do lucro operacional, apesar do aumento no custo de capital. Contudo, a redução no capital investido sugere que a empresa vem otimizando seus ativos e recursos, contribuindo para a geração de valor acima do custo de capital a partir de 2023. A sustentabilidade dessas melhorias dependerá da continuidade das estratégias adotadas para controlar o custo de capital e ampliar a eficiência operacional.

Lucro (prejuízo) líquido atribuível à Companhia

Ao longo do período analisado, observa-se uma grande volatilidade no lucro líquido atribuível à companhia. Em 2020, houve um lucro expressivo de US$ 5.704 milhões, entretanto, em 2021, ocorreu uma forte reversão, resultando em um prejuízo de US$ 6.520 milhões. No ano seguinte, 2022, o resultado voltou ao campo positivo, embora de forma modesta, com US$ 225 milhões, antes de experimentar um aumento significativo em 2023, atingindo US$ 9.481 milhões. Entretanto, em 2024, o lucro voltou a subir, alcançando US$ 6.556 milhões. Esse padrão demonstra altos níveis de volatilidade, com anos de prejuízo seguidos por períodos de recuperação substancial, sugerindo possíveis efeitos de fatores cíclicos, estratégicos ou de mercado que impactam de maneira significativa o resultado final anual.

Lucro operacional líquido após impostos (NOPAT)

O NOPAT apresenta um padrão semelhante à do lucro líquido, começando em US$ 6.132 milhões em 2020, porém caindo para uma perda de US$ 1.820 milhões em 2021. Posteriormente, houve uma recuperação, com o resultado subindo para US$ 1.827 milhões em 2022. Em 2023, a empresa alcançou um pico considerável de US$ 10.514 milhões, indicando uma forte performance operacional. Em 2024, o NOPAT reduziu para US$ 7.561 milhões, ainda assim mantendo níveis elevados em comparação ao período inicial. Esses dados sugerem que, apesar da volatilidade, há uma tendência de recuperação e fortalecimento da lucratividade operacional ao longo dos anos, com destaque para o ano de 2023, considerado um ponto de alta expressiva na eficiência operacional da empresa.

Provisão (benefício) para imposto de renda

Observa-se uma variação significativa nessa provisão ao longo dos anos. Houve um prejuízo de 474 milhões de dólares em 2020, que diminuiu para 286 milhões em 2021. A partir de então, ocorreu uma mudança de tendência, apresentando um benefício de 476 milhões em 2022, seguido de um aumento substancial para 1.162 milhões em 2023, antes de uma ligeira queda para 962 milhões em 2024. Essa trajetória indica uma inclinação geral de melhora na provisão de imposto de renda, refletindo possíveis mudanças na lucratividade, diferenças na estimativa de impostos ou alterações nas estratégias fiscais da empresa.

Impostos operacionais de caixa

Os impostos operacionais de caixa apresentaram uma diminuição acentuada de 3.167 milhões de dólares em 2020 para 141 milhões em 2021. A partir de então, houve uma recuperação, com valores de 1.464 milhões em 2022, 793 milhões em 2023 e 999 milhões em 2024. Essa dinâmica sugere uma fase de forte redução nos custos de impostos operacionais de caixa em 2021, seguida por uma tendência de aumento nos anos subsequentes, indicando possivelmente uma normalização ou ajuste na carga tributária operacional.

Total de dívidas e arrendamentos reportados

Observou-se uma tendência de redução significativa ao longo do período analisado. Em 2020, o valor total de dívidas e arrendamentos era de US$ 78.039 milhões, que caiu para US$ 38.033 milhões em 2021, apresentando uma diminuição expressiva. Essa redução continuou nos anos seguintes, atingindo US$ 34.743 milhões em 2022, US$ 22.937 milhões em 2023 e US$ 20.378 milhões em 2024. Essa evolução indica uma política de redução do endividamento ao longo do tempo, possivelmente resultado de amortizações ou de uma estratégia de fortalecimento financeiro.

Patrimônio líquido

Apesar de apresentar algumas variações ao longo do período, o patrimônio líquido também demonstrou tendência de declínio. Iniciou em US$ 35.552 milhões em 2020, atingiu seu pico em 2021 com US$ 40.310 milhões, mas subsequentemente reduziu-se para US$ 36.366 milhões em 2022, US$ 27.378 milhões em 2023 e US$ 19.342 milhões em 2024. Essas mudanças podem refletir ajustes nos lucros retidos, distribuições de dividendos ou outras operações de reequilíbrio patrimonial.

Capital investido

O capital investido apresentou uma redução consistente ao longo do período, passando de US$ 117.528 milhões em 2020 para US$ 37.678 milhões em 2024, uma diminuição que acompanha as tendências observadas anteriormente. A redução no capital investido pode estar relacionada à venda de ativos, restruturações ou aumento na eficiência no uso dos recursos disponíveis. Essa diminuição no volume de investimentos sugere uma possível conservativeização na alocação de capital ou uma fase de ajuste na estratégia de investimentos.

Lucro econômico

Houve uma significativa deterioração no lucro econômico até 2022, com valores negativos crescentes, atingindo -$10.798 milhões em 2021 e -$6.701 milhões em 2022. Em 2023, ocorreu uma reversão para um lucro positivo de $2.952 milhões, com tendência de melhora mantida em 2024, quando foi registrado um valor de $1.629 milhões. Esses movimentos indicam uma recuperação após um período de perdas acentuadas, sugerindo melhorias na eficiência operacional ou na geração de valor.

Capital investido

O capital investido apresentou uma redução contínua ao longo do período, diminuindo de $117.528 milhões em 2020 para $37.678 milhões em 2024. Essa redução pode refletir desinvestimentos, otimização de recursos ou ajustes estratégicos de financiamento, contribuindo possivelmente para o impacto observado na recuperação do lucro econômico.

Índice de spread econômico

O índice de spread econômico esteve negativo até 2022, indicando que o retorno sobre o capital investido não estava cobrindo os custos de oportunidade, com valores de -4,86%, -14,99% e -10,03%, respectivamente. Em 2023, o índice tornou-se positivo, alcançando 5,88%, e permaneceu em 2024, em 4,32%. Essa mudança para um índice positivo evidencia uma melhora na rentabilidade relativa ao custo do capital, alinhando-se à tendência de recuperação do lucro econômico.

Lucro econômico

Ao longo do período analisado, houve variações significativas no lucro econômico da empresa. Em 2020 e 2021, o valor negativo foi expressivo, indicando perdas econômicas de -$5.707 milhões e -$10.798 milhões, respectivamente. Essas perdas aumentaram em 2021, refletindo uma deterioração do desempenho econômico. No entanto, a partir de 2022, observou-se uma reversão dessa tendência, com o lucro econômico se tornando positivo em 2023, alcançando $2.952 milhões, e mantendo uma quantidade similar em 2024, com $1.629 milhões. Essa mudança sugere uma melhoria substancial na eficiência econômica ou na geração de valor, após anos de resultados negativos.

Vendas ajustadas de equipamentos e serviços

As vendas ajustadas apresentaram uma tendência de declínio ao longo do período. Em 2020, as vendas totalizaram $73.538 milhões, e nesse valor houve uma estabilização em 2021, com uma leve redução para $71.356 milhões. Em 2022, ocorreu um aumento marginal para $73.736 milhões, indicando um breve momento de recuperação. Entretanto, a partir de 2023, houve uma queda acentuada, atingindo $64.504 milhões, e uma continuidade dessa redução em 2024, com vendas de apenas $35.098 milhões. Essa tendência aponta para uma diminuição consistente na solução de mercado ou na demanda pelos produtos e serviços oferecidos pela empresa, especialmente nos últimos anos.

Índice de margem de lucro econômico

O índice de margem de lucro econômico apresenta uma trajetória bastante volátil, começando em -7,76% em 2020 e piorando para -15,13% em 2021, indicando uma expansão das perdas relativas à receita. Em 2022, a margem melhora para -9,09%, demonstrando alguma reversão parcial da deterioração. Em 2023 e 2024, o indicador se torna positivamente relevante, atingindo 4,58% e 4,64%, respectivamente. Essa melhora na margem de lucro sugere uma recuperação da eficiência operacional e uma geração de valor relativa às vendas, alinhada à mudança no lucro econômico de negativo para positivo. A convergência para margens positivas nos dois últimos anos é um sinal positivo de evolução na rentabilidade econômica da operação.