Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 10-K (Data do relatório: 2018-12-31), 10-K (Data do relatório: 2017-12-31), 10-K (Data do relatório: 2016-12-31), 10-K (Data do relatório: 2015-12-31).
Ao analisar a evolução do passivo e do patrimônio líquido ao longo dos anos, observa-se um aumento significativo na proporção do passivo total, passando de aproximadamente 66,4% em 2015 para cerca de 72,2% em 2019. Essa tendência indica uma maior alavancagem financeira da empresa ao longo do período.
Dentro do passivo, destaca-se o crescimento expressivo da dívida de longo prazo, excluindo a parcela corrente, que passou de aproximadamente 9,06% em 2015 para 18,45% em 2019. Tal aumento sugere uma maior dependência de financiamento de longo prazo, possivelmente para sustentar investimentos ou operações de maior escala.
Por outro lado, o passivo circulante, que compreende dívidas e obrigações de curto prazo, manteve-se relativamente estável, oscilando ao redor de 38% a 39%, refletindo uma gestão de liquidez consistente, apesar do crescimento do endividamento de longo prazo.
O componente de passivos relacionados a arrendamento operacional mostrou um acréscimo, especialmente na categoria de passivo não circulante de arrendamento, chegando a representar 2,56% em 2019, indicando uma maior adoção dessas operações na estrutura de passivos.
Em relação ao patrimônio líquido, há uma redução substancial na sua participação proporcional, caindo de aproximadamente 33,56% em 2015 para 27,8% em 2019. Essa diminuição é influenciada pelo aumento do passivo e por fatores relativos ao saldo de lucros e perdas acumuladas.
Os lucros não distribuídos permaneceram relativamente altos, representando cerca de 64% a 76% do passivo total ao longo do período, o que pode indicar uma estratégia de retenção de lucros para reinvestimento na operação.
O número de ações ordinárias como percentual do passivo total e do patrimônio líquido diminuiu ao longo do tempo, refletindo possivelmente recompra de ações ou outras operações de gestão de capital.
No que tange às obrigações várias, os elementos de hedge e imposto de renda diferido apresentaram pequenas variações, com uma redução acentuada no valor justo do hedge de fluxo de caixa, o que pode indicar melhorias na gestão de risco financeiro.
A análise geral aponta para uma estrutura de passivo que vem crescendo em proporção ao patrimônio líquido, demonstrando maior alavancagem financeira, enquanto a liquidez e outros componentes de passivos permanecem relativamente controlados, indicando uma gestão equilibrada do passivo ao longo do período avaliado.