Coca-Cola Co. (NYSE:KO)

Ao longo do período analisado, observa-se uma tendência geral de melhora nos índices de liquidez da empresa.

Índice de liquidez corrente

Este índice apresentou crescimento consistente desde o início de aproximadamente 0,87 em março de 2020 até atingir cerca de 1,21 em junho de 2025, demonstrando uma melhora na capacidade de a empresa cumprir suas obrigações de curto prazo. Houve flutuações menores, mas a tendência de aumento transmite uma melhora na disponibilidade de recursos líquidos em relação às dívidas de curto prazo.

Índice de liquidez rápida

Este indicador também exibiu evolução positiva, passando de 0,68 em março de 2020 para aproximadamente 0,84 em junho de 2025. As oscilações ocorreram ao longo dos trimestres, porém, no geral, houve incremento na capacidade de liquidez imediata, indicando uma melhora na gestão do ativo mais líquido, sem a necessidade de vender estoques.

Índice de liquidez de caixa

Esse índice mostrou uma trajetória de aumento ao longo do período, iniciando em 0,55 em março de 2020 e chegando a aproximadamente 0,65 em junho de 2025. Essa evolução sugere uma estabilização e ligeira ampliação na proporção de caixa e equivalentes em relação às obrigações de curto prazo, reforçando a melhora na liquidez imediata da empresa.

De modo geral, os indicadores de liquidez demonstram uma tendência de fortalecimento da posição financeira de curto prazo ao longo do período avaliado, refletindo potencialmente uma gestão mais eficiente dos recursos e maior capacidade de responder às obrigações econômicas próximas.

Quadro Geral de Liquidez

Observa-se que o índice de liquidez corrente apresentou variações ao longo do período analisado, iniciando abaixo de 1, com uma tendência de melhora até atingir valores acima de 1, atingindo o pico em torno de 1,52 no quarto trimestre de 2020. Após esse ponto, houve uma oscilação relativamente estável, com leves declínios e aumentos, finalizando em 1,21 no último trimestre de 2024. Esses movimentos indicam que, ao longo do tempo, a capacidade de cobrir passivos circulantes com ativos circulantes melhorou inicialmente, mas posteriormente estabilizou em níveis acima de 1, sugerindo uma gestão eficiente de liquidez, embora com alguma volatilidade.

Ativo Circulante

Os ativos circulantes exibiram uma tendência de aumento ao longo do período, crescendo de aproximadamente US$ 28,2 bilhões em março de 2020 para cerca de US$ 31,0 bilhões em setembro de 2024. Há um crescimento constante, embora com pequenas flutuações, indicando ampliação da liquidez operacional ou de recursos de curto prazo disponíveis para a empresa.

Passivo Circulante

O passivo circulante também apresentou aumento ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 32,4 bilhões em março de 2020 para cerca de US$ 28,2 bilhões em setembro de 2024. Observa-se uma redução significativa e contínua após o pico inicial, o que pode refletir uma estratégia de gerenciamento de dívidas de curto prazo ou ajuste no perfil de passivos nesta categoria, contribuindo para a melhora da liquidez relativa.

Ao analisar as tendências dos dados financeiros referentes ao período considerado, observa-se que o total de ativos rápidos apresentou variações ao longo do tempo, com valores oscilando entre aproximadamente 14.058 milhões de dólares em abril de 2021 e 23.538 milhões de dólares em setembro de 2024. Essa evolução sugere uma trajetória de crescimento no ativo rápido ao longo dos períodos analisados, indicando uma possível estratégia de fortalecimento do ativo de liquidez imediata.

O passivo circulante demonstrou um aumento generalizado durante o mesmo intervalo, partindo de um valor de aproximadamente 14.601 milhões de dólares em abril de 2021 para alcançar cerca de 28.569 milhões de dólares em setembro de 2024. Essas variações podem refletir maior circulação de obrigações de curto prazo, possivelmente associadas a necessidades de financiamento ou a ampliação operacional de curto prazo.

O índice de liquidez rápida, que mede a capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo com ativos líquidos, exibiu variações, iniciando em 0,96 em dezembro de 2020, atingindo picos de 1,17 em julho de 2021 e posteriormente sofrendo flutuações, inclusive quedas para 0,72 em alguns períodos. Esses movimentos indicam oscilações na capacidade da empresa de liquidar suas dívidas de curto prazo com ativos líquidos disponíveis. A redução desse índice em alguns períodos sugere uma diminuição relativa na liquidez imediata, embora o índice retome valores mais elevados posteriormente, evidenciando uma certa estabilidade na capacidade de liquidação de obrigações de curto prazo ao longo do período analisado.

De modo geral, a combinação do aumento no ativo rápido e no passivo circulante aponta para uma expansão operacional ou financeira, enquanto as variações no índice de liquidez rápida refletem ajustes na gestão de liquidez diante de alterações no perfil de ativos líquidos e passivos de curto prazo. Essas tendências podem indicar esforços da administração em equilibrar crescimento com a manutenção de níveis adequados de liquidez para atender às obrigações de curto prazo.

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se uma tendência de crescimento no total de ativos de caixa ao longo do período avaliado, com picos ocorrendo no final do ano de 2023, atingindo aproximadamente US$ 18.164 milhões. Essa evolução indica uma potencial ampliação na liquidez da entidade, reforçada pelo aumento consistente nos recursos em caixa em relação aos períodos iniciais de análise.

Por outro lado, o passivo circulante apresentou um comportamento de alta ao longo do tempo, especialmente a partir do segundo trimestre de 2021, onde alcançou um pico de aproximadamente US$ 29.263 milhões. Tal aumento sugere uma ampliação das obrigações de curto prazo, o que pode indicar maior necessidade de recursos líquidos ou mudança na estrutura de endividamento da organização. Apesar do crescimento do passivo, o índice de liquidez de caixa mostrou oscilações, mantendo-se relativamente estável na maior parte do período, variando entre aproximadamente 0,55 e 0,79. Essa estabilidade indica que a relação entre ativos de caixa e passivos circulantes permaneceu dentro de uma faixa que possibilita cobertura moderada das obrigações de curto prazo.

Especificamente, o índice de liquidez de caixa atingiu um valor máximo de 0,93 no último trimestre de 2020, o que demonstra uma posição de liquidez mais confortável naquela ocasião. Posteriormente, esse indicador passou a oscilar mais suavemente, mantendo-se próximo de 0,58 a 0,65 na maior parte do período analisado, sinalizando uma gestão de liquidez relativamente equilibrada, embora com possíveis ajustes na disponibilidade de caixa frente às obrigações de curto prazo.

Em síntese, a análise revela uma evolução positiva nos ativos de caixa, acompanhada pelo aumento no passivo circulante, com o índice de liquidez de caixa permanecendo relativamente estável, o que sugere uma gestão prudente da liquidez mesmo em cenário de aumento de obrigações de curto prazo. Essa dinâmica aponta para uma estratégia de manutenção de liquidez suficiente para atender às necessidades atuais enquanto se adapta ao crescimento dos compromissos financeiros.