Mondelēz International Inc. (NASDAQ:MDLZ)

Ao longo do período analisado, observa-se uma tendência de melhora nos índices de liquidez, especialmente no índice de liquidez corrente, que apresenta uma variação geral de aumento desde o início até o final do período de avaliação.

Índice de liquidez corrente

Inicialmente, o índice figura em 0,53 e apresenta oscilações moderadas, alcançando seu pico em 0,74 ao final de 2020. Após esse ponto, a tendência se mantém relativamente estável, com pequenas variações, encerrando em 0,64 no último período de 2025. Essa evolução indica uma melhora na capacidade de a empresa cumprir suas obrigações de curto prazo, embora mantenha uma margem de segurança relativamente modesta.

Índice de liquidez rápida

Inicia em 0,27 e apresenta um aumento consistente até atingir seu patamar mais elevado de 0,43 em 2021. Depois, mostra uma tendência de estabilidade em torno de 0,25 a 0,28 nos períodos seguintes. A volatilidade do índice revela uma melhora na liquidez de ativos de alta liquidez, porém com estabilidade limitada na segunda parte do período avaliado.

Índice de liquidez de caixa

Começa em 0,11, passando por variações menores ao longo do tempo. Nota-se que há pequenos picos em 2020 e 2021, chegando a 0,24, contudo, o índice diminui para valores próximos de 0,07 a partir de 2023. Este comportamento sugere que a proporção de recursos de caixa imediata em relação às obrigações de curto prazo permaneceu relativamente baixa e pouco variável, com leves melhorias pontuais.

De modo geral, os indicadores de liquidez demonstram uma trajetória de aprimoramento, com destaque para a melhora no índice de liquidez corrente até 2020 e 2021, seguida por estabilidade. O índice de liquidez rápida mostrou incremento inicial mais acentuado, porém atinge uma fase de estabilização posteriormente. O índice de liquidez de caixa permanece em níveis baixos durante todo o período, indicando, possivelmente, uma estratégia de gestão de recursos mais focada em outros ativos além do caixa imediato. Esses padrões refletem uma evolução na posição de liquidez da empresa, embora ainda requeiram atenção quanto à sua margem de segurança para enfrentar obrigações financeiras de curto prazo.

Os dados apresentados indicam uma análise da liquidez e da estrutura de ativos e passivos circulantes ao longo de diferentes períodos trimestrais. A seguir, são destacados os principais padrões e tendências observados.

Ativo circulante

Observa-se uma variação significativa no ativo circulante ao longo do período analisado, apresentando picos e vales. Inicialmente, há um valor de aproximadamente US$ 9.068 milhões em março de 2020, com uma tendência de alta até o final de 2020, atingindo cerca de US$ 12.671 milhões em dezembro do mesmo ano. Essa elevação é seguida por uma redução em 2021, que mantém níveis acima de US$ 11.000 milhões, atingindo um máximo de aproximadamente US$ 19.426 milhões em março de 2022. Posteriormente, ocorre uma diminuição a partir de 2023, retornando a valores próximos de US$ 13.000 milhões até o final de 2024, indicando possíveis ajustes na liquidez ou estratégias de gestão de ativos.

Passivo circulante

O passivo circulante apresenta uma tendência de crescimento ao longo do período, aumentando consideravelmente especialmente a partir de 2022. De valores em torno de US$ 17.004 milhões em março de 2020, há uma escalada contínua, chegando a mais de US$ 25.000 milhões em junho de 2022. Ainda que haja pequenas variações, a tendência geral é de aumento, culminando em aproximadamente US$ 22.430 milhões em junho de 2024. Tal comportamento sugere um incremento das obrigações de curto prazo ao longo do período, reforçando a necessidade de uma gestão cuidadosa de liquidez e fluxo de caixa.

Índice de liquidez corrente

O índice de liquidez corrente mostra alguma estabilidade, embora com oscilações. Em março de 2020, o índice estava em 0,53, indicando que o ativo circulante cobria pouco mais da metade do passivo circulante. A partir desse momento, há uma leve tendência de melhora, chegando a valores próximos de 0,74 em alguns trimestres de 2020 e 2021, indicando maior capacidade de pagamento de dívidas de curto prazo com os ativos disponíveis. Contudo, ao longo de 2022 e 2023, o índice reduz para valores próximos de 0,60 a 0,65, refletindo uma situação de liquidez mais pressionada. Em final de 2023 e início de 2024, há um aumento para aproximadamente 0,77, indicando recuperação na capacidade de liquidez, antes de retornar a valores entre 0,61 e 0,64 no restante do período analisado.

De modo geral, observa-se que, apesar de melhorias pontuais na liquidez corrente, há uma tendência de aumento dos passivos circulantes que pode impactar a saúde financeira de curto prazo. A variabilidade no ativo circulante sugere ajustes na composição dos ativos, possivelmente relacionados a estratégias de gestão financeira para equilibrar as obrigações de curto prazo. A análise detalhada dessas tendências é fundamental para uma compreensão mais aprofundada do perfil financeiro de longo prazo.

Ao analisar os dados financeiros ao longo dos diferentes períodos, observa-se algumas tendências e variações significativas nos principais indicadores selecionados.

O total de ativos rápidos apresentou flutuações ao longo do tempo, iniciando em US$ 4.553 milhões no primeiro trimestre de 2020, diminuindo até US$ 3.516 milhões no segundo trimestre de 2020, em seguida registrou uma recuperação, atingindo seu pico de aproximadamente US$ 5.874 milhões no terceiro trimestre de 2022. Após esse pico, houve uma redução até cerca de US$ 4.516 milhões no final de 2023, seguida de uma pequena recuperação até o primeiro trimestre de 2024. Esses movimentos indicam variações na liquidez imediata da empresa, refletindo possíveis ajustes na composição de ativos de curto prazo ou na gestão de liquidez ao longo do período analisado.

O passivo circulante demonstrou uma tendência de aumento ao longo do período, iniciando em US$ 17.004 milhões no primeiro trimestre de 2020, com variações de alta e baixa, chegando a um pico de US$ 25.288 milhões no terceiro trimestre de 2022. Após esse pico, o passivo circulante apresentou uma redução significativa até cerca de US$ 19.883 milhões ao final de 2023, indicando uma possível redução na necessidade de obrigações de curto prazo ou uma melhor administração do endividamento de curto prazo.

O índice de liquidez rápida manteve-se relativamente baixo em toda a análise, variando entre 0,2 e 0,43. Os valores mais baixos ocorreram no quarto trimestre de 2022 (0,2) e no primeiro trimestre de 2024 (0,21), sugerindo que a empresa, em vários momentos, possui uma proporção limitada de ativos líquidos em relação às obrigações de curto prazo. Contudo, há períodos de aumento, como o terceiro trimestre de 2020, quando o índice atingiu 0,41, indicando melhora na capacidade de liquidação rápida nesse período.

Em resumo, o período analisado revela uma trajetória de variações na liquidez e no endividamento de curto prazo, com períodos de aumento e redução tanto nos ativos líquidos quanto no passivo circulante. A gestão de liquidez parece ter buscado ajustar-se às condições de mercado e às operações internas, evidenciado por oscilações nos índices de liquidez rápida e alterações na composição do passivo circulante ao longo do período.

Ao analisar os dados financeiros de caixa, observa-se uma tendência de aumento relevante ao longo do período. O total de ativos de caixa iniciou em 1.925 milhões de dólares em março de 2020, apresentou flutuações moderadas até o final de 2020, atingindo 3.546 milhões de dólares, e manteve uma trajetória crescente até alcançar 4.546 milhões de dólares ao final de 2022. Nos primeiros três meses de 2023, houve nova estabilização, com aumento para 1.923 milhões de dólares, e posteriormente a cifra variou de forma moderada, mantendo-se acima de 1.600 milhões de dólares até o segundo trimestre de 2024, demonstrando uma estabilidade relativa na liquidez de caixa da empresa.

Ao mesmo tempo, o passivo circulante apresentou uma tendência de aumento ao longo do período. Em março de 2020, o passivo circulante depreciou-se em 17.004 milhões de dólares, apresentando um crescimento contínuo até o final de 2022, quando atingiu 21.430 milhões de dólares. Nos trimestres seguintes, essa cifra permaneceu em patamares elevados, indicando uma maior contratação de dívidas de curto prazo, o que pode refletir estratégias de financiamento ou necessidade de liquidez de curto prazo da organização. Apesar do aumento do passivo, a relação entre o total de ativos de caixa e o passivo circulante, exposta pelo índice de liquidez de caixa, revela uma deterioração significativa.

O índice de liquidez de caixa, que mede a capacidade de cobertura do passivo circulante com ativos de caixa, manteve-se relativamente baixo ao longo do período, variando de 0.05 a 0.25. Entre março de 2020 e dezembro de 2022, o índice oscilou geralmente entre 0.08 e 0.24, indicando uma baixa liquidez imediata, ou seja, recursos suficientes em caixa para cobrir poucas obrigações de curto prazo. A partir de 2023, o índice diminuiu ainda mais, situando-se na faixa de 0.05 a 0.09, o que sugere uma deterioração na liquidez de caixa em relação às obrigações de curto prazo, potencialmente sinalizando dificuldades em manter recursos líquidos suficientes para cobertura de suas dívidas de curto prazo.

Em resumo, a organização apresentou uma melhora no nível de caixa ao longo do período analisado, concomitante a um aumento geral de obrigações de curto prazo. Entretanto, a relação entre esses ativos líquidos e o passivo circulante indica uma situação de liquidez relativamente fraca, que se agravou especialmente a partir de 2023, demandando atenção na gestão de caixa e no equilíbrio entre ativos líquidos e passivos de curto prazo. Essa dinâmica pode impactar a capacidade da empresa de atender suas obrigações financeiras de forma eficiente em um ambiente potencialmente desafiador.