Estrutura da demonstração de resultados
Dados trimestrais
Com base em relatórios: 10-Q (Data do relatório: 2025-06-29), 10-Q (Data do relatório: 2025-03-30), 10-Q (Data do relatório: 2024-12-29), 10-K (Data do relatório: 2024-09-29), 10-Q (Data do relatório: 2024-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2024-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2023-12-31), 10-K (Data do relatório: 2023-10-01), 10-Q (Data do relatório: 2023-07-02), 10-Q (Data do relatório: 2023-04-02), 10-Q (Data do relatório: 2023-01-01), 10-K (Data do relatório: 2022-10-02), 10-Q (Data do relatório: 2022-07-03), 10-Q (Data do relatório: 2022-04-03), 10-Q (Data do relatório: 2022-01-02), 10-K (Data do relatório: 2021-10-03), 10-Q (Data do relatório: 2021-06-27), 10-Q (Data do relatório: 2021-03-28), 10-Q (Data do relatório: 2020-12-27), 10-K (Data do relatório: 2020-09-27), 10-Q (Data do relatório: 2020-06-28), 10-Q (Data do relatório: 2020-03-29), 10-Q (Data do relatório: 2019-12-29), 10-K (Data do relatório: 2019-09-29), 10-Q (Data do relatório: 2019-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2018-12-30).
Ao analisar os dados financeiros ao longo dos períodos apresentados, observa-se uma significativa variação na composição da receita líquida e na rentabilidade da operação. A participação das lojas operadas pela empresa mantém-se relativamente estável em torno de 81% a 83%, indicando uma continuidade na estratégia de operação direta dessas unidades. Por outro lado, as lojas licenciadas representam uma parcela relativamente estável, variando entre aproximadamente 10,6% e 12,9%, enquanto o percentual de outros componentes oscila em torno de 5% a 8% neste período.
Em relação às margens de margem bruta, há variações trimestrais que indicam instabilidades na rentabilidade operacional. A margem bruta flutua, chegando a aproximadamente 29% em alguns períodos, mas também apresentando períodos de queda para cerca de 21%, refletindo possíveis desafios na gestão de custos de produto e distribuição, cujo percentual varia entre aproximadamente 41% e 95%, com picos relevantes que indicam momentos de aumento de custos ou redução de preços.
As despesas operacionais, especialmente as de lojas, apresentam uma tendência de aumento percentual em alguns períodos, ultrapassando 47% em certos trimestres mais recentes, podendo indicar maior investimento em operações ou aumento de custos fixos. Já as despesas gerais, administrativas e de depreciação também apresentam oscilações, embora em níveis relativamente estáveis, contribuindo para a volatilidade do resultado operacional.
O resultado operacional (lucro ou prejuízo antes dos itens extraordinários) mostra períodos de forte alta, chegando a aproximadamente 19,86% da receita líquida, e períodos de preponderante prejuízo ou resultados pequenos, como no trimestre de setembro de 2020, com prejuízo de cerca de 16,67%. Essa variação sugere instabilidades na rentabilidade operacional, possivelmente influenciadas por fatores sazonais, de custos ou de investimentos estratégicos específicos.
No âmbito dos resultados não operacionais e de participações societárias, há crescimento nos rendimentos de participações ao longo do tempo, atingindo picos de até cerca de 1,81% em alguns períodos, além de ganhos pontuais na venda de ativos. Tais eventos contribuem positivamente para o resultado global, ainda que em menor escala comparativa às operações principais.
O lucro antes do imposto de renda apresenta valores variáveis, com margens de até aproximadamente 27,59% em determinados períodos, indicando potencial de rentabilidade em certos trimestres, mas também há períodos de forte redução ou prejuízo, como no trimestre de setembro de 2020. A despesa com juros também varia, mas mantém-se em torno de -1,5% a -2,86%, impactando marginalmente o resultado final.
O lucro líquido, incluindo efeitos fiscais e resultados de participações, demonstra uma trajetória de recuperação após períodos de prejuízo, especialmente a partir de 2021. Os percentuais de lucro líquido atribuível à Starbucks refletem essa tendência de melhora, alcançando até cerca de 21,66% em certos períodos, embora apresentem também momentos de redução, como no final de 2024 e início de 2025, onde os percentuais composite permanecem em torno de 8% a 10%.
De modo geral, os indicadores revelam que a empresa manifestou ciclos de alta e baixa na rentabilidade, influenciados por fatores de custos variáveis, estratégias de operação, e eventos extraordinários como vendas de ativos. Apesar das oscilações, há sinais de recuperação e estabilização na margem líquida, especialmente em períodos mais recentes, sugerindo uma adaptação às condições de mercado e melhorias na gestão financeira.