Starbucks Corp. (NASDAQ:SBUX)

Ao longo do período analisado, observa-se uma tendência de aumento na relação preço/lucro líquido (P/E), com níveis que passam de valores inferiores a 30 até picos acima de 180 no final de 2021, indicando uma valorização do ativo conforme os lucros da empresa evoluíram. Essa ascensão sugere uma maior disposição do mercado em pagar um prêmio elevado pela ação em relação ao lucro consolidado da companhia, especialmente nos períodos finais de 2020 e início de 2021, quando os valores atingiram seus maiores picos.

De modo semelhante, a relação preço/resultado operacional (P/OP) também apresenta um crescimento substancial ao longo do tempo, atingindo níveis superiores a 90 no final de 2021, antes de reduzir-se para patamares em torno de 20 a 26 nos períodos finais. Isso reforça a percepção de valorização do mercado sobre o desempenho operacional da empresa, embora com sinais de ajustes posteriores na avaliação relativa aos resultados obtidos.

Por outro lado, a relação preço/receita (P/S) demonstra um aumento contínuo até aproximadamente o final de 2021, atingindo valores máximos próximos a 5,74, refletindo uma avaliação de mercado em que o preço das ações foi valorizado em relação às receitas geradas. A partir desse ponto, observa-se uma tendência de estabilização ou leve redução, chegando a níveis mais baixos na sequência, indicando possíveis ajustes na percepção de valor ou expectativas de crescimento do faturamento da empresa.

Quanto à relação preço/valor contabilístico (P/BV), não há dados disponíveis para análise, o que limita a avaliação de sua evolução ao longo do período.

De modo geral, os indicadores revelam uma fase de valorização significativa do mercado perante os resultados da companhia, especialmente ao final de 2020 e início de 2021. Posteriormente, há sinais de estabilização ou contenção dessas relações, o que pode refletir uma melhora na avaliação relativa à rentabilidade operacional e ao lucro líquido, possivelmente alinhada às expectativas de crescimento sustentado ou ajuste de mercado às condições econômicas.

Análise do preço das ações

Observa-se uma tendência geral de aumento no preço das ações ao longo do período, com oscilações periódicas. Entre o final de 2018 e o primeiro trimestre de 2019, o preço variou de aproximadamente 67 a 77 dólares, apresentando alguma estabilidade nesse intervalo. A partir do segundo trimestre de 2019, há uma tendência de crescimento mais consistente, atingindo máximas superiores a 105 dólares no início de 2021.

Durante o período de 2020 a 2021, o preço das ações mostrou picos relevantes, especialmente no segundo trimestre de 2021, chegando a cerca de 126 dólares. Após esse pico, o preço apresentou uma leve tendência de queda, estabilizando-se em valores próximos a 94 a 105 dólares até o primeiro trimestre de 2024. Nos últimos períodos, há sinais de recuperação, com preços próximas a 93 a 95 dólares, indicando possível recuperação após períodos de maior volatilidade.

Lucro por ação (EPS)

Os dados de EPS mostram que, até o segundo trimestre de 2019, o item não possuía informações disponíveis. A partir do terceiro trimestre de 2019, há uma tendência de crescimento, com EPS variando de aproximadamente 0,56 a 3,84 dólares durante 2020 e 2021.

Note-se que houve um pico de EPS no terceiro trimestre de 2021, atingindo 3,84 dólares, seguido por uma estabilização em valores próximos a 3,1 a 3,6 dólares até o primeiro trimestre de 2024. Essa estabilidade sugere uma manutenção consistente na geração de lucros por ação ao longo do período, com leves variações que podem estar associadas a fatores internos e externos ao negócio.

Rácio P/E (preço / lucro por ação)

Na análise do rácio P/E, observa-se que, até o segundo trimestre de 2019, o dado foi ausente. A partir do terceiro trimestre de 2019, há uma turbulação significativa na relação, com valores variando de aproximadamente 19 a 185 ao longo do período, refletindo alterações no preço das ações e no EPS.

Durante 2020 a 2022, o rácio manteve patamares mais moderados, por vezes abaixo de 30, indicando uma relação mais estável entre o preço das ações e o lucro. Entretanto, há picos expressivos, como em meados de 2020, com P/E de cerca de 118, o que pode indicar períodos de maior expectativa dos investidores ou de avaliações elevadas relativas aos lucros.

Após 2022, o P/E demostra tendência de redução e estabilização em valores menores, situando-se na faixa de aproximadamente 20 a 30, refletindo possivelmente uma maior racionalização na avaliação da empresa frente às variações de lucros e preço das ações.

O desempenho do preço das ações apresenta uma tendência de alta significativa até o terceiro trimestre de 2021, atingindo um pico de aproximadamente 126,03 dólares. Após esse período, observa-se uma flutuação, com uma ligeira redução no valor durante o último trimestre de 2021 e início de 2022, seguida por uma recuperação ao longo de 2022 até atingir cerca de 114,46 dólares no segundo trimestre de 2022. A partir desse ponto, há uma tendência de estabilização, com variações moderadas, chegando a cerca de 92,96 dólares no último trimestre de 2023.

No que diz respeito ao lucro operacional por ação, dados parciais estão disponíveis a partir do segundo trimestre de 2019. Nesse período, houve uma estabilidade relativamente elevada até o primeiro trimestre de 2020, quando o valor era de aproximadamente 3,65 dólares. Em seguida, uma queda acentuada foi observada no segundo trimestre de 2020, chegando a 1,78 dólares, possivelmente refletindo desafios financeiros relacionados a contextos externos. Após esse ponto, há uma recuperação gradual até atingir picos próximos de 4,15 a 4,68 dólares no final de 2021, indicando melhorias na rentabilidade operacional ao longo dos trimestres seguintes. De 2022 em diante, há uma tendência de estabilização, com valores variando na faixa de 4,02 a 5,39 dólares, sugerindo uma recuperação consistente na margem de lucro operacional.

O rácio financeiro P/OP acompanha de perto o comportamento do lucro operacional por ação, apresentando uma tendência inicial de aumento até o primeiro trimestre de 2022, atingindo um pico de aproximadamente 70,29. Essa elevação reflete uma relação de preço sobre lucro mais elevada, indicando uma maior avaliação do mercado em relação à rentabilidade. Posteriormente, há uma redução contínua até o valor de cerca de 14,82 em determinado momento, sinalizando uma possível valorização do lucro operacional ou uma diminuição no múltiplo de mercado. A partir de então, há uma ligeira recuperação até a faixa de 26,65, demonstrando ajustes na percepção do mercado quanto ao valor da empresa frente aos seus resultados operacionais.

De maneira geral, observa-se que o valor das ações teve uma trajetória de crescimento até o final de 2021, seguida por uma fase de estabilização ou leve declínio. Os lucros operacionais por ação apresentaram recuperação após o impacto inicial da pandemia, indicando uma resiliência operacional. O rácio P/OP, por sua vez, reflete variações na avaliação de mercado que acompanham os movimentos do lucro operacional, demonstrando uma relação dinâmica entre o preço das ações e o desempenho financeiro operacional ao longo do período analisado.

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se uma tendência geral de crescimento nos preços das ações ao longo do período avaliado, com picos destacados em vários trimestres, especialmente no segundo trimestre de 2021, quando atingiu o valor de 126,03 dólares. Depois desse pico, há uma variação de queda e recuperação, indicando volatilidade de mercado ou respostas a fatores internos e externos.

O indicador de vendas por ação apresenta uma tendência de crescimento de modo geral, embora com algumas oscilações. A partir do quarto trimestre de 2018, as vendas por ação aumentam de forma consistente, atingindo valores próximos a 32 dólares em 2023. Essa evolução sugere uma expansão de receitas ou uma melhoria na geração de valor por ação ao longo do tempo, refletindo potencialmente estratégias de crescimento ou reforço da base de clientes.

O rácio preço/saúde (P/S) mostra uma tendência de diminuição ao longo do período, passando de níveis mais elevados, superiores a 5 na maior parte de 2020, para valores mais baixos próximos de 2,36 a 3,86 em períodos mais recentes. Essa redução pode indicar uma maior avaliação de mercado relativa às vendas ou uma relação de valor de mercado mais moderada frente às vendas, podendo refletir ajustes na percepção de risco, melhorias na eficiência operacional ou mudanças na dinâmica do mercado.

Em síntese, há uma clara tendência de valorização das ações ao longo do período, acompanhada de crescimento nas vendas por ação, embora com volatilidade. A diminuição do índice P/S sugere uma possível reavaliação do mercado ou uma maior eficiência nas operações, levando a uma relação mais equilibrada entre preço e vendas. Essas tendências indicam uma fase de crescimento sustentado, segmentada por períodos de maior otimismo e ajustes de mercado.

Ao analisar os dados apresentados, observa-se uma tendência geral de crescimento no preço das ações ao longo do período de 2018 a 2024, com algumas oscilações. De dezembro de 2018 a dezembro de 2023, o preço por ação aumentou de aproximadamente 67,04 dólares para cerca de 101,26 dólares, indicando uma valorização significativa no mercado durante esse período. Destaca-se que, após picos em determinados trimestres, como em março de 2021 e junho de 2021, os valores recuaram temporariamente, mas retomaram uma trajetória de alta posteriormente.

No que se refere ao valor contábil por ação (BVPS), os dados mostram evolução negativa ao longo do tempo, com valores que variam de -2,32 dólares em dezembro de 2018 para aproximadamente -6,58 dólares em junho de 2024. Essa trajetória indica que a empresa apresenta uma situação de patrimônio líquido negativo por ação, o que pode refletir perdas acumuladas ou dificuldades financeiras em termos de valor contábil. Ainda assim, o fato de que o preço das ações continua a subir sugere que o mercado pode estar valorizando expectativas futuras, perspectivas de crescimento ou outros fatores que não são totalmente refletidos na contabilidade tradicional.

O rácio P/BV, essencial para avaliar o valor de mercado em relação ao valor contábil, não apresenta dados completos, sendo possível inferir que, devido ao valor contábil negativo, esse indicador não foi calculado ou não está disponível. Dessa forma, não há como concluir sobre a relação de valorização ou subvalorização com base nesse indicador específico neste momento.

Em síntese, a análise indica uma valorização contínua das ações, mesmo diante do quadro contábil que mostra patrimônio líquido negativo. As oscilações pontuais refletem as flutuações do mercado e possivelmente os impactos de eventos econômicos específicos ao longo do período, incluindo a pandemia de COVID-19 no ano de 2020, que afetou vários indicadores financeiros. O padrão sugere que o mercado pode estar atento às perspectivas de crescimento e recuperação futuros, apesar das dificuldades evidenciadas nos valores contábeis.