Netflix Inc. (NASDAQ:NFLX)

O índice de liquidez corrente apresentou uma tendência geral de crescimento ao longo do período analisado, saindo de 0,82 em março de 2020 para alcançar 1,34 em dezembro de 2024. Houve uma queda significativa no final de 2021, atingindo 0,95, mas posteriormente o indicador apresenta recuperação e estabilidade acima de 1, indicando uma melhora na capacidade de cobrir obrigações de curto prazo com ativos circulantes.

O índice de liquidez rápida seguiu uma trajetória similar, iniciando em 0,66 em março de 2020 e chegando a 0,94 em dezembro de 2024. Embora tenha apresentado leves flutuações, o indicador demonstrou uma tendência de estabilização, indicando uma melhora na capacidade de liquidez de ativos de fácil conversão, excluindo estoques, ao longo do período.

Já o índice de liquidez de caixa, que mede a proporção de ativos líquidos disponíveis para pagamento de dívidas de curto prazo, iniciou em 0,66 em março de 2020 e também atingiu 0,94 em dezembro de 2024. Assim como os demais índices de liquidez, exibiu uma recuperação após uma queda em determinados períodos, reforçando a posição de liquidez e a capacidade de pagamento imediata ao longo do tempo.

De modo geral, os dados indicam uma melhoria contínua na posição de liquidez, com aumentos consistentes nos índices de liquidez corrente, rápida e de caixa, especialmente após os extremos de 2020 e 2021. Essa evolução sugere uma gestão de ativos e passivos que favoreceu a liquidez da operação, refletindo uma gestão financeira mais sólida e uma postura mais cautelosa na administração do capital de giro ao longo dos anos analisados.

O índice de liquidez corrente apresentou variações ao longo do período analisado, demonstrando uma tendência de melhora nos primeiros trimestres até atingir um pico de 1,33 no 4º trimestre de 2021. Após esse ponto, observou-se uma flutuação descendente, com o índice chegando a 0,95 no 1º e 3º trimestres de 2022 e mantendo-se nesse nível até o final do período de análise. Essa variação sugere uma melhora na capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo até 2021, seguida por uma deterioração relativa na liquidez, embora ainda mantendo-se acima de 0,95, o que indica uma margem de segurança relativamente estreita.

O ativo circulante apresentou aumento consistente até o último trimestre de 2021, passando de aproximadamente US$ 6,4 bilhões em março de 2020 para mais de US$ 11,5 bilhões em dezembro de 2021. Após esse pico, ocorreu uma redução gradativa na segunda metade de 2022, seguida de estabilização até março de 2023, com níveis próximos a US$ 9,9 bilhões. Nos últimos trimestres de 2023 e início de 2024, essa métrica se estabilizou em patamares elevados, acima de US$ 12 bilhões.

O passivo circulante teve comportamento semelhante, inicialmente relativamente alto em 2020, chegando a mais de US$ 7,8 bilhões em março de 2020. Até o final de 2021, houve aumento constante, atingindo aproximadamente US$ 8,3 bilhões, seguidos de uma redução gradual no segundo semestre de 2022 e estabilização em torno de US$ 8,7 bilhões em 2023. Os valores permaneceram acima do ativo circulante nos anos de 2020, 2021 e parte de 2022, implicando em uma posição de liquidez mais pressionada nesses períodos.

Indicadores de liquidez e balanço

O aumento do índice de liquidez corrente até 2021 refletiu uma melhora na relação entre ativos e passivos de curto prazo, impulsionada pelo crescimento do ativo circulante. Contudo, a posterior redução do índice, chegando a valores próximos de 0,95, indica uma deterioração dessa relação, embora permaneça em níveis que sugerem uma margem de segurança estreita.

Dinâmica temporal

Os dados evidenciam que a empresa experimentou uma fase de fortalecimento de sua liquidez até 2021, seguida por um retrocesso que pode estar relacionado a aumento no passivo circulante ou redução em ativos circulantes, impactando a capacidade de solvência de curto prazo.

O índice de liquidez rápida apresentou variações ao longo do período analisado, refletindo mudanças na capacidade da empresa de honrar suas obrigações de curto prazo com ativos líquidos. Nos trimestres iniciais, especificamente no período de março a junho de 2020, houve um aumento gradual do índice, passando de 0,66 para 0,94, indicando uma melhoria na liquidez de curto prazo. Este padrão sugere que a empresa aumentou seus ativos líquidos relativamente aos passivos circulantes nesse período.

Durante o segundo semestre de 2020, o índice manteve-se próximo de 1,0, atingindo até 1,06, o que sugere uma posição de liquidez relativamente confortável. No entanto, no primeiro trimestre de 2021, houve uma leve redução para 1,05, permanecendo acima de 1,0 até o terceiro trimestre de 2021, quando o índice voltou a recuar para 0,94, indicando uma ligeira deterioração na liquidez rápida.

A partir de setembro de 2021, foi observada uma tendência de estabilidade, com o índice oscilando na faixa de 0,76 a 0,94, indicando uma manutenção da liquidez relativamente adequada para atender às obrigações de curto prazo, embora não tão folgada quanto nos picos de 2020. No final de 2022 e início de 2023, o índice voltou a se situar próximo de 0,81 a 0,86, reforçando a estabilidade na liquidez da empresa nesse período.

Nos últimos trimestres de 2023 e início de 2024, uma tendência de aumento foi identificada, com o índice atingindo até 0,94, o que indica uma melhora na liquidez rápida e uma maior capacidade de cumprir obrigações de curto prazo com ativos líquidos. É importante notar, entretanto, que os níveis ainda não ultrapassam significativamente a marca de 1,0, sinalizando que a posição de liquidez, embora fortalecida, não se tornou excessivamente folgada.

De modo geral, a análise do índice de liquidez rápida revela uma trajetória de fortalecimento na capacidade de liquidez a partir de 2020, com flutuações ao longo dos trimestres, mas mantendo-se em níveis compatíveis com uma gestão de curto prazo relativamente saudável. Essas variações podem refletir ajustes na composição dos ativos líquidos e estratégias de gerenciamento de passivos da companhia, visando equilibrar liquidez e retorno.

O período analisado demonstra uma evolução consistente no total de ativos de caixa ao longo do tempo, apresentando aumento significativo de aproximadamente 5,1 milhões de dólares em março de 2020 para cerca de 9,18 milhões de dólares em dezembro de 2024. Essa expansão indica uma maior liquidez disponível no curto prazo ao longo dos trimestres, reforçada pelo crescimento contínuo do caixa ao longo dos períodos subsequentes.

Por outro lado, o passivo circulante também apresentou um aumento considerável, passando de aproximadamente 7,85 milhões de dólares em março de 2020 para cerca de 10,75 milhões de dólares em dezembro de 2024. Essa elevação sugere uma expansão nas obrigações de curto prazo, a qual, em certa medida, reforça a necessidade de manter níveis elevados de ativos de caixa para garantir liquidez adequada.

O índice de liquidez de caixa, que mede a capacidade de cobertura do passivo circulante com o caixa disponível, apresentou variações durante o período. Inicialmente, em março de 2020, o índice estava em 0.66, indicando que o caixa cobria aproximadamente dois terços do passivo de curto prazo. Houve uma melhora gradual ao longo do tempo, atingindo picos próximos a 0.94 em dezembro de 2024, o que sugere uma posição de liquidez mais confortável e uma maior capacidade de atender obrigações de curto prazo com os recursos disponíveis.

Notavelmente, houve períodos de retração no índice de liquidez de caixa, como em setembro de 2021, quando o índice caiu para 0.76, refletindo momentaneamente uma redução na proporção do caixa em relação ao passivo circulante. Contudo, essa tendência se recuperou nos trimestres seguintes, chegando a valores próximos ou iguais a 0.94, indicando uma recuperação da liquidez relativa.

De forma geral, observa-se uma tendência de crescimento tanto no ativo de caixa quanto no passivo circulante, acompanhada por melhorias na capacidade de liquidez ao longo do tempo, particularmente em finais de períodos mais recentes. Essa dinâmica sugere uma estratégia de fortalecimento da liquidez para sustentar o aumento das obrigações de curto prazo, garantindo maior estabilidade financeira.