Mondelēz International Inc. (NASDAQ:MDLZ)

A análise dos dados financeiros ao longo dos anos revela várias tendências relevantes. A receita líquida apresenta um crescimento gradual ao longo do período, passando de US$ 34.113 milhões em 2005 para US$ 36.441 milhões em 2024. Apesar de pequenas oscilações nos anos intermediários, observa-se uma tendência de aumento consistente na receita, especialmente após 2010, indicando um crescimento sustentado na geração de receitas.

O resultado operacional também demonstra uma tendência de crescimento, embora com maior volatilidade. Após queda em 2008, o resultado operacional apresentou recuperação e aumento consistente a partir de 2010, atingindo um pico de US$ 6.345 milhões em 2024. Esses picos sugerem uma melhora na eficiência operacional ou na margem de lucro operacional ao longo do tempo, potencialmente refletindo ganhos de eficiência ou estratégias de negócio bem-sucedidas.

O lucro líquido atribuível à Mondelēz International também evidenciou um crescimento geral, embora tenha apresentado oscilações de um ano para o outro. O valor elevou-se de US$ 2.632 milhões em 2005 para um pico de US$ 4.959 milhões em 2022, antes de registrar uma leve redução em 2023. Observa-se que, apesar das variações, a tendência de crescimento de longo prazo permanece perceptível, refletindo uma melhora na rentabilidade da empresa.

Padrões de crescimento:

A receita líquida e o lucro líquido mostraram um crescimento consistente ao longo dos anos, com aumentos notáveis após 2010, indicando uma estratégia bem-sucedida de expansão de mercado ou aumento de margens.

Volatilidade e oscilações:

O resultado operacional e o lucro líquido exibiram oscilações em determinados anos, sugerindo períodos de maior volatilidade ou impacto de fatores externos e internos, como flutuações econômicas, custos operacionais ou estratégias de ajuste de negócios.

Impacto de anos específicos:

O resultado operacional atingiu seu pico em 2011, enquanto o lucro líquido atingiu seu máximo em 2022, evidenciando possíveis momentos de maior eficiência ou lucratividade.

Perspectiva de longo prazo:

Apesar das oscilações pontuais, a tendência geral aponta para uma empresa que mantém crescimento sustentável na receita, operacionalidade e rentabilidade ao longo do período analisado.

Ao analisar a evolução do ativo circulante ao longo do período, observa-se uma tendência de crescimento geral, especialmente a partir de 2006. Houve um aumento substancial entre 2005 e 2010, com o ativo circulante passando de aproximadamente US$8,15 bilhões para cerca de US$16,22 bilhões, indicando aumento na liquidez de curto prazo da empresa durante esse período. Após 2010, o ativo circulante permaneceu relativamente estável até 2014, com ligeiras variações, e apresentou uma nova elevação a partir de 2018, atingindo mais de US$13,2 bilhões em 2023, refletindo provavelmente uma estratégia de fortalecimento da liquidez ou aumento de operações de curto prazo.

Em relação aos ativos totais, há uma tendência de aumento durante o período estudado, embora com maior variação e oscilações acentuadas. De 2005 a 2007, os ativos totais registraram crescimento, passando de aproximadamente US$57,63 bilhões para US$67,99 bilhões. Entretanto, em 2008 houve uma queda significativa, chegando a cerca de US$63,08 bilhões, possivelmente refletindo o impacto da crise financeira global na liquidez e nos ativos da companhia. A partir de 2009, os ativos totais apresentaram crescimento contínuo, especialmente a partir de 2010, chegando a mais de US$71,3 bilhões em 2023, sinalizando uma expansão das operações e investimentos ao longo dos anos. Mesmo com algumas oscilações, a tendência geral indica fortalecimento do balanço patrimonial e aumento do tamanho da empresa ao longo do período analisado.

Em suma, ambos os indicadores demonstram que houve uma ampliação do patrimônio de curto prazo e dos ativos totais, com períodos de estabilidade e de crescimento consistente, inclusive após momentos de crise, sugerindo uma recuperação e fortalecimento financeiro sustentado ao longo dos anos.

Resumo da análise financeira da empresa

Passivo circulante

Entre 2005 e 2024, o passivo circulante apresenta uma tendência geral de aumento, com flutuações ao longo dos anos. Nos primeiros anos, observa-se um crescimento acentuado, atingindo picos em 2007 e 2010, seguido de redução em alguns períodos posteriores. A partir de 2010, o valor mantém-se relativamente alto, demonstrando estabilidade na gestão do passivo de curto prazo, embora com variações anuais. Destaca-se uma recuperação no ano de 2024, sugerindo possível aumento na necessidade de liquidez ou ajustes na estrutura de passivos de curto prazo.

Total do passivo

O total do passivo evidencia uma trajetória de crescimento substancial ao longo do período analisado. Inicia em aproximadamente US$ 28 bilhões em 2005, alcançando picos superiores a US$ 40 bilhões por volta de 2007 e 2016. Após períodos de alta, há momentos de retratação, como em 2012 e 2013, mas o valor volta a se elevar, chegando a aproximadamente US$ 41,5 bilhões em 2024. Esse padrão indica uma expansão da estrutura de passivos ao longo dos anos, possivelmente refletindo estratégias de financiamento ou aquisições.

Endividamento total

O endividamento total acompanha a evolução do passivo, apresentando aumento consistente ao longo do tempo. De cerca de US$ 10,5 bilhões em 2005, há uma evolução brusca em 2007, atingindo aproximadamente US$ 21 bilhões, seguido de oscilações. O nível máximo registrado foi em 2016, com US$ 23 bilhões, após o qual há uma redução até aproximadamente US$ 17,7 bilhões em 2024. Essa dinâmica sugere uma gestão de dívidas mais contida nos últimos anos, possivelmente devido à redução do endividamento ou refinanciamentos mais favoráveis.

Total do patrimônio líquido

O patrimônio líquido mostra flutuações que refletem a saúde financeira da empresa ao longo do período. Inicialmente, em 2005, encontra-se em aproximadamente US$ 29 bilhões, chegando a um pico de US$ 35,8 bilhões em 2010, seguido de uma tendência de declínio até atingir cerca de US$ 26,9 bilhões em 2024. A variação pode indicar mudanças na lucratividade, distribuição de lucros ou reavaliações de ativos. Apesar das oscilações, o patrimônio líquido manteve-se relativamente elevado, sustentando a estabilidade financeira ao longo dos anos.

De modo geral, observa-se uma expansão do passivo e do total de passivos ao longo dos anos, enquanto o patrimônio líquido apresentou oscilações, com tendência de estabilização em nível mais baixo na última década. A relação entre dívidas e patrimônio líquido sugere uma estratégia de crescimento apoiada por endividamento, mas com necessidade de acompanhamento para garantir o equilíbrio financeiro e a solvência da entidade.

Tendência de fluxo de caixa operacional

Observa-se uma tendência geral de aumento no caixa líquido fornecido pelas atividades operacionais ao longo do período, indicando uma melhora na geração de caixa pela operação da empresa. Inicialmente, o valor apresentou estabilidade próxima aos 3.500 milhões de dólares, com picos e vales durante o período. No entanto, a partir de 2012, há um aumento consistente, atingindo aproximadamente 4.900 milhões de dólares em 2023, sinalizando um fortalecimento na capacidade operacional de gerar caixa.

Tendência de fluxo de caixa de investimento

O fluxo de caixa de atividades de investimento mostra maior volatilidade, com valores frequentemente negativos ao longo de toda a análise. Houve períodos de grande desinvestimento, como em 2007 (-8.416 milhões de dólares) e 2018 (-4.888 milhões de dólares), que indicam intensas aquisições ou investimentos de capital. Apesar de alguns anos apresentarem valores positivos, esses momentos parecem ser pontos eventuais de venda de ativos ou desinvestimento, refletindo uma política de investimento dinâmica e heterogênea ao longo do tempo.

Fluxo de caixa de financiamento

O fluxo de caixa proveniente de atividades de financiamento revela um padrão de forte saídas ao longo de todo o período, com valores consistentemente negativos, especialmente a partir de 2008. Destaca-se que em muitos anos há valores expressivos de saídas de caixa, chegando a mais de 7.500 milhões de dólares em alguns anos, indicando pagamento de dívidas, recompra de ações ou pagamento de dividendos. Apesar de períodos de entradas de caixa, esses são pontuais e menores em magnitude, sugerindo uma estratégia de financiamento predominantemente de retirada de recursos ou serviço de endividamento.

Considerações gerais

O padrão de crescimento consistente na geração de caixa operacional indica uma saúde financeira relativamente sólida e sustentável ao longo do tempo, apesar dos altos gastos com atividades de financiamento e investimentos em certos períodos. As oscilações nos fluxos de caixa de investimento refletem uma estratégia de crescimento que inclui aquisições e desinvestimentos, enquanto a forte saída de recursos em financiamento demonstra uma prioridade em redução de endividamento ou distribuição de lucros aos acionistas. A análise conjunta aponta para uma gestão financeira agressiva, com foco na manutenção do fluxo operacional e na alocação estratégica de recursos para investimentos, acompanhada por significativa política de financiamento que impacta o resultado líquido de caixa ao longo do tempo.

Ao analisar a trajetória do lucro por ação básico e diluído ao longo do período avaliado, observa-se uma tendência geral de crescimento em vários anos, embora com alguns picos e quedas pontuais. Entre 2005 e 2011, os lucros apresentaram variações moderadas, consolidando uma estabilidade relativa. A partir de 2012, há um aumento expressivo no lucro por ação, atingindo um pico em 2016, com valores próximos de 4,5 dólares, seguido por uma leve redução em 2017 e 2018. Posteriormente, nos anos de 2020 a 2024, observa-se uma recuperação, com o lucro por ação chegando a aproximadamente 3,6 dólares em 2024, indicando uma recuperação ou estabilização após períodos de menor desempenho.

Quanto aos dividendos pagos por ação, há uma trajetória de crescimento contínuo ao longo do período, com valores que saltaram de 0,87 dólar em 2005 para 1,79 dólares em 2024. Essa tendência aponta para uma política de distribuição de lucros mais consistente e crescente, mesmo em anos de maior volatilidade nos lucros, como 2008 e 2009, onde os valores apresentaram leve retração.

Em resumo, a análise revela uma evolução positiva dos indicadores de rentabilidade, especialmente após 2012, acompanhada de aumento constante na remuneração aos acionistas na forma de dividendos. Os picos de lucros ao longo do período sugerem períodos de crescimento robusto, seguidos de ajustes, mas a tendência geral aponta para uma melhora na performance financeira e na política de distribuição de resultados ao longo do tempo.