Cisco Systems Inc. (NASDAQ:CSCO)

O índice de liquidez corrente apresentou uma tendência de leve variação ao longo do período analisado, iniciando em 1,70 em outubro de 2019 e apresentando oscilações ao longo do tempo, atingindo valores próximos de 1,37 em julho de 2023. Apesar de algumas flutuações, a relação manteve-se relativamente estável, reflexo de uma gestão que conseguiu equilibrar ativos e passivos de curto prazo, embora tenha demonstrado uma leve redução no final do período.

Índice de liquidez rápida

Mostrou uma tendência de diminuição ao longo do tempo, saindo de 1,54 em novembro de 2019 para níveis mais baixos próximos de 0,64 em julho de 2025. Essa redução indica uma diminuição na capacidade de quitar obrigações de curto prazo sem depender do estoque de inventário, sugerindo maior dependência de ativos mais líquidos ao longo do período.

Índice de liquidez de caixa

Também exibiu uma tendência de declínio, começando em 1,14 em novembro de 2019 e apresentando valores próximos de 0,45 em julho de 2025. Este indicador reflete a capacidade de pagar dívidas de curto prazo utilizando caixa e equivalentes de caixa, indicando uma redução na liquidez imediata da empresa ao longo do tempo. Observa-se, contudo, que houve uma estabilidade relativa na maior parte do período, com valores inferiores a 1 nos últimos anos, evidenciando menor disponibilidade de caixa para cobrir obrigações de curto prazo.

De modo geral, os indicadores de liquidez mostram que, embora a capacidade de atender às obrigações de curto prazo tenha se mantido relativamente estável até o final de 2021, houve uma redução progressiva na liquidez mais imediata e na liquidez rápida ao longo do período, indicando uma maior dependência de ativos menos líquidos para sustentar as operações financeiras. Essas tendências sugerem uma mudança no perfil de liquidez, que pode impactar a flexibilidade financeira da organização em cenários de necessidade de liquidação rápida de obrigações.

Desempenho do Ativo Circulante

Ao longo do período analisado, o ativo circulante apresentou variações moderadas, iniciando em aproximadamente US$ 41,7 bilhões e atingindo picos superiores a US$ 43,3 bilhões. Houve uma tendência de aumento gradual até o final de 2021, com valores em torno de US$ 39,95 bilhões, seguido por flutuações que resultaram em uma redução para cerca de US$ 32,8 bilhões no terceiro trimestre de 2025. Essa variação indica uma quantidade relativamente estável de recursos de curto prazo, com períodos de crescimento e retração, possivelmente refletindo mudanças nas operações ou na gestão de ativos.

Desempenho do Passivo Circulante

O passivo circulante evidenciou uma tendência de aumento desde aproximadamente US$ 24,6 bilhões no final de 2019 para valores superiores a US$ 40 bilhões em alguns períodos de 2024. Este crescimento foi significativo, especialmente nos últimos anos, indicando uma elevação no nível de obrigações de curto prazo, o que pode impactar a liquidez e a capacidade de honrar dívidas de curto prazo.

Índice de Liquidez Corrente

O índice de liquidez corrente apresentou uma trajetória de queda ao longo do período, saindo de 1,7 no final de 2019 para valores próximos de 0,89 no terceiro trimestre de 2021. Posteriormente, manteve-se em torno de 0,88 a 1,00, sugerindo uma redução na capacidade da empresa de cobrir suas obrigações de curto prazo com seus ativos circulantes. Essa redução pode indicar uma deterioração na liquidez operacional, embora em níveis próximos a 1, o que ainda sugere alguma capacidade de liquidação de dívidas de curto prazo, mas com menor margem de segurança.

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período considerado, observa-se uma tendência de estabilidade, porém com algumas flutuações relevantes nos indicadores de liquidez e na composição do passivo circulante.

Total de ativos rápidos

O valor permanece relativamente estável, situando-se na faixa de aproximadamente US$ 27,3 bilhões a US$ 35,3 bilhões. Houve um aumento gradual até o início de 2021, atingindo o pico em torno de US$ 35,3 bilhões, seguido por uma redução progressiva até meados de 2024, chegando a aproximadamente US$ 25,8 bilhões. Essa tendência pode indicar uma mudança na composição dos ativos ou ajustes estratégicos na liquidez de curto prazo.

Passivo circulante

O passivo circulante apresenta crescimento constante, de cerca de US$ 24,6 bilhões em final de 2019 para aproximadamente US$ 40,9 bilhões em meados de 2024. Essa elevação sugere aumento nas obrigações de curto prazo da empresa, possivelmente decorrente de novas linhas de crédito, aumento de fornecedores ou expansão operacional, o que pode impactar a liquidez se não for acompanhada de aumento proporcional nos ativos líquidos.

Índice de liquidez rápida

O índice apresenta uma tendência de redução ao longo do período, partindo de valores acima de 1,5 até alcançar cerca de 0,69 no final de 2024. No início, em 2019 e 2020, o índice demonstrava sólida capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo com ativos líquidos, porém, a partir de 2021, há uma queda consistente, indicando redução da liquidez rigorosa. Em diversos pontos, o índice ficou abaixo de 1, sugerindo uma menor margem de segurança na liquidez de curto prazo, o que pode indicar uma maior dependência de outras fontes de financiamento ou uma mudança na estrutura de ativos e passivos.

Em síntese, a empresa apresenta uma estabilidade relativa nos ativos líquidos, enquanto o passivo circulante tem crescido de forma mais expressiva, impactando diretamente o índice de liquidez rápida, que deteriorou-se ao longo do tempo. Essa evolução sinaliza uma necessidade de gerenciamento atento à composição de ativos e passivos para manter a liquidez adequada às operações de curto prazo.

O total de ativos de caixa apresentou variações ao longo do período analisado. Nos períodos iniciais, houve aumento de cerca de 2.539 milhões de dólares entre outubro de 2019 e abril de 2020, atingindo aproximadamente 28.574 milhões em abril de 2020. Desde então, há uma tendência de estabilização com oscilações sazonais; por exemplo, houve uma redução para aproximadamente 23.346 milhões em outubro de 2021, seguida de recuperação até alcançar o pico de aproximadamente 26.146 milhões em julho de 2021. Contudo, a partir de então, sinais de declínio são perceptíveis, com os valores chegando próximas a 15.610 milhões em janeiro de 2025, indicando uma diminuição acumulada ao longo do tempo, embora com períodos de aumento pontuais.

O passivo circulante apresentou variações mais expressivas, refletindo volatilidade consistente ao longo do período. Inicialmente, o passivo era de cerca de 24.597 milhões em outubro de 2019, apresentando aumento contínuo até atingir cerca de 40.584 milhões em janeiro de 2025. Destaca-se um aumento significativo após julho de 2022, atingindo picos acima de 40 mil milhões de dólares, o que evidencia uma elevação considerável das obrigações de curto prazo ao longo do período. Essa tendência sugere possíveis ajustes na estrutura de capital ou mudanças na estratégia de gestão de obrigações de curto prazo.

O índice de liquidez de caixa apresentou uma tendência decrescente ao longo do período. Inicialmente, em outubro de 2019, o índice situava-se em torno de 1.14, atingindo máximos próximos de 1.23 em janeiro de 2020. Porém, uma diminuição constante ocorreu desde então, chegando a valores abaixo de 0.50 em janeiro de 2024 e permanecendo em níveis similares até julho de 2024, na faixa de 0.42 a 0.45. Essa redução indica uma condição de liquidez relativamente mais apertada ao longo do tempo, sugerindo que a proporção de ativos de caixa em relação ao passivo circulante diminuiu, o que pode impactar a flexibilidade financeira da entidade.