Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Dados trimestrais
Emerson Electric Co., estrutura do balanço patrimonial consolidado: passivo e patrimônio líquido (dados trimestrais)
Com base em relatórios: 10-Q (Data do relatório: 2020-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2019-12-31), 10-K (Data do relatório: 2019-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2018-12-31), 10-K (Data do relatório: 2018-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2017-12-31), 10-K (Data do relatório: 2017-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2017-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2017-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2016-12-31), 10-K (Data do relatório: 2016-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2016-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2016-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2015-12-31), 10-K (Data do relatório: 2015-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2015-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2015-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2014-12-31), 10-K (Data do relatório: 2014-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2014-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2014-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2013-12-31).
Ao analisar os dados financeiros apresentados ao longo dos períodos trimestrais, observa-se uma tendência de aumento na composição do passivo circulante, cuja porcentagem do total do passivo e patrimônio líquido passou de aproximadamente 29,5% em dezembro de 2013 para cerca de 36,6% em março de 2020. Essa evolução indica uma maior participação de obrigações de curto prazo na estrutura de passivos da organização, sugerindo potencialmente maior liquidez de curto prazo ou uma estratégia de gestão de passivos de maior rotatividade.
O item referente às captações de curto prazo e vencimentos correntes de dívidas de longo prazo apresentou aumentos pontuais, com destaque para o pico de aproximadamente 17,23% em junho de 2017, evidenciando maior dependência de dívidas de curto prazo nesse período. Nos períodos seguintes, ocorre uma redução nesse percentual, embora permaneça relativamente elevado em relação ao início do período analisado, refletindo possíveis adaptações na gestão da liquidez e do endividamento.
O componente de dívidas de longo prazo, excluindo os vencimentos correntes, teve variações ao longo do tempo, com uma tendência de diminuição a partir de 2017, chegando a aproximadamente 18,24% em junho de 2019, após picos de cerca de 22% em períodos anteriores. Isso sinaliza uma possível estratégia de alongamento do perfil de endividamento de longo prazo, buscando maior estabilidade financeira.
As contas a pagar mantiveram uma participação relativamente estável, variando entre 6,98% e 10,68%, demonstrando uma gestão de passivos de curto prazo relativamente constante ao longo do período, com leve incremento em alguns trimestres, como março de 2014 e dezembro de 2015. Já as despesas acumuladas tiveram uma participação mais variável, com períodos de aumento expressivo, chegando a aproximadamente 17,97% em dezembro de 2016, indicando possíveis dificuldades ou aumentos em passivos de despesas futuras.
O patrimônio líquido, composto por lucros não distribuídos, apresentou crescimento consistente de sua participação relativa até atingir cerca de 124,29% em março de 2017, refletindo uma forte retenção de lucros e fortalecimento do patrimônio acumulado. Posteriormente, houve uma redução dessa porcentagem, estabilizando-se em torno de 112%, o que pode indicar distribuição de lucros ou outras operações de gestão de reserva de lucros.
O item de ações em tesouraria como porcentagem do passivo e patrimônio líquido apresentou crescimento contínuo, atingindo aproximadamente 73,42% em junho de 2019, sugerindo maior recompra de ações e possível estratégia de aumento na valorização do ativo acionário para os investidores. A participação de capital adicional realizado permaneceu relativamente baixa, com pequenas variações ao longo do período, enquanto as participações de controladoras não controladoras também mostraram estabilidade, contribuindo para o entendimento da estrutura de capital da empresa.
As perdas abrangentes acumuladas tiveram uma participação negativa que aumentou ao longo do tempo, chegando a aproximadamente -8,77% em março de 2020, indicando que a empresa enfrentou perdas acumuladas crescentes que influenciaram o patrimônio líquido total, apesar do crescimento em lucros não distribuídos.
Em resumo, observa-se uma estrutura de passivos que tende a crescer na sua composição de obrigações de curto prazo, acompanhada por uma gestão que busca alongar o perfil de endividamento de longo prazo. O fortalecimento do patrimônio líquido, com incremento na retenção de lucros e recompra de ações, evidencia esforços de preservação de capital e valorização acionária. No entanto, o aumento nas perdas acumuladas e na participação de ações em tesouraria sugere que a organização também enfrenta desafios relacionados à rentabilidade e à valorização de ações propriamente dita ao longo do período analisado.