Estrutura do balanço: activo
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2019-09-30), 10-K (Data do relatório: 2018-09-30), 10-K (Data do relatório: 2017-09-30), 10-K (Data do relatório: 2016-09-30), 10-K (Data do relatório: 2015-09-30), 10-K (Data do relatório: 2014-09-30).
Ao analisar os dados de ativos ao longo dos anos, observa-se uma estabilização na composição do ativo total, com variações moderadas de períodos para períodos. Um ponto de destaque é o aumento contínuo na proporção de ativo não circulante, que passa de aproximadamente 54,19% em 2016 para cerca de 65,17% em 2019. Essa tendência sugere um maior foco na holding de ativos de longo prazo ou investimentos permanentes.
Na categoria de ativo circulante, há uma redução significativa de cerca de 45,81% em 2016 para aproximadamente 34,83% em 2019, indicando uma possível diminuição na liquidez de curto prazo ou uma mudança na estrutura do capital de giro. Dentro deste grupo, o caixa e equivalentes apresentam oscilações, chegando a uma queda acentuada em 2018, passando de 15,63% para apenas 5,36%, mas recuperando-se parcialmente até 7,29% em 2019. Já as contas a receber, menos provisões, mostram uma tendência de redução do seu peso no ativo total até 2016, seguida por pequenas elevações nas últimas linhas, embora ainda mantenham-se abaixo de 20%.
Os inventários mantêm uma participação relativamente estável, ligeiramente aumentando ao longo do período, permanecendo próximos de 9% em 2019, o que sugere uma estabilidade na gestão de estoques. Outros ativos circulantes, de modo geral, apresentam uma leve recuperação após pico em 2016, indicando alguma diversificação ou aumento de ativos de curto prazo que não se encaixam nas categorias tradicionais.
No que tange ao ativo não circulante, há notável incremento na participação de ativos incorpóreos, que passam de aproximadamente 4,15% em 2016 para cerca de 12,76% em 2019. Essa mudança reflete maior investimento ou reconhecimento de ativos intangíveis, como marcas, patentes ou direitos autorais. Imobilizado líquido também apresenta crescimento contínuo, chegando a quase 18% em 2019, indicando maior concentração em bens físicos de longo prazo.
Outro aspecto importante é o pressuposto aumento expressivo na participação da boa vontade, que sobe de cerca de 17,98% em 2016 para aproximadamente 31,89% em 2019, reforçando o crescimento de ativos intangíveis decorrentes de aquisições ou reavaliações de ativos existentes. Por outro lado, ativos previdenciários, recebíveis de seguros relacionados ao amianto, imposto de renda diferido e outros ativos não correntes mostram variações menores, porém relevantes, muitas vezes indicando ajustes contábeis ou alterações nas provisões.
Especificamente, itens como "outros ativos" apresentam alta em 2018, ultrapassando 50% do ativo total, o que pode refletir um aumento de ativos diversos ou investimentos não classificados claramente. Após esse pico, essa proporção diminui em 2019, mantendo-se ao redor de 47%, o que aponta para alguma estabilização nessa categoria.
De modo geral, a estrutura de ativos revela uma crescente concentração em ativos de longo prazo, particularmente ativos intangíveis e imobilizado líquido, enquanto a participação de ativos circulantes, especialmente caixa, diminui ou se torna relativamente menor ao longo do período. Essas mudanças podem indicar estratégias de investimento de longo prazo, reestruturação de capital de giro ou mudanças na avaliação e contabilização dos ativos.