Emerson Electric Co. (NYSE:EMR)

Ao longo do período analisado, observa-se uma tendência de crescimento sustentável nas vendas líquidas, mantendo-se consistentemente como o principal componente da receita da empresa, representando 100% em todos os anos considerados.

O custo das vendas apresentou uma leve variação percentual, iniciando em -58,6% e estabilizando por volta de -57,46%, indicando uma leve melhora na margem de lucro bruto ao longo do tempo. De fato, o lucro bruto cresceu de 41,4% para aproximadamente 42,54% das vendas líquidas, demonstrando uma melhora na eficiência operacional ou na gestão de custos de produção.

As despesas com vendas, gerais e administrativas mantiveram-se próximas de 23% a 24,5%, mostrando estabilidade nesse item. Relacionado ao resultado de operações contínuas antes de juros e imposto de renda, houve aumento de sua margem de 14,44% em 2014 para um pico de 19,42% em 2015, seguido por uma ligeira redução e estabilização em cerca de 16% a 16,5% ao longo dos anos seguintes.

Indicadores financeiros referentes a itens não operacionais revelam oscilações, como ganhos com desinvestimentos de empresas em 2015, que contribuíram positivamente para os resultados, enquanto prejuízos relacionados a ágio foram presentes em alguns anos, impactando negativamente a lucratividade. As amortizações de intangíveis permaneceram relativamente constantes, apresentando um aumento percentual ao longo do período, refletindo a depreciação de ativos intangíveis adquiridos.

Custos de reestruturação apresentaram variações moderadas, reduzindo sua participação relativa ao longo do tempo, enquanto outros itens, como outros deduções líquidas, destacaram-se por uma tendência de crescimento em percentual até 2019, quando apresentaram uma pequena recuperação. Todas essas variações impactaram o resultado operacional após ajustes diversos.

O resultado de operações contínuas antes do imposto de renda permaneceu relativamente estável, com margem entre 15,3% e 18,66%, enquanto o impacto de receitas e despesas financeiras ficou em torno de -0,77% a -1,48%, contribuindo para uma redução na margem de resultado antes do imposto em alguns anos, embora ainda mantendo valores positivos.

O imposto de renda apresentou uma redução em seu percentual, chegando a valores próximos de -2,89%, o que reflete uma possível melhora na eficiência fiscal ou na redução de alíquotas efetivas aplicadas. Como resultado, o lucro líquido de operações contínuas apresentou uma margem oscilante, chegando a 12,78% em 2019, sendo a receita de ganhos de operações contínuas um dos principais fatores de aumento na rentabilidade, atingindo até 12,78% em 2019.

O impacto de operações descontinuadas, embora presente em alguns anos, não mantém uma tendência clara, indicando que a empresa pode ter desinvestido ou encerrado atividades específicas durante parte do período. Quanto ao lucro líquido, a participação dos acionistas ordinários manteve-se próxima de 12,5% a 12,7%, refletindo uma relativa estabilidade na rentabilidade atribuível aos acionistas ao longo do tempo.