Emerson Electric Co. (NYSE:EMR)

Ao analisar as relações de valor, observa-se uma tendência de diminuição no rácio preço/lucro líquido (P/E) ao longo do período, passando de valores superiores a 20 no início de 2014 para uma faixa próxima a 16-17 em 2019, indicando potencialmente uma maior avaliação do mercado em relação ao lucro líquido ou uma desaceleração no crescimento do mercado de ações. Essa redução sugere uma percepção de menor expectativa de crescimento nos lucros da empresa ao longo do tempo.

O rácio preço/resultado operacional (P/OP) também evidencia uma tendência de queda, especialmente de 2014 a 2017, passando de picos acima de 12 para valores próximos de 12 e abaixo, indicando uma maior racionalização na avaliação relativa do resultado operacional. A partir de 2018 até 2019, há estabilidade relativa, permanecendo na faixa de 12 a 14, o que reforça a estabilidade na percepção do resultado operacional em relação ao valor de mercado.

Por sua vez, o rácio preço/receita (P/S) demonstra uma trajetória de aumento até meados de 2017, atingindo patamares próximos de 2,8, seguido por uma leve redução em 2018, chegando a aproximadamente 2,4, antes de retornar a valores próximos a 2,5 em 2019. Essa variação indica uma valorização relativamente mais alta das receitas nos primeiros anos e uma estabilização subsequente, possivelmente refletindo uma avaliação consistente das receitas pela mercado ao longo do período.

Quanto ao rácio preço/valor contabilístico (P/BV), os valores apresentam maior variação, partindo de cerca de 4 em 2013 até picos de mais de 5 em 2017 e 2019. Essa oscilação sugere uma variação na percepção de valor de mercado em relação ao valor contábil, com períodos de maior valorização relativa, especialmente em 2017 e 2019, indicando expectativa de maior rentabilidade ou crescimento futuro por parte dos investidores em relação ao patrimônio líquido da empresa.

De forma geral, os indicadores sinalizam um movimento de estabilização ou redução na valorização relativa da empresa em alguns aspectos (como P/E e P/OP), enquanto outros, como P/S e P/BV, demonstram maior volatilidade com períodos de valorização mais elevada. Essa dinâmica pode refletir mudanças na percepção de risco, expectativas de crescimento ou aspectos de mercado ao longo dos trimestres analisados.

Nos períodos analisados, observa-se uma variação significativa nos valores do preço das ações, com tendências de alta e baixa ao longo do tempo. Inicialmente, houve uma alta de aproximadamente 63,76 dólares no final de 2013, atingindo um pico de 74,04 dólares no período de setembro de 2018, seguido por uma redução para 53,82 dólares ao final de março de 2020.

O lucro por ação (EPS) apresentou um padrão de crescimento relativamente estável ao longo do período, passando de valores inferiores a 3 dólares na metade de 2014 até atingir cerca de 3,62 dólares em março de 2020. Apesar de algumas flutuações pontuais, a tendência geral mostra uma melhora contínua no desempenho de lucros, indicando uma sólida geração de resultados ao longo dos trimestres considerados.

O índice P/E, que mede a relação entre o preço da ação e o lucro por ação, variou de maneira notável, refletindo mudanças na percepção do mercado acerca do valor relativo da ação e potencial de crescimento da empresa. Durante o período de 2014 a 2017, o P/E frequentemente esteve abaixo de 20, indicando uma avaliação mais conservadora, enquanto entre 2017 e 2018, houve uma elevação, atingindo 27,34, o que sugere uma maior expectativa de crescimento por parte dos investidores.

De forma geral, os dados indicam que embora a cotação das ações tenha sofrido oscilações de curto prazo, os lucros por ação demonstraram uma trajetória de crescimento moderado, apoiando uma melhora na avaliação do mercado na maior parte do período. A relação P/E refletiu essas mudanças, oscilando de valores mais baixos para níveis mais elevados quando os lucros estavam mais robustos, antes de uma queda no início de 2020, possivelmente associada a fatores externos ou ciclos de mercado.

Preço das ações

Observa-se uma variação significativa ao longo do período analisado. Após um pico inicial de aproximadamente 63,76 dólares em dezembro de 2013, há uma tendência de queda até o início de 2015, atingindo valores próximos a 46,09 dólares. Entre 2015 e 2018, há oscilações com leve tendência de alta, chegando a atingir cerca de 74,04 dólares em março de 2018. Contudo, a partir desse ponto, há uma redução acentuada até o final de 2018, seguida de uma estabilização relativa durante 2019 e uma leve recuperação em 2020, com valores próximos a 73,07 dólares. Importa notar que a volatilidade no preço das ações reflete possíveis mudanças no cenário econômico ou na percepção do mercado em relação à empresa ao longo do período.

Lucro operacional por ação

O lucro operacional por ação apresenta uma evolução moderada ao longo do tempo. Os valores aparecem mais constantes a partir de 2014, variando geralmente entre aproximadamente 3,9 e 6,64 dólares. Destaca-se um aumento progressivo a partir de 2015, atingindo um pico de 6,64 dólares no segundo trimestre de 2014. Após esse período, observa-se uma leve diminuição e estabilização dos lucros operacionais até 2017, mantendo-se na faixa de 3,9 a 4,98 dólares. Essa estabilidade sugere uma consistência no desempenho operacional da empresa ao longo dos anos, apesar de oscilações pontuais.

Rácio P/OP (Preço sobre Lucro Operacional)

O rácio financeiro P/OP mostra uma tendência de alta até meados de 2016, atingindo valores acima de 15, seguido de uma redução até o final de 2019, quando se estabiliza em torno de 12 a 14. Esses movimentos indicam possíveis variações na avaliação de mercado em relação aos lucros operacionais, refletindo mudanças na percepção de valor da empresa por parte dos investidores. O aumento do rácio de 2014 a 2016 sugere uma valorização maior do ativo em relação ao lucro operacional, enquanto a posterior estabilização aponta para uma consolidação dessa avaliação.

Ao analisar as séries temporais, observa-se que o preço das ações apresentou variações ao longo do período, atingindo um pico de aproximadamente 76,01 dólares em junho de 2017, seguido por uma queda significativa até o final de 2019, atingindo cerca de 53,82 dólares em março de 2020. Essa oscilação indica uma volatilidade considerável no valor de mercado da empresa, refletindo possíveis mudanças em expectativas de investidores ou na performance financeira.

Os dados de vendas por ação mostram uma tendência crescente ao longo do período analisado, passando de valores não informados até cerca de 30,07 dólares em março de 2020. Essa tendência sugere uma melhora consistente na performance de vendas por ação, o que pode refletir crescimento operacional ou estratégias de expansão eficazes ao longo dos períodos.

O índice P/S (preço sobre vendas), que mede a relação entre o valor de mercado e as vendas da empresa, mostrou variações que indicam mudanças na avaliação de mercado em relação às receitas. Notadamente, em certos períodos, o índice atingiu picos de até aproximadamente 2,8, indicando uma valorização relativa de mercado em relação às vendas. No entanto, em março de 2020, esse índice caiu para 1,79, refletindo uma possível reconsideração do valor de mercado ou crescimento de receitas que não acompanhou proporções semelhantes na valorização acionária.

Em resumo, a análise indica que, enquanto o desempenho de vendas por ação cresceu de forma consistente, o valor das ações apresentou maior volatilidade, com picos e quedas que podem estar associados a condições de mercado, desempenho financeiro ou outros fatores externos. O índice P/S variou em resposta a essas mudanças, sinalizando variações na percepção de mercado acerca do crescimento das receitas.

Ao analisar os dados trimestrais, observa-se uma trajetória de flutuações nos preços das ações, com períodos de alta e baixa ao longo do período analisado. No final de 2013, o valor das ações apresentou-se em torno de 63,76 dólares, atingindo picos raramente superiores a 70 dólares e, em alguns trimestres, caindo abaixo de 50 dólares, especialmente no segundo semestre de 2015 e no início de 2019. Essa variação sugere uma certa volatilidade no mercado de ações ao longo do período, refletindo possíveis mudanças nas condições de mercado ou na percepção dos investidores. No que diz respeito ao valor contábil por ação (BVPS), houve uma tendência geral de declínio, passando de aproximadamente 15,28 dólares no final de 2013 para cerca de 12,58 dólares no primeiro trimestre de 2020. Apesar de pequenas oscilações, o BVPS demonstrou uma leve redução ao longo do tempo, indicando possivelmente uma expansão de patrimônio por ação menor ou uma diminuição nos lucros retidos por ação. O indicador P/BV (Preço sobre valor contábil) apresentando uma relação média bastante elevada durante o período, variando aproximadamente entre 3,75 e 5,52, reflete que as ações têm sido negociadas a preços bastante superiores ao valor contábil. Notavelmente, esse rácio atingiu máximos próximos de 5,5 em alguns trimestres de 2016 e 2017, indicando potencialmente percepções de alta de valor ou expectativas de crescimento futuro. Nos últimos trimestres, o rácio oscila na faixa de 4,1 a 4,9, o que sugere uma estabilização moderada da avaliação de mercado. Em síntese, a análise demonstra uma relativa estabilidade no valor contábil por ação, acompanhada por uma forte sensibilidade no preço das ações às condições de mercado ou fatores específicos às percepções de valorização da empresa. A relação P/BV constante acima de 4 reforça a sinalização de um mercado que avalia positivamente além do valor patrimonial, possivelmente devido a expectativas de crescimento ou valor intangível percebido pelas instituições.