Apache Corp. (NYSE:APA)

As margens de lucro bruto mantiveram-se relativamente elevadas nos três primeiros anos, acima de 79%, indicando uma capacidade consistente de gerar lucros a partir das vendas. No entanto, houve uma redução significativa em 2015, descendo para 67,65%, o que sugere uma diminuição na eficiência de conversão das receitas em lucro bruto.

O índice de margem de lucro operacional apresentou uma tendência de declínio acentuado ao longo do período. Após um valor relativamente elevado em 2011 (48,62%), caiu significativamente para 28,98% em 2012 e permaneceu próxima a esse nível em 2013. Nos anos seguintes, houve uma reversão dramática: em 2014, a margem se tornou negativa (-20,93%) e, em 2015, apresentou uma queda ainda mais expressiva, atingindo -437,26%. Essa deterioração indica que a operação começou a gerar prejuízo operacional, possivelmente devido a aumentos de custos ou despesas operacionais elevadas.

O índice de margem de lucro líquido, que reflete o resultado final após todas as despesas, também demonstrou uma trajetória de deterioração severa. Inicialmente, apresentou margens positivas em torno de 13% a 27%, mas, a partir de 2014, entrou em território negativo, atingindo -39,3% e, em 2015, uma queda ainda mais acentuada para -362,2%. Tal comportamento revela que a empresa enfrentou dificuldades significativas para converter receitas em lucros líquidos, possivelmente devido a perdas extraordinárias ou despesas não operacionais elevadas.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) seguia uma tendência de alta até 2011, com 15,81%, mas declinou drasticamente ao longo do período analisado. Em 2012 e 2013, valores modestos (6,39% e 6,68%) indicaram uma performance relativamente baixa, porém ainda positiva. A partir de 2014, houve uma reversão, chegando a -20,83%. Em 2015, o índice tornou-se muito negativo (-900,97%), refletindo uma perda severa de valor para os acionistas e uma deterioração do retorno sobre o patrimônio.

O rácio de rendimento dos ativos (ROA) seguiu uma trajetória semelhante ao ROE, começando em 8,81% em 2011 e caindo para valores bem abaixo de zero a partir de 2014. Em 2015, atingiu -122,7%, demonstrando que os ativos da empresa não estavam gerando retorno positivo, além de potencialmente envolver perdas ou uso ineficiente dos recursos.

Ao analisar os dados financeiros ao longo dos anos, observa-se uma tendência consistente de declínio nos valores de lucro bruto, receitas da produção de petróleo e gás, e na margem de lucro bruto.

O lucro bruto apresentou uma redução contínua de aproximadamente 42% entre 2011 e 2015, passando de US$ 13.909 milhões para US$ 4.318 milhões. Essa diminuição sugere uma acentuada redução na rentabilidade operacional, podendo estar relacionada a fatores como aumento de custos, queda nos preços do petróleo e gás, ou mudanças na eficiência operacional.

As receitas provenientes da produção de petróleo e gás seguiram uma trajetória semelhante, com uma queda de cerca de 62% no mesmo período, de US$ 16.810 milhões em 2011 para US$ 6.383 milhões em 2015. Essa diminuição indica uma redução significativa na geração de receitas da atividade principal, reforçando o impacto do cenário de mercado ou de estratégias de produção e exploração adotadas.

Por sua vez, o índice de margem de lucro bruto também apresentou uma deterioração, declinando de 82,74% em 2011 para 67,65% em 2015. Essa redução na margem aponta para um agravamento na eficiência da formação do lucro em relação às receitas, possivelmente reflexo de aumento nos custos operacionais ou de produção, ou de pressões de mercado que comprimiram as margens de rentabilidade.

De modo geral, os dados indicam um período de declínio acentuado na rentabilidade e na eficiência operacional, evidenciando desafios enfrentados na manutenção dos níveis históricos de lucro e receita, que podem requerer análise adicional para identificar as causas específicas e potencialmente orientar estratégias de recuperação.

Resultado (prejuízo) operacional

Ao longo do período, observa-se uma queda significativa no resultado operacional, passando de um lucro de 8.173 milhões de dólares em 2011 para um prejuízo de 27.910 milhões de dólares em 2015. Essa transição indica uma deterioração nas operações da empresa, culminando em prejuízo líquido em 2014 e 2015. Em 2014, o prejuízo foi de 2.878 milhões de dólares, e em 2015 aumentou para 27.910 milhões.

Receitas da produção de petróleo e gás

As receitas mantiveram uma trajetória relativamente estável de 2011 até 2013, com valores próximos a 16,4 bilhões de dólares. No entanto, a partir de 2014, ocorreram recuos acentuados, chegando a 6,383 bilhões de dólares em 2015, representando uma redução significativa na receita proveniente da produção de petróleo e gás ao longo do período.

Índice de margem de lucro operacional

O índice de margem de lucro operacional apresentou declínio contínuo, partindo de 48,62% em 2011 para 28,98% em 2012, indicando redução na eficiência operacional. Este índice permaneceu relativamente estável em torno de 28-29% até 2013, mas passou a apresentar números negativos a partir de 2014, com uma margem de -20,93%. Em 2015, esse índice atingiu uma magnitude negativa expressiva de -437,26%, refletindo um resultado operacional drasticamente desfavorável e uma queda acentuada na rentabilidade da operação.

Lucro (prejuízo) líquido atribuível aos acionistas

Observa-se uma queda significativa no lucro ao longo dos anos analisados. Nos anos de 2011 e 2012, a empresa apresentou lucros consolidados de aproximadamente 4,6 bilhões e 2 bilhões de dólares, respectivamente. No entanto, a partir de 2013, o resultado começou a mostrar sinais de deterioração, atingindo cerca de 2,2 bilhões de dólares. Em 2014, houve uma perda operacional de aproximadamente 5,4 bilhões, seguida de uma perda substancial de cerca de 23,1 bilhões de dólares em 2015, indicando uma deterioração acentuada na rentabilidade e possível impacto de fatores como desvalorização de ativos, oscilações de mercado ou custos não recorrentes.

Receitas da produção de petróleo e gás

As receitas permaneceram relativamente estáveis entre 2011 e 2013, situando-se entre aproximadamente 16,4 bilhões e 16,9 bilhões de dólares. No entanto, a partir de 2014, uma redução significativa ocorreu, com receitas caindo para aproximadamente 13,7 bilhões de dólares, e uma queda ainda maior em 2015, quando os valores chegariam a cerca de 6,4 bilhões de dólares. Essa tendência sugere um impacto acentuado na atividade de produção, possivelmente devido a fatores de mercado, como queda nos preços do petróleo ou limitações operacionais.

Índice de margem de lucro líquido

O índice de margem de lucro líquido apresentou uma diminuição consistente, indicando que a lucratividade da empresa diminuiu ao longo do período. Em 2011, a margem foi de aproximadamente 27,27%, reduzindo para 11,81% em 2012 e para 13,61% em 2013. Posteriormente, ocorreu uma reversão significativa com a margem negativa de -39,3% em 2014 e uma deterioração ainda maior em 2015, com um índice de -362,2%, refletindo perdas líquidas elevadas em relação às receitas. Esses números evidenciam uma crítica deterioração da rentabilidade, possivelmente influenciada por redução de volumes, aumento de custos ou eventos extraordinários que afetaram a posição financeira.

Resumo da análise financeira do período de 2011 a 2015

No período analisado, observa-se uma tendência de alta no lucro líquido atribuível aos acionistas até 2013, atingindo o pico em 2011 com US$ 4.584 milhões e mantendo-se relativamente estável em 2012 e 2013, com valores próximos a US$ 2.000 milhões a US$ 2.232 milhões. Contudo, a partir de 2014, há uma reversão significativa na trajetória de resultados, com a empresa apresentando prejuízo de US$ 5.403 milhões em 2014 e uma perda ainda maior em 2015 de US$ 23.119 milhões. No que tange ao patrimônio líquido, houve crescimento de 2011 até 2013, passando de US$ 28.993 milhões para US$ 33.396 milhões. Em 2014, o patrimônio apresentou declínio acentuado para US$ 25.937 milhões e, em 2015, a cifra caiu drasticamente, chegando a US$ 2.566 milhões. Essa redução substancial reflete, provavelmente, os prejuízos acumulados nos anos posteriores. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) acompanha esse movimento de prejuízos. Até 2013, apresentou valores positivos, embora com declínio progressivo, passando de 15,81% em 2011 para 6,39% em 2012 e 6,68% em 2013. A partir de 2014, o ROE torna-se negativo, atingindo -20,83%, marcando um retorno negativo ao patrimônio. Em 2015, a situação se agrava ainda mais, com um ROE de -900,97%, refletindo prejuízos catastróficos e uma deterioração profunda na rentabilidade do patrimônio acionário. Resumidamente, o período evidencia uma deterioração financeira acentuada a partir de 2014, caracterizada por prejuízos expressivos, redução do patrimônio líquido e uma taxa de retorno negativa e crescente. Tais indicadores sugerem dificuldades financeiras significativas, provavelmente relacionadas a fatores de mercado ou operacionais que impactaram a capacidade da empresa de gerar lucros e preservar seu valor patrimonial.

Lucro líquido atribuível aos acionistas

A análise mostra uma redução significativa no lucro ao longo dos anos, com valores decrescendo de US$ 4.584 milhões em 2011 para cerca de US$ 2.001 milhões em 2012, seguido por um aumento até 2013, atingindo US$ 2.232 milhões. Contudo, a partir de 2014, há uma reversão marcante com prejuízo de US$ 5.403 milhões, que se acentua drasticamente em 2015 para US$ 23.119 milhões, indicando uma deterioração considerável na rentabilidade da empresa nesse período.

Ativos totais

Os ativos totais apresentaram crescimento de 2011 até 2013, aumentando de US$ 52.051 milhões para US$ 61.637 milhões, com uma estabilização em 2014, quando diminuíram para US$ 55.952 milhões. Em 2015, há uma redução acentuada dos ativos, que caíram para US$ 18.842 milhões, refletindo uma possível desmobilização de ativos ou uma reestruturação relevante.

ROA (Retorno sobre ativo)

O ROA evidencia uma tendência de declínio acentuado ao longo do período. De 8,81% em 2011, caiu para 3,29% em 2012 e subiu ligeiramente em 2013 para 3,62%. Entretanto, a partir de 2014, há uma inversão drástica, com ROA negativo de -9,66%, intensificando-se em 2015 para -122,7%, o que sinaliza uma forte deterioração na capacidade de geração de lucro em relação aos ativos utilizados.