Allergan PLC (NYSE:AGN)

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de 2006 a 2020, observa-se uma trajetória de valorização significativa nos preços das ações, com um aumento expressivo a partir de 2011, atingindo um pico em torno de 2016 antes de uma correção subsequente. Em 2006, o preço das ações estava em torno de 29,55 dólares, apresentando oscilações moderadas até 2011, quando ultrapassou 54,9 dólares. A partir desse ponto, há uma escalada acentuada, chegando a cerca de 298,07 dólares em 2016, seguida de uma redução, encerrando o período em torno de 139,07 dólares em 2019, embora retorne a um valor próximo de 198 dólares em 2020.

O lucro operacional por ação apresenta uma tendência de alta até 2008, quando atinge um pico de 4,22 dólares. Contudo, após esse período, há uma deterioração progressiva, com prejuízos evidentes a partir de 2010, culminando em resultados negativos expressivos em 2018 e 2019, chegando a -18,78 dólares em 2019. Esses valores indicam uma deterioração significativa na rentabilidade operacional ao longo do tempo, especialmente a partir de 2010.

O índice P/OP, que relaciona o preço das ações ao lucro operacional por ação, revela valores variáveis. Em 2008, há um índice de 11,43, indicando uma relação moderada, enquanto em 2009 ela diminui para 8,5, possivelmente refletindo expectativas de menor crescimento ou maior risco. Em 2010, há um aumento expressivo para 12,91, e em 2011 há um pico de 22,62, sugerindo uma valorização das ações relativamente ao lucro operacional, possivelmente devido às expectativas de crescimento ou diminuição do lucro efetivo. Os dados posteriores não apresentam valores completos, dificultando uma análise contínua longa desse índice, mas a oscilação nos anos iniciais indica uma volatilidade nas expectativas de mercado em relação à rentabilidade operacional.

De modo geral, o período evidencia uma forte valorização das ações acompanhada por um declínio na rentabilidade operacional, especialmente após 2010. Essa discrepância sugere possíveis mudanças na estrutura de custos, desafios operacionais ou fatores externos que impactaram a lucratividade, enquanto o mercado poderia ainda manter expectativas positivas até aproximadamente 2016. A queda nos lucros após 2010, acompanhada de aumento no preço das ações até 2016, indica uma provável formação de expectativas de valorização futura ou eventos que inflaram os preços das ações independentemente dos resultados operacionais apresentados.