Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Marriott International Inc., estrutura do balanço patrimonial consolidado: passivo e patrimônio líquido
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 10-K (Data do relatório: 2018-12-31), 10-K (Data do relatório: 2017-12-31), 10-K (Data do relatório: 2016-12-31), 10-K (Data do relatório: 2015-12-31).
Ao analisar a evolução dos indicadores financeiros ao longo do período de 2015 a 2019, observa-se uma significativa variação na composição do passivo e do patrimônio líquido, refletindo mudanças na estrutura financeira da entidade.
O total do passivo, expresso como porcentagem do passivo e do patrimônio líquido, apresentou um aumento expressivo de aproximadamente 159,03% em 2015 para 97,19% em 2019, indicando uma elevação na sua proporção relativa. Essa tendência sugere um crescimento na alavancagem financeira ao longo do período.
O passivo de longo prazo, excluindo parcela corrente, apresentou forte redução de 62,59% em 2015 para 39,77% em 2019, evidenciando uma diminuição proporcional na dívida de longo prazo. Contudo, seu percentual em relação ao passivo e patrimônio líquido manteve uma expressão significativa, reforçando a dependência da estrutura de financiamento de fontes externas de longo prazo.
O passivo circulante, por outro lado, variou de 53,16% em 2015 para cerca de 26,65% em 2019, indicando uma redução no peso das obrigações de curto prazo no total do passivo em relação ao patrimônio líquido.
De forma similar, o passivo por impostos diferidos apresentou uma participação relativamente baixa e decrescente, saindo de 0,26% em 2015 para 1,16% em 2019, o que demonstra uma melhora na posição tributária ou na gestão de diferenças temporárias de impostos.
Nos itens de patrimônio líquido, destaque-se a recuperação de valores negativos ao longo do tempo. Em 2015, o patrimônio líquido de -59,03% indica um déficit, condição que se reverte de forma gradual até atingir 2,81% em 2019, reforçando a melhoria na situação financeira e na solvência do período.
Observa-se também que a composição do patrimônio líquido passou por mudanças relevantes, com aumento na parcela de lucros não distribuídos, de 80,2% em 2015 para 38,5% em 2019, refletindo uma política de retenção de resultados ou crescimento acumulado do resultado operacional.
O valor de ações em tesouraria, a custo, que estava altamente negativo em 2015 (-182,47%), também apresentou tendência de melhora, reduzindo sua magnitude negativa até -57,42% em 2019, embora ainda mantenha uma posição de redução de capital própria via recompras de ações.
No aspecto dos passivos não circulantes, houve crescimento de sua participação relativa, passando de 105,87% em 2015 para 70,54% em 2019, indicando uma maior dependência de fontes de financiamento de natureza não circulante ao longo do período.
Por fim, outros passivos não circulantes também apresentaram redução na sua proporção, e elementos como receitas diferidas e passivos de arrendamento operacional foram incorporados na estrutura ao longo do período, refletindo mudanças na política de reconhecimento de receitas e arrendamentos.
Em suma, o período analisado revela uma forte transformação na composição do passivo e do patrimônio líquido, com uma redução significativa na dependência de dívidas de curto prazo, uma melhora na posição de patrimônio líquido e uma adaptação na estrutura de passivos de longo prazo, sinalizando uma tentativa de estabilização financeira e aprimoramento na gestão de recursos e passivos.