Marriott International Inc. (NASDAQ:MAR)

Receitas

Observa-se uma tendência de crescimento contínuo nas receitas ao longo do período analisado. Embora haja pequenas oscilações, o aumento geral é evidente, especialmente a partir de 2010, quando os valores ultrapassam os 11 bilhões de dólares e atingem quase 21 bilhões de dólares em 2019, indicando uma expansão consistente na geração de receita ao longo dos anos.

Resultado (prejuízo) operacional

O resultado operacional apresenta volatilidade, com períodos de considerados prejuízos e lucros. Destaca-se uma oscilação significativa em 2009, marcando um prejuízo de 152 milhões de dólares, seguida de recuperação e crescimento sustentado até 2017, quando alcança cerca de 2,36 bilhões de dólares. No final do período, há uma redução em relação ao pico, mas o resultado ainda demonstra uma capacidade de gerar lucro operacional expressivo.

Lucro (prejuízo) líquido

O lucro líquido também apresenta uma trajetória de crescimento, apesar de inicialmente apresentar valores bastante próximos na primeira metade do período. Após 2010, há uma tendência clara de aumento, atingindo um pico de 1,9 bilhão de dólares em 2018. Apesar de uma leve redução em 2019, o lucro líquido permanece em níveis elevados, indicando uma melhoria na rentabilidade líquida da empresa ao longo do tempo.

Ativo circulante

Os valores de ativo circulante apresentaram variações ao longo do período analisado. Em 2010, o valor era de aproximadamente US$ 3.382 milhões, apresentando aumento em 2011 e atingindo um pico de US$ 3.371 milhões em 2016. Após esse pico, houve uma redução no patrimônio de curto prazo até 2017, quando o ativo circulante tornou a apresentar aumento, chegando a US$ 3.127 milhões em 2019. No geral, o ativo circulante demonstra certa estabilidade, com oscilações que não indicam mudanças drásticas na liquidez de curto prazo ao longo dos anos.

Ativos totais

Os ativos totais apresentaram uma trajetória de crescimento significativo a partir de 2015, passando de aproximadamente US$ 6.082 milhões em 2015 para um pico de US$ 24.140 milhões em 2017. Após esse período de crescimento acentuado, houve uma leve redução em 2018 e 2019, fechando em US$ 25.051 milhões em 2019. Este padrão sugere uma expansão considerável dos ativos durante os anos de 2015 a 2017, possivelmente refletindo investimentos ou aquisições patrimoniais, seguida de uma estabilidade ou ajuste na fase final do período considerado.

Ao analisar os dados apresentados, observa-se uma tendência de aumento no passivo circulante ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 1.992 milhões em 2005 para cerca de US$ 6.677 milhões em 2019, indicando uma expansão na necessidade de liquidez de curto prazo ao longo dos anos.

Passivo circulante

Mostra uma trajetória de crescimento contínuo, especialmente acentuado após 2013, refletindo possivelmente uma maior alavancagem de curto prazo ou aumento nas obrigações financeiras de curto prazo.

Quanto à dívida de longo prazo, há um aumento expressivo, particularmente a partir de 2009, crescendo de aproximadamente US$ 3.095 milhões em 2009 para GM$ 10.940 milhões em 2019. Este incremento sugere uma estratégia de financiamento que vem incorporando uma maior quantidade de endividamento de longo prazo ao longo do período analisado.

Dívida de longo prazo, incluindo parcela corrente

O crescimento na dívida de longo prazo reflete possivelmente uma busca por maior captação de recursos para sustentação de operações ou expansão, o que resultou em uma valorização mais acentuada após 2013.

Por outro lado, o patrimônio líquido apresenta uma evolução irregular. Em 2005, era positivo, em torno de US$ 3.252 milhões, mas passou por uma significativa perda, atingindo valores negativos (-US$ 1.415 milhões) por volta de 2012. Depois disso, há uma recuperação, com o patrimônio líquido revertendo para valores positivos, chegando a aproximadamente US$ 703 milhões em 2019.

Patrimônio líquido (déficit)

Essa oscilação demonstra uma mudança na situação patrimonial da empresa, que enfrentou períodos de déficits patrimoniais, porém mostrou sinais de recuperação nos últimos anos, refletindo possivelmente ajustes na estrutura de capital ou melhorias na rentabilidade e geração de valor.

Em resumo, os dados revelam uma ampliação tanto nos passivos de curto quanto de longo prazo, acompanhada por uma volatilidade no patrimônio líquido, que passou de um déficit substancial para uma situação mais equilibrada até 2019. Essa evolução pode indicar uma estratégia de alavancagem financeira, acompanhada de esforços para recuperação patrimonial e estabilidade financeira.

Caixa líquido fornecido pelas atividades operacionais

Os valores indicam um crescimento geral na geração de caixa operacional ao longo do período, passando de valores próximos de 837 milhões de dólares em 2005 para um pico de 2436 milhões de dólares em 2017, antes de uma redução para 1685 milhões de dólares em 2019. Essa tendência sugere uma melhora na eficiência operacional e na geração de caixa ao longo dos anos, embora haja oscilações pontuais que podem refletir variações sazonais ou em estratégias específicas. O aumento consistente até 2017 evidencia uma sólida capacidade de geração de caixa pelas operações principais da empresa.

Caixa líquido (utilizado em) fornecido pelas atividades de investimento

Os dados revelam uma tendência predominantemente negativa, marcando saídas de caixa significativas especialmente em anos de investimentos intensivos, como 2016, quando atingiu um valor de -2409 milhões de dólares. Apesar de períodos de entrada de caixa (por exemplo, 2006, 2007, 2010, 2012, 2013), o saldo geral indica uma forte ênfase em investimentos que resultaram em fluxo de caixa negativo, especialmente em anos de aquisições ou expansão de ativos. A recuperação em 2012, com entrada de 1020 milhões de dólares, pode estar relacionada a desinvestimentos ou alienações de ativos.

Caixa líquido fornecido pelas atividades de financiamento (utilizado em)

Os valores neste item mostram uma volatilidade elevada com forte tendência de saídas de caixa ao longo do período. Os anos de maior fluxo negativo, como 2016 (-3931 milhões de dólares), refletem uma estratégia de financiamento robusta, possivelmente relacionada ao pagamento de dívidas, recompra de ações ou distribuição de dividendos. Os anos com entradas de caixa significativas, como 2012 (1589 milhões de dólares), indicam captações de recursos ou emissões de dívida. A trajetória aponta para uma gestão de capital que frequentemente utilizou financiamento externo, com períodos de alta necessidade de liquidez de financiamento.

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período avaliado, observa-se uma trajetória de crescimento consistente no lucro por ação diluído, que passou de valores negativos em 2009, refletindo possivelmente impactos de eventos extraordinários ou instabilidades econômicas, para um aumento contínuo em períodos subsequentes. A partir de 2010, o lucro por ação apresenta uma tendência de alta, atingindo picos significativos em 2017, com valor de 5,38 dólares, antes de uma leve redução em 2018 e 2019.

O lucro básico por ação também acompanha essa trajetória, embora com variações ligeiramente diferentes, exibindo crescimento substancial ao longo do período, especialmente de 2016 para 2017, consolidando uma melhora no desempenho financeiro da empresa. A variação de valores negativos em 2009 indica uma fase de perdas, que se reverte a partir de 2010, sinalizando uma recuperação eventos ou estratégias bem-sucedidas nesse intervalo.

Já o dividendo por ação mostra uma tendência de incremento constante, evidenciando uma política de distribuição de lucros mais consistente e crescente ao longo do tempo. Desde valores inicializados abaixo de 0,30 dólares em 2005 até atingir 1,85 dólares em 2019, essa escalada reflete uma maior confiança na geração de caixa e uma estratégia de recompra de acionistas dinâmica.

De modo geral, a análise revela uma melhora contínua na rentabilidade da empresa, por meio do aumento do lucro por ação, aliado a uma política de dividendos crescente, o que sugere um período de fortalecimento financeiro, recuperação de períodos de dificuldades anteriores, e uma atitude de maior retorno aos acionistas ao longo do tempo.