Estrutura do balanço: activo
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2024-07-31), 10-K (Data do relatório: 2023-07-31), 10-K (Data do relatório: 2022-07-31), 10-K (Data do relatório: 2021-07-31), 10-K (Data do relatório: 2020-07-31), 10-K (Data do relatório: 2019-07-31).
Ao analisar as tendências relativas aos ativos ao longo dos anos, verifica-se uma significativa variação na composição do total do ativo. Nos anos iniciais, há uma predominância de ativos circulantes, atingindo aproximadamente 57,2% em 2019, e elevando-se para 73% em 2020, indicando maior liquidez e exposição a recursos de curto prazo. No entanto, a partir de 2021, essa proporção diminui drasticamente para cerca de 33,24%, e permanece em patamares similares até 2024, sugerindo mudança na estrutura de ativos, potencialmente com maior foco em ativos de longo prazo ou investimentos de natureza diferente.
O destaque na mudança ocorre na composição de ativos de longo prazo, cuja participação aumenta de aproximadamente 42,8% em 2019 para 66,76% em 2021, valor que se mantém elevado em 2022 (81,8%), 2023 (80%) e 2024 (69,88%). Esse movimento indica uma mudança estratégica na organização, possivelmente direcionada a investimentos e ativos de maior duração, o que pode refletir em maior estabilidade ou uma estratégia de crescimento de longo prazo.
O ativo circulante apresenta ajustes ao longo do período, com evolução de 57,2% para cerca de 30,12% em 2024. Particular atenção merece o item 'Fundos a receber e valores mantidos para clientes', cuja participação diminui inicialmente de 6,94% em 2019 para 1,55% em 2022, mas registra uma elevação expressiva para 12,2% em 2024, o que sugere intensificação na gestão dos fundos e valores de clientes naquele último ano.
Outra tendência relevante refere-se à composição dos ativos intangíveis, que apresentam crescimento expressivo de 0,86% em 2019 para 20,96% em 2021 e permanecem elevadas até 2024, embora em ligeira redução para 18,11%. Os ativos de direito de uso de arrendamento operacional também aumentaram em participação em 2020 e 2021, indicando uma ampliação na utilização de arrendamentos operacionais como parte da estratégia de ativos.
Na vertical, a maior mudança ocorre na parcela de 'Boa vontade', cuja participação diminui de 26,34% em 2019 para 43,08% em 2024, após alcançar pico de 49,53% em 2022, refletindo possível realização de ajustes ou amortizações relacionadas a negócios adquiridos.
Quanto aos investimentos, sua participação no total do ativo demonstra uma tendência de redução ao longo do período, de 9,93% em 2019 para 1,45% em 2024, indicando possível alienação ou diminuição de investimentos de curto prazo.
Por outro lado, os ativos de imposto de renda diferido de longo prazo apresentam aumento relevante para 2,17% em 2024, talvez refletindo reconhecimento de créditos fiscais futuros ou ajustes na avaliação de ativos fiscais diferidos.
De modo geral, a análise indica uma transformação na estrutura do ativo, com redução na participação de ativos circulantes e aumento de ativos de longo prazo, especialmente intangíveis e ativos de direito de uso de arrendamento, acompanhada de ajustes na composição de ativos que refletem uma estratégia de fortalecimento de posições de longo prazo e mudanças na gestão de ativos líquidos e de clientes.