Valero Energy Corp. (NYSE:VLO)

Ao analisar as tendências dos indicadores financeiros referentes ao passivo de uma empresa no período de aproximadamente cinco anos e meio, observa-se que a composição do passivo e do patrimônio líquido passou por alterações relevantes ao longo do tempo.

Composição do passivo

O percentual do passivo circulante apresentou variações, iniciando em cerca de 24% no primeiro trimestre de 2019, com tendência de aumento até atingir aproximadamente 34% no final de 2021, seguido de uma redução para aproximadamente 26% no último trimestre de 2024. Essa mudança sugere uma rearrumação na composição dos passivos, possivelmente refletindo estratégias de alongamento ou redução do curto prazo.

Endividamento de longo prazo

O peso do passivo de longo prazo, incluindo obrigações de leasing e dívida de financiamento, permaneceu relativamente alto e relativamente estável, em torno de 33% a 45% até meados de 2021, passando depois a oscilar na faixa de 26% a 29%, evidenciando uma possível diminuição na proporção de endividamento de longo prazo ou consolidado dessa parcela.

Obrigações de leasing e financiamento

Essa categoria manteve uma participação significativa e relativamente estável na estrutura do passivo, variando entre aproximadamente 16% e 28%, com uma tendência de leve redução no período mais recente, indicando uma possível quitação ou alongamento dessas dívidas.

Itens específicos do passivo

Há uma redução consistente na parcela de contas a pagar, que variou de aproximadamente 19% em 2019 para cerca de 17% a 22% nos anos seguintes, o que indica uma gestão mais eficiente dos pagamentos ou uma mudança na política de pagamento de fornecedores.

Impostos e obrigações fiscais

O passivo de imposto de renda a pagar apresentou aumento significativo até 2021, chegando a cerca de 2,5% do passivo total, antes de reduzir para aproximadamente 0,3% a partir de 2022, o que pode indicar uma redução na intensidade das obrigações fiscais ou uma melhora na eficiência fiscal.

Total do passivo

Observa-se uma leve tendência de aumento na participação do total do passivo em relação ao patrimônio líquido até 2021, atingindo aproximadamente 66%, seguido por uma ligeira redução na estrutura de 2022 em diante, indicando ajustes na alavancagem financeira.

Patrimônio líquido

Destacam-se as mudanças na composição do patrimônio líquido, especialmente no que diz respeito às reservas de lucros e ações em tesouraria. Os lucros não distribuídos mantiveram uma participação elevada e crescente, chegando a aproximadamente 74% no fim do período, indicando crescimento consistente na retenção de lucros ao longo do tempo.

Agência de ações em tesouraria

A proporção de ações em tesouraria, a custo, apresentou uma tendência de aumento negativo, atingindo aproximadamente -46% em fins de 2024, reflexo de recompra de ações e estratégia de aumento do valor acionário, ou de gerenciamento de capital próprio.

Equidade dos acionistas

O patrimônio líquido total, expressando a participação dos acionistas na empresa, elevou-se de cerca de 41% em 2019 para aproximadamente 46% em 2024, indicando aumento na participação dos acionistas, likely resultando de retenção de lucros e ações recompra.

Outros pontos relevantes

As demais categorias do passivo, como interesses não controladores e outras perdas abrangentes acumuladas, apresentaram pequenas oscilações, mas permanecem com participação relativamente estável na estrutura total, refletindo uma manutenção na composição dessas posições ao longo do período.

De modo geral, verifica-se uma tendência de redução nas parcelas de passivos de curto prazo, acompanhada de uma leve diminuição na proporção do passivo de longo prazo, e um aumento na participação dos lucros não distribuídos, sinalizando um foco na gestão de passivos, fortalecimento do patrimônio próprio e estratégias de recompra de ações. Essas movimentações podem indicar uma estratégia de fortalecimento patrimonial e redução do risco de liquidez de curto prazo, além de um esforço de aprimoramento na composição do capital próprio.