Lockheed Martin Corp. (NYSE:LMT)

Ao longo do período analisado, observa-se uma tendência de diminuição no índice de dívida sobre patrimônio líquido, caindo de 3,68 em março de 2020 para valores próximos de 1,16 em março de 2022, indicando uma redução progressiva do nível de endividamento relativo ao patrimônio líquido. Contudo, a partir de então, esse índice apresenta um aumento gradual, alcançando 4,06 em dezembro de 2024, sugerindo uma recente retomada no uso de dívida em relação ao patrimônio.

O rácio dívida/capital total apresentou diminuição semelhante, passando de 0,79 em março de 2020 para 0,49 em dezembro de 2021, e posteriormente aumentando novamente, chegando a 0,8 em junho de 2025. Este comportamento reforça a ideia de que, inicialmente, a empresa reduziu sua alavancagem, mas voltou a utilizá-la de modo crescente na fase mais recente do período considerado.

A relação dívida/ativos permaneceu relativamente estável até o final de 2021, com valores em torno de 0,22 a 0,26, indicando que uma parcela consistente dos ativos era financiada por dívidas. Após esse período, houve um aumento contínuo, atingindo 0,37 em dezembro de 2024, denotando maior proporção de recursos de terceiros na composição dos ativos.

O índice de alavancagem financeira, que mede a quantidade de recursos alavancados, revelou uma redução de 14,29 em março de 2020 para 4,35 em dezembro de 2021, indicando uma diminuição significativa na proporção de ativos financiados por dívida. Todavia, a partir desse ponto, o índice voltou a subir, chegando a 11,04 em dezembro de 2024, sinalizando uma retomada do uso de endividamento na estrutura de capital.

Por fim, o índice de cobertura de juros apresentou dados ausentes até o segundo trimestre de 2020, mas a partir de 2020 de segunda metade em diante, os valores se mantiveram relativamente estáveis, variando entre aproximadamente 5,6 e 15,97. Essa estabilidade sugere uma capacidade relativamente consistente da empresa de gerar resultados operacionais suficientes para cobrir seus encargos financeiros ao longo do período, embora haja uma tendência de leves declínios na capacidade de cobertura em alguns trimestres finais.

Ao analisar as tendências dos indicadores financeiros ao longo do período observado, observa-se que o endividamento total apresenta variações moderadas, com uma tendência geral de aumento ao longo do tempo, especialmente após o final de 2022, atingindo um pico próximo a US$ 21.638 milhões no final de 2025. Esse crescimento sugere uma ampliação do uso de dívidas para financiamento de operações ou investimentos.

O patrimônio líquido demonstra uma trajetória de crescimento até cerca de metade de 2021, atingindo um pico em aproximadamente US$ 11.959 milhões, após o qual ocorre uma redução significativa, chegando a um valor próximo a US$ 5.334 milhões no final de 2024. Essa redução indica uma diminuição no valor residual dos ativos após a dedução das obrigações, possivelmente refletindo perdas ou distribuições de lucros.

O índice de dívida sobre patrimônio líquido revela uma forte relação de endividamento na maior parte do período, com níveis relativamente elevados, indicando que a empresa vem mantendo uma estrutura de capital bastante alavancada. Após atingir um ponto mais elevado em 2024, registrando 4,06, o índice apresenta uma leve redução, embora permaneça acima de 3,0 durante todo o período, o que sugere um elevado grau de endividamento em relação ao patrimônio líquido.

De modo geral, o padrão indica uma empresa que expandiu seus níveis de endividamento ao longo do tempo, concomitantemente a uma redução do patrimônio líquido, o que impactou o índice de dívida sobre patrimônio, mantendo-o elevado e indicando uma estrutura de capital bastante alavancada nos últimos anos analisados.

A análise dos dados financeiros trimestrais revela algumas tendências relevantes ao longo do período considerado. Observa-se uma redução no endividamento total no decorrer de 2020, passando de aproximadamente US$12,7 bilhões no primeiro trimestre para cerca de US$11,6 bilhões no quarto trimestre, indicando uma estratégia de redução da dívida ou uma melhora na geração de caixa. Entretanto, a partir do primeiro trimestre de 2021, essa tendência inverte-se, mostrando um aumento sucessivo no endividamento, chegando a US$19,4 bilhões no final de 2021 e ultrapassando US$20 bilhões em 2022, o que indica uma possível expansão dos financiamentos ou aquisições durante esse período.

Ao mesmo tempo, o capital total da empresa apresentou crescimento consistente ao longo do período, saindo de aproximadamente US$16,1 bilhões em março de 2020 para cerca de US$26,9 bilhões em dezembro de 2022. No entanto, entre o final de 2022 e o primeiro semestre de 2023, há uma redução de aproximadamente US$2,4 bilhões, seguida por uma estabilidade relativa na segunda metade de 2023, com leves oscilações na faixa de US$26,5 bilhões.

O rácio dívida/capital total demonstra uma tendência de diminuição ao longo de 2020, iniciando em 0,79 e chegando a 0,52 no segundo trimestre de 2021, indicando uma redução da dívida em relação ao capital. Contudo, após esse período, há uma reversão, com o rácio retornando a patamares próximos de 0,75 a 0,8 em 2022 e 2023, refletindo uma proporção relativamente alta de endividamento comparado ao capital total, apesar do crescimento do patrimônio.

Em síntese, a trajetória financeira evidencia que, inicialmente, houve uma estratégia de redução de endividamento, acompanhada por um aumento de capital, o que resultou numa redução do rácio dívida/capital. Posteriormente, a companhia passou a incrementar seu endividamento, acompanhando uma estabilização e até uma ligeira redução do capital total, levando a uma elevação do rácio de endividamento. Essas mudanças podem indicar ajustes estratégicos em relação à estrutura de capital, possivelmente ligados a investimentos ou necessidade de financiamento adicional.

Ao analisar os dados trimestrais, observa-se uma tendência relativamente estável no nível de endividamento total ao longo do período, com valores oscilando em torno de US$ 12,1 bilhões a US$ 12,7 bilhões até o terceiro trimestre de 2020. A partir do quarto trimestre de 2020, há um incremento contínuo no endividamento, atingindo US$ 15,5 bilhões no último trimestre de 2022, indicando uma tendência de aumento de dívidas ao longo do tempo. Essa elevação no endividamento é acompanhada por um crescimento nos ativos totais, que passaram de aproximadamente US$ 49,2 bilhões no primeiro trimestre de 2020 para cerca de US$ 58,9 bilhões no último trimestre de 2024, sugerindo uma expansão geral do tamanho da empresa.

Apesar do aumento do endividamento e dos ativos, a relação entre dívida e ativos demonstra uma mudança gradual, partindo de 0,26 em março de 2020 e ascendendo para aproximadamente 0,37 até dezembro de 2024. Essa elevação indica que uma proporção maior dos ativos estão sendo financiados por dívida ao longo do período, o que pode refletir uma estratégia de alavancagem financeira crescente. Contudo, essa relação permanece relativamente baixa, sugerindo que a empresa mantém uma estrutura de capital com nível moderado de endividamento em relação aos seus ativos totais.

De modo geral, os dados indicam uma empresa com tendência de crescimento em termos de ativos e endividamento, mantendo uma proporção de dívida relativamente controlada. Essa estratégia pode estar relacionada à busca por expansão, investimentos em novos projetos ou operações, alinhando-se a um perfil de gestão que busca equilibrar o crescimento com a manutenção de níveis de endividamento gerenciáveis.

Ao longo do período analisado, observa-se uma tendência de crescimento nos ativos totais, que aumentaram de aproximadamente US$ 49,2 bilhões em março de 2020 para cerca de US$ 58,9 bilhões em dezembro de 2024. Essa evolução indica uma expansão dos recursos e investimentos da empresa ao longo do tempo.

O patrimônio líquido apresentou variações ao longo dos anos, evidenciando um crescimento acentuado até o primeiro trimestre de 2022, alcançando um pico de aproximadamente US$ 11 bilhões em dezembro de 2021, seguido de uma redução subsequente. Entre o primeiro semestre de 2023 e o final de 2024, há uma tendência de estabilização, embora ainda em níveis abaixo do máximo observado, sinalizando possíveis ajustes na estrutura de capital ou efeitos de variações nos resultados financeiros.

O índice de alavancagem financeira, que mede o grau de endividamento relativo ao patrimônio líquido, apresentou uma tendência de queda até o final de 2021, passando de cerca de 14,29 em março de 2020 para aproximadamente 4,35 em dezembro de 2021, indicando uma redução significativa na dependência de financiamento externo. Após esse ponto, houve um aumento gradual até atingir aproximadamente 11,04 em dezembro de 2024, sugerindo um aumento no endividamento ou uma mudança na estrutura de capital da empresa nesse período mais recente.

O desempenho do lucro antes de juros e impostos (EBIT) apresentou variações ao longo do período analisado, com picos e quedas que indicam oscilações na margem operacional da empresa. Entre março de 2020 e dezembro de 2022, o EBIT permaneceu relativamente estável, oscilando em torno de valores superiores a US$ 2 bilhões, demonstrando uma capacidade consistente de geração de resultado operacional. No entanto, no início de 2023, observou-se uma diminuição significativa, com o EBIT caindo para aproximadamente US$ 2,09 milhões, atingindo um ponto mais baixo em torno do terceiro trimestre, antes de registrar uma retomada e alcançar cerca de US$ 2,17 milhões no último trimestre de 2025.

A despesa com juros se manteve relativamente constante durante grande parte do período, com pequenas oscilações na faixa de aproximadamente US$ 135 milhões a US$ 274 milhões. Notavelmente, houve um aumento progressive na despesa de juros a partir do segundo semestre de 2022, com valores chegando a US$ 268 milhões no segundo trimestre de 2025, indicando possivelmente uma elevação do endividamento ou aumento nas taxas de juros durante esse período.

O índice de cobertura de juros, que reflete a capacidade da empresa de pagar seus encargos de juros a partir do resultado operacional, mostrou uma tendência de diminuição ao longo do tempo. De valores próximos a 15 no início do período (cerca de 15.44 em junho de 2020 e 15.97 em setembro de 2020), houve uma queda contínua, chegando a patamares inferiores a 10, especialmente a partir de 2022, marcando uma deterioração na margem de cobertura. O valor caiu para aproximadamente 5,6 em dezembro de 2024, indicando uma redução na capacidade de pagamento dos juros, potencialmente refletindo aumento na dívida ou redução na margem operacional.