Hess Corp. (NYSE:HES)

A análise dos dados financeiros revela uma trajetória de forte volatilidade nos resultados ao longo do período avaliado.

Durante os anos de 2018 e 2019, a empresa apresentou uma relativa estabilidade em sua receita operacional, mantendo o valor de 100%, enquanto os ganhos líquidos com vendas de ativos permaneceram em patamares baixos, variando de 0.34% a 0.89%. As receitas e receitas não operacionais permaneceram próximas a 102%, indicando uma estabilidade relativa nesse componente. No entanto, os custos e despesas operacionais também se mantiveram em percentuais negativos moderados, evidenciando uma margem operacional negativa, com destaque para o aumento de custos em 2020, atingindo -26.1% das receitas, possivelmente refletindo desafios financeiros ou aumento de custos neste período. Os itens relacionados a depreciação e amortização também apresentaram crescimento expressivo em 2020, chegando a -44.44%, provavelmente devido à depreciação de ativos de exploração ou investimentos intensivos feitos anteriormente.

Em 2020, houve uma mudança significativa no resultado, marcado por uma reversão de prejuízos e uma recuperação parcial. O resultado antes de juros e impostos sobre o rendimento atingiu -51.04%, indicando prejuízo substantivo, enquanto o lucro (prejuízo) líquido resultou em uma perda de -60.83% das receitas, mostrando um impacto severo na rentabilidade. Os impostos sobre a produção e as indemnizações por cessação de funções evoluíram de maneira proporcional às perdas, refletindo maior impacto financeiro neste período. As despesas relacionadas à exploração e às despesas gerais também apresentaram níveis elevados, contribuindo para o cenário deficitário.

Nos anos seguintes, 2021 e 2022, houve melhora expressiva nos indicadores de rentabilidade. A partir de 2021, o resultado antes de juros e impostos retoma sinais positivos, chegando a 26.37%, e em 2022, sobe para 35.67%, demonstrando recuperação operacional significativa. De forma similar, o lucro líquido apresenta uma reversão, passando de uma perda de -66.27% em 2020 para lucros de 11.91% em 2021 e 21.61% em 2022. Destaca-se a diminuição na despesa com juros, que reduziu de -6.44% em 2021 para -4.35% em 2022, contribuindo para a melhora no resultado líquido.

Outro ponto relevante é a redução na depreciação, exaustão e amortização, que diminuiu de -44.44% em 2020 para -15.04% em 2022, indicando uma possível estabilização ou redução na depreciação de ativos de exploração. Além disso, o impacto de déficits ou ajustes relacionados a perdas em 2020 foi evidente, mas desaparece nas demonstrações posteriores, reforçando a tendência de recuperação e estabilização financeira.

Por fim, o cenário de retorno aos resultados positivos a partir de 2021 evidencia uma melhora na eficiência operacional, embora os indicadores ainda mantenham percentuais relativos a vendas que sugerem margens ajustadas às condições do mercado e à gestão de custos da companhia, com sinais de uma tentativa de consolidar essa recuperação nos períodos subsequentes.