Hess Corp. (NYSE:HES)

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se uma trajetória de forte variação nos indicadores de lucratividade e rentabilidade ao longo do período de 2018 a 2022.

O lucro operacional líquido após impostos (NOPAT) apresentou uma evolução inicialmente positiva, atingindo um pico de 1.404 milhões de dólares em 2021, após um declínio significativo em 2020, quando caiu para -2.506 milhões de dólares, indicando prejuízo naquele período. Em 2018 e 2019, o NOPAT manteve-se relativamente estável, porém baixo, com valores de 159 milhões e 77 milhões de dólares, respectivamente.

O capital investido apresentou uma tendência de redução de 19.028 milhões de dólares em 2018 para 16.448 milhões de dólares em 2020, sugerindo uma possível redução ou gestão eficiente dos ativos. Contudo, houve um aumento subsequente para 16.885 milhões de dólares em 2021 e 18.062 milhões de dólares em 2022, refletindo possivelmente investimentos ou reavaliações de ativos na fase mais recente.

O rácio de rendibilidade do capital investido (ROIC) evidenciou uma deterioração acentuada, passando de 0,84% em 2018 para 0,41% em 2019, indicando uma redução na eficiência na utilização do capital investido. Em 2020, o ROIC caiu para -15,24%, refletindo prejuízo operacional e baixa eficiência. No ano seguinte, houve recuperação, com o ROIC chegando a 8,32%, e uma melhora substancial em 2022, atingindo 17,52%, indicando uma retomada significativa na capacidade de gerar retorno sobre o capital investido.

De modo geral, a análise revela que a empresa enfrentou desafios de rentabilidade em 2020, com prejuízo operacional e ROIC negativo, possivelmente ligados a dificuldades setoriais ou à queda na demanda. Contudo, a partir de 2021, há sinais claros de recuperação financeira, com melhorias expressivas tanto no lucro líquido quanto na eficiência de rentabilidade. Essa tendência sugere uma fase de reestruturação ou de efeito de fatores internos e externos favoráveis, resultando em maior efetividade na utilização do capital investido e na geração de resultados positivos.

Índice de margem de lucro operacional (OPM)

Observa-se uma redução significativa na margem operacional em 2019, caindo de 10,49% para 9,61%, seguida por uma drástica queda em 2020 de -50,58%, indicando um período de prejuízo operacional ou dificuldades na rentabilidade. A partir de 2021, há uma recuperação notável, com a margem subindo para 26,63%, e continuando a tendência de melhoria em 2022, atingindo 35,93%, o que sugere uma melhora consistente na eficiência operacional.

Rácio de rotação de capitais (TO)

O rácio demonstra uma tendência de incremento ao longo do período, passando de 0,33 em 2018 para 0,35 em 2019, e aumentando para 0,63 em 2022. A elevação indica que a empresa está a conseguir gerar mais vendas ou receitas por unidade de capital investido, refletindo uma maior eficiência na utilização de seus ativos para gerar receita ao longo do tempo.

Taxa efetiva de imposto sobre dinheiro (CTR)

Há uma variação considerável nesta métrica. Após uma redução de 24,01% em 2018 para 12,4% em 2019, há um aumento expressivo em 2020 para 100%, o que pode indicar uma alteração na base de cálculo, incentivo fiscal ou uma exceção específica naquele ano. Nos anos seguintes, os índices mantêm níveis elevados, chegando a aproximadamente 77,79% em 2022, refletindo uma elevação na carga fiscal efetiva ou mudanças nas estratégias de planejamento tributário.

Retorno sobre o capital investido (ROIC)

O ROIC apresenta uma trajetória de recuperação após um episódio negativo em 2020, quando atingiu -15,24%, indicando perdas de eficiência na geração de retorno sobre o capital investido. Em 2018 e 2019, os valores foram baixos (0,84% e 0,41%, respectivamente). A partir de 2021, há uma forte recuperação para 8,32% e em 2022 um crescimento significativo para 17,52%, sugerindo uma melhora substancial na rentabilidade operacional da empresa e na efetividade na utilização do seu capital.

Descrição geral do lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT):

Observa-se uma tendência de variação significativa no NOPBT ao longo dos anos analisados. Em 2018 e 2019, o lucro operacional permaneceu relativamente estável, com valores de US$ 663 milhões e US$ 624 milhões, respectivamente. Contudo, em 2020, houve uma reversão abrupta para um prejuízo de US$ 2.360 milhões, indicando possíveis desafios ou penalidades operacionais nesse período. Em 2021, houve uma recuperação, com o lucro alcançando US$ 1.990 milhões, seguido de um aumento acentuado em 2022, atingindo US$ 4.069 milhões. Essa trajetória sugere que, após um ano altamente negativo, a empresa conseguiu não apenas retornar ao patamar positivo, mas também cresceu de forma substancial, refletindo uma possível melhora na eficiência operacional ou na gestão de custos.

Descrição das vendas e outras receitas operacionais:

As receitas operacionais apresentam uma tendência de crescimento ao longo dos anos. Em 2018, os valores eram de US$ 6.323 milhões, e aumentaram para US$ 6.495 milhões em 2019. Em 2020, houve uma queda significativa para US$ 4.667 milhões, possivelmente devido a oscilações de mercado ou fatores econômicos setoriais. A partir desse ponto, as receitas experimentaram uma forte recuperação, atingindo US$ 7.473 milhões em 2021, e continuando a crescer para US$ 11.324 milhões em 2022. Esses dados indicam uma forte retomada do desempenho comercial após o ano de 2020, com um crescimento expressivo, especialmente no último ano analisado, refletindo uma expansão das operações ou aumento na demanda por seus produtos ou serviços.

Índice de margem de lucro operacional (OPM):

O índice de margem de lucro operacional demonstra uma forte volatilidade ao longo do período. Em 2018, a margem refletia uma rentabilidade de 10,49%, que diminuiu ligeiramente para 9,61% em 2019. Em 2020, houve uma reversão abrupta para uma margem negativa de -50,58%, alinhada ao prejuízo operacional nesse período, indicando uma perda significativa de rentabilidade. Com a recuperação de 2021, a margem voltou para um nível positivo de 26,63%, e continuou a subir em 2022, atingindo 35,93%. Essa evolução sugere que a empresa conseguiu superar um período de dificuldades severas, estabilizando sua rentabilidade operacional e alcançando margens elevadas em anos recentes.

Vendas e outras receitas operacionais

Observa-se uma tendência de crescimento nas receitas ao longo do período analisado, com um aumento significativo de 2018 a 2022. Após um aumento moderado de 2018 para 2019, ocorreu uma queda em 2020, possivelmente relacionada a fatores externos ou internos que impactaram o volume de vendas. Contudo, a partir de 2021, houve uma forte recuperação, culminando na maior receita registrada em 2022, indicando uma expansão nas operações ou aumento de preços, ou ambos.

Capital investido

O capital investido apresentou uma redução de 2018 a 2020, caindo de aproximadamente US$ 19.028 milhões para US$ 16.448 milhões, o que pode refletir uma estratégia de redução de ativos ou desinvestimentos. Em 2021, houve um leve aumento, alcançando cerca de US$ 16.885 milhões, seguido de uma recuperação notável em 2022, atingindo US$ 18.062 milhões, possivelmente indicando reinvestimentos ou ampliação de ativos para suportar o crescimento das receitas.

Rácio de rotação de capitais (TO)

Esse rácio, que indica a eficiência na utilização do capital investido para gerar vendas, apresentou estabilidade próxima de 0.33 a 0.35 em 2018 e 2019. Em 2020, houve uma redução a 0.28, refletindo uma menor eficiência durante esse período. Posteriormente, a partir de 2021, ocorreu uma melhora progressiva, com valores de 0.44 e 0.63 em 2021 e 2022, respectivamente. Esse aumento sugere uma maior eficiência na utilização do capital investido para gerar receitas, apoiada pelo crescimento nos valores de vendas e aumento do capital investido.

Impostos operacionais de caixa

Ao longo do período analisado, houve variações nos impostos operacionais de caixa, com um aumento significativo de 146 milhões de dólares em 2020, após um aumento relativamente estável entre 2018 e 2019. Esse aumento em 2020 pode indicar uma mudança nos encargos fiscais ou na base de cálculo, enquanto em 2021 houve uma nova elevação, atingindo 586 milhões de dólares. Em 2022, essa cifra subiu novamente para 904 milhões, sugerindo uma tendência de crescimento contínuo nesses encargos.

Lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT)

O indicador apresentou uma trajetória bastante variável ao longo do período. De 663 milhões de dólares em 2018, houve uma ligeira redução para 624 milhões em 2019. Em 2020, o resultado tornou-se negativo em valor expressivo, atingindo -2.360 milhões de dólares, o que revela um período de dificuldades operacionais ou de reequipamentos que afetaram a rentabilidade. Em 2021, o lucro operacional retornou positivamente a 1.990 milhões de dólares, indicando uma recuperação rápida, porém, em 2022, o valor subiu ainda mais, atingindo 4.069 milhões de dólares, demonstrando uma melhora substancial na rentabilidade.

Taxa efetiva de imposto sobre dinheiro (CTR)

A taxa efetiva de imposto apresentou mudanças importantes ao longo do período. Em 2017 e 2018, ficou elevada, em torno de 76% e 88%, respectivamente, o que sugere uma alta incidência de impostos ou estratégias tributárias específicas nesse período. Em 2019, não há dados disponíveis, porém, em 2020, a taxa caiu para aproximadamente 29,45%, indicando uma redução significativa na carga tributária efetiva. Em 2021 e 2022, a taxa continuou a diminuir, atingindo aproximadamente 22,21%, o que aponta para uma redução na incidência de impostos efetivos ou uma revisão na política tributária da empresa.