AmerisourceBergen Corp. (NYSE:ABC)

A análise dos dados financeiros anuais revela tendências distintas ao longo do período avaliado, com destaque para o desempenho operacional e a eficiência na utilização do capital investido.

Lucro operacional líquido após impostos (NOPAT)

Observa-se um crescimento consistente no NOPAT de 2017 a 2019, passando de US$ 771.526 milhões para US$ 1.185.025 milhões, indicando uma fase de boas performances operacionais. Contudo, há uma queda significativa em 2020, onde o valor atinge um prejuízo de aproximadamente US$ 4.619.749 milhões, refletindo possíveis impactos adversos ou eventos extraordinários que afetaram a operação. Posteriormente, há uma recuperação acentuada, com o NOPAT atingindo US$ 1.778.708 milhões em 2021 e US$ 2.392.410 milhões em 2022, sugerindo uma retomada sólida na rentabilidade operacional.

Capital investido

O capital investido apresentou um aumento de 2017 para 2018, de US$ 10.870.238 milhões para US$ 12.285.847 milhões, permanecendo relativamente estável até 2019 (US$ 12.346.959 milhões). Em 2020, houve uma redução significativa para US$ 7.128.161 milhões, possivelmente relacionada à crise do período. A partir de 2021, observa-se um crescimento contínuo, chegando a US$ 13.020.519 milhões em 2022, indicando uma retomada dos investimentos ou expansão de ativos.

Rácio de rendibilidade do capital investido (ROIC)

O ROIC apresentou uma melhora consistente de 2017 a 2019, aumentando de 7,1% para 9,6%, sinalizando maior eficiência na geração de retornos sobre o capital investido. Em 2020, o ROIC tornou-se negativo (-64,81%), refletindo o impacto do prejuízo operacional nesse período, e indica uma perda significativa na eficiência de utilização do capital. Nos anos seguintes, o ROIC recuperou-se bastante, atingindo 13,79% em 2021 e crescendo para 18,37% em 2022, demonstrando uma forte recuperação na rentabilidade relativa do investimento e uma gestão eficaz na geração de valor.

De modo geral, a análise mostra um período de expansão e melhora na rentabilidade até 2019, seguido de um impacto negativo em 2020, provavelmente devido a fatores extraordinários, com subsequente recuperação expressiva nos anos seguintes. Esses padrões indicam uma resiliência na operação da empresa após anos de desempenho volátil e uma capacidade de retornar a níveis elevados de rentabilidade.

Ao analisar os indicadores financeiros ao longo dos anos, observa-se uma trajetória de melhorias na margem de lucro operacional, que evolui de 0,69% em 2017 para 1,16% em 2022, indicando uma potencial evolução na eficiência operacional ou na rentabilidade dos negócios. Contudo, há um ponto de queda significativa em 2020, quando o índice registra um valor negativo de -2,6%, apontando uma deterioração operacional que precisa ser avaliada em seu contexto específico.

O rácio de rotação de capitais demonstra certa estabilidade ao redor de 14, com uma leve elevação para 18,32 em 2022. Essa tendência sugere uma melhora na utilização dos ativos ou maior eficiência na gestão de capital, embora as variações de ano para ano não sejam expressivas, indicando uma manutenção consistente na capacidade de gerar receitas a partir dos ativos.

Quanto à taxa efetiva de imposto sobre dinheiro, há uma consistente alta porcentagem, próxima de 72% a 87%, refletindo uma carga fiscal elevada e relativamente estável ao longo do período. Em alguns anos, especialmente em 2019, a taxa supera os 90%, o que pode impactar o resultado líquido e a rentabilidade final da empresa.

O retorno sobre o capital investido mostra um crescimento expressivo até 2019, passando de 7,1% a 9,6%, consolidando uma tendência de maior eficiência na geração de retorno sobre os investimentos. Contudo, em 2020, há uma queda abrupta de -64,81%, o que indica uma perda significativa ou uma adaptação extraordinária nesse período, possivelmente relacionada a eventos de crises ou mudanças estruturais. Nos anos seguintes, o indicador volta a apresentar melhorias, atingindo 18,37% em 2022, refletindo uma recuperação na capacidade de gerar retorno sobre o capital investido.

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de seis anos, observa-se uma tendência geral de crescimento na receita da empresa, que passou de aproximadamente US$ 153,14 bilhões em setembro de 2017 para cerca de US$ 238,59 bilhões em setembro de 2022. Esse aumento consistente indica uma expansão contínua das operações ao longo dos anos, embora a taxa de crescimento não seja linear.

O lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT) apresentou variações significativas durante o período. Houve um fortalecimento na rentabilidade até 2018, quando atingiu aproximadamente US$ 1,42 bilhão, seguido por uma ligeira queda em 2019. Notavelmente, em 2020, ocorreu uma queda abrupta para um valor negativo de aproximadamente US$ 4,94 bilhões, possivelmente refletindo impactos de eventos extraordinários ou provisões específicas. A partir de então, o lucro recuperou-se de forma substancial, alcançando cerca de US$ 2,16 bilhões em 2021 e crescendo ainda mais para aproximadamente US$ 2,76 bilhões em 2022.

O índice de margem de lucro operacional (OPM) demonstra uma tendência de recuperação e melhora ao longo do período. De um índice de 0,69% em 2017, houve um aumento até 2018, chegando a 0,85%. A margem caiu novamente em 2019, permanecendo positiva, mas mais baixa. Em 2020, o índice apresentou uma queda dramática, atingindo um valor negativo de -2,6%, refletindo o impacto da crise que afetou o resultado operacional. Após esse evento, o índice se recuperou de forma consistente, atingindo 1,01% em 2021 e 1,16% em 2022, indicando uma melhora na eficiência operacional e na rentabilidade relativa.

Em síntese, a análise revela uma trajetória de crescimento na receita, dificuldades pontuais e impactos significativos em 2020, seguidos de uma recuperação sólida e de melhorias nos indicadores de rentabilidade operacional. Esses padrões sugerem uma resiliência na estrutura financeira da empresa, com uma recuperação rápida após períodos de crise, além de uma tendência de aprimoramento na eficiência operacional ao longo do tempo.

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de setembro de 2017 a setembro de 2022, observa-se uma tendência geral de crescimento constante na receita, que aumentou de aproximadamente US$ 153,1 bilhões para cerca de US$ 238,6 bilhões, refletindo uma expansão consistente das operações da empresa ao longo desses anos.

O capital investido também apresentou um incremento ao longo do período, variando de cerca de US$ 10,9 bilhões em 2017 para aproximadamente US$ 13,0 bilhões em 2022. Apesar de um aumento periódico, há indicações de flutuações pontuais na magnitude do capital, especialmente uma redução significativa em 2020, que pode estar relacionada a fatores pontuais ou estratégicos.

O rácio de rotação de capitais, que mede a eficiência na utilização do capital investido para gerar receita, evidenciou variações ao longo do período. Em 2017, esse rácio foi de aproximadamente 14,09, apresentando uma leve diminuição em 2018 para 13,67, seguida de um aumento para 14,55 em 2019. Notavelmente, ocorreu um pico expressivo em 2020, com o rácio atingindo 26,64, indicando uma alta eficiência na utilização do capital naquele ano, possivelmente devido a fatores específicos que elevaram a receita relativa ao capital investido. Posteriormente, o rácio reduziu-se para 16,58 em 2021 e aumentou novamente para 18,32 em 2022, sugerindo uma recuperação ou ajuste na eficiência operacional após o pico de 2020.

De modo geral, os dados demonstram uma trajetória de crescimento sólida na receita, acompanhada por variações no capital investido e na eficiência de sua utilização, refletindo a evolução e adaptação da estratégia financeira da empresa ao longo dos anos analisados.

Ao analisar os dados financeiras apresentadas ao longo de diversos anos, observa-se uma trajetória de variações marcantes nos principais indicadores da empresa.

Impostos operacionais de caixa

Houve um aumento substancial do valor registrado até o ano de 2018, passando de 288.588 para 403.869 milhares de dólares, indicando um incremento na carga tributária operacional. Em 2019, houve uma redução significativa, chegando a 121.219 milhares, contudo, em 2020, o valor tornou-se negativo, atingindo -316.612 milhares, possivelmente refletindo ajustes fiscais ou recuperação de créditos. Nos anos seguintes, há uma recuperação moderada, com valores próximos a 385.676 em 2021 e 371.488 milhares em 2022, demonstrando estabilidade relativa nesse componente após a oscilação pronunciada em 2020.

Lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT)

Este indicador apresentou crescimento contínuo de 2017 até 2018, passando de 1.060.114 para 1.421.873 milhares, seguido por uma leve queda em 2019, chegando a 1.306.244 milhares. Em 2020, um evento de impacto significativo levou a um resultado negativo de -4.936.361 milhares, indicando uma crise operacional ou evento extraordinário que comprometeu o lucro antes de impostos. Nos anos subsequentes, há forte recuperação, com valores de 2.164.384 em 2021 e 2.763.899 milhares em 2022, refletindo uma retomada sólida e um desempenho operacional positivo após o período de adversidade.

Taxa efetiva de imposto sobre dinheiro (CTR)

Essa taxa permaneceu relativamente estável nas primeiras medições, em torno de 27% a 28%, até 2018. Em 2019, uma forte redução para 9,28% sugere mudanças na estratégia fiscal ou na composição dos impostos incidentes. Após a ausência de dados para 2020, a taxa efetiva se estabiliza em 17,82% em 2021 e reduz para 13,44% em 2022, indicando uma potencial melhora na eficiência fiscal ou alterações na legislação tributária que afetam a carga fiscal efetiva.

De maneira geral, os dados revelam uma significativa volatilidade nos resultados financeiros, especialmente no ano de 2020, que apresentou perdas operacionais e negativos expressivos em impostos de caixa, sinais de autorização de ajustes fiscais ou eventos extraordinários. Após esse ano, há sinais de recuperação e estabilização, indicando um resurgimento na performance operacional e na eficiência fiscal ao longo do período avaliado.