Starbucks Corp. (NASDAQ:SBUX)

O índice de margem de lucro bruto apresenta uma tendência de recuperação após um período de queda durante 2019, atingindo um pico de aproximadamente 28,87% no segundo trimestre de 2021. Apesar de uma redução significativa no trimestre de setembro de 2020, o indicador mostra sinais de estabilização e leve crescimento até o final de 2023, indicando melhora na eficiência da venda de produtos e controle de custos de mercadoria vendida.

O índice de margem de lucro operacional revela variações marcantes ao longo do período, evidenciando uma forte queda no terceiro trimestre de 2019, quando chega a cerca de 8,67%, seguida de uma recuperação gradual até o segundo trimestre de 2021, alcançando aproximadamente 16,64%. Este movimento sugere que a empresa enfrentou dificuldades operacionais ao longo de 2019, mas conseguiu retomar a rentabilidade operacional na fase seguinte, ainda que sem alcançar os níveis pré-pandemia até o momento mais recente da análise.

Já o índice de margem de lucro líquido demonstra uma trajetória de recuperação gradual, após um período de forte retração em 2020, chegando a poucos pontos percentuais no terceiro trimestre de 2020. Desde então, há uma melhora consistente, atingindo cerca de 11,7% no último trimestre de 2023. Essa evolução indica uma melhora na rentabilidade líquida, refletindo maior eficiência na gestão de despesas operacionais, financeiras e tributárias ao longo do tempo.

Quanto ao índice de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), embora os dados esteja ausente para os trimestres mais antigos, observa-se uma tendência de incremento na rentabilidade do patrimônio até o final do período analisado, sugerindo maior eficiência na geração de lucros em relação aos recursos dos acionistas em períodos recentes, embora a ausência de dados anteriores limite conclusões definitivas.

Por sua vez, o rácio de rendibilidade dos ativos (ROA) evidenciou forte queda em 2019, atingindo valores próximos de 3,16% no terceiro trimestre de 2020, quite abaixo dos níveis pré-pandemia, refletindo dificuldades na utilização eficiente dos ativos durante esse período. A partir de então, há uma tendência de recuperação que se mantém até o final de 2023, atingindo aproximadamente 14,71%, o que indica uma melhora significativa na eficiência do uso dos ativos para geração de receita operacional.

O conjunto de dados revela uma evolução significativa no desempenho financeiro ao longo do período analisado. Observa-se que a receita líquida apresenta uma tendência geral de aumento, partindo de aproximadamente US$ 6,63 bilhões no final de 2018 para cerca de US$ 9,45 bilhões no início de 2024. Essa progressão indica um crescimento constante na geração de receita ao longo do tempo, embora haja variações pontuais em alguns trimestres, possivelmente relacionadas a fatores sazonais ou conjunturais.

O lucro bruto, por sua vez, também demonstra crescimento no período, passando de US$ 1,88 bilhão ao final de 2018 para um pico de US$ 2,59 bilhões no final de 2023. O índice de margem de lucro bruto apresenta oscilações ao longo do tempo, começando com margens em torno de 28%, e posteriormente apresentando redução até aproximadamente 24% no final do período observado. Essa redução na margem pode refletir aumento nos custos, mudanças na estrutura de preços ou estratégias de oferta.

Entre os períodos avaliados, há uma redução perceptível na margem de lucro bruto a partir do segundo trimestre de 2022, o que pode indicar pressão sobre a rentabilidade. Contudo, essa margem mantém-se relativamente estável em torno de 26-27% nos últimos trimestres, sugerindo um possível ajuste na gestão de custos ou na estratégia de precificação.

De maneira geral, o crescimento contínuo da receita líquida, aliado ao aumento moderado do lucro bruto, sinaliza uma tendência de expansão sustentável. Contudo, a redução nas margens de lucro bruto ao longo do tempo aponta para a necessidade de monitoramento de fatores que possam impactar a rentabilidade operacional. A estabilidade nas margens mais recentes sugere que a empresa tem conseguido manter um equilíbrio entre receitas e custos, apesar dos desafios enfrentados pelo mercado.

O desempenho operacional da empresa ao longo do período analisado revelou variações significativas na margem de lucro operacional, refletindo alterações na eficiência operacional e na gestão de custos.

Nos primeiros anos considerados, observou-se uma oscilação moderada na margem de lucro operacional, situando-se entre aproximadamente 14% e 16%. Destaca-se um período de estabilidade relativa, especialmente da segunda metade de 2019 até o início de 2021, com a margem mantendo-se na faixa de 14% a 17%. Durante esse intervalo, houve um ligeiro aumento na margem de lucro operacional, atingindo picos próximos a 16,9%, sugerindo momentos de melhora na rentabilidade operacional.

Contudo, a partir do segundo trimestre de 2021, a margem de lucro operacional sofreu diminuições gradativas, caindo para cerca de 12% a 13% até o final de 2022. Essa tendência indica uma possível elevação nos custos operacionais ou uma redução na eficiência de geração de lucros, impactando negativamente a rentabilidade operacional.

De forma geral, o resultado financeiro demonstra que, embora a receita líquida tenha apresentado crescimento ao longo do período, especialmente de 2018 até meados de 2023, a margem de lucro operacional não acompanhou proporcionalmente esse aumento, indicando que a expansão de receita pode ter sido acompanhada por aumento de custos ou despesas não lineares.

Essa dinâmica evidencia um cenário de estabilização de receitas, porém com desafios na manutenção ou ampliação da margem de lucro operacional, possivelmente relacionadas à competitividade de mercado ou a fatores internos e externos que impactaram os custos durante o período avaliado.

Ao analisar a tendência do lucro líquido atribuível à Starbucks ao longo do período observado, observa-se uma variação significativa. No início, no final de 2018, o lucro líquido foi de aproximadamente US$ 760,6 milhões, com uma leve redução ao longo do primeiro trimestre de 2019, chegando a cerca de US$ 663,2 milhões. Essa redução aparenta ser parte de uma oscilação normal de curto prazo.

Durante o segundo trimestre de 2019, há um aumento expressivo no lucro, atingindo aproximadamente US$ 1,3728 milhão, consolidando uma tendência de crescimento até o final de 2019, com o lucro líquido chegando a cerca de US$ 885,7 milhões no último trimestre do ano. Contudo, no primeiro trimestre de 2020, há uma queda para aproximadamente US$ 328,4 milhões, seguida de uma forte depreciação no terceiro trimestre de 2020, onde o lucro torna-se negativo em cerca de US$ -678,4 milhões, indicando um período de prejuízo significativo, possivelmente associado a eventos extraordinários ou efeitos de mercado adversos.

Após esse pico negativo, o lucro volta a apresentar recuperação, retornando a valores positivos ao final de 2020 e no primeiro semestre de 2021, atingindo máximos próximos de US$ 1,45 bilhão no terceiro trimestre de 2021. No entanto, a partir desse período, observa-se uma tendência de estabilização com oscilações menores, mantendo-se em torno de valores entre US$ 800 milhões a US$ 1,09 bilhão até o final de 2023. Algumas diminuições pontuais ocorrem ao longo do período, mas o padrão geral sugere uma recuperação consistente após os anos de 2020, possivelmente refletindo aspectos de gestão ou estratégias adotadas para adaptação ao mercado.

Sobre a margem de lucro líquido, a análise revela uma tendência de redução ao longo do período, especialmente após o pico de aproximadamente 14,47% no terceiro trimestre de 2021, chegando a valores abaixo de 8%, como 7,18% no final de 2024. Essa redução na margem indica que, embora os lucros absolutos possam manter-se relativamente altos, a eficiência na geração de lucro em relação à receita líquida tem diminuído, refletindo possivelmente aumento de custos ou alterações na estrutura de despesas.

Em suma, a análise detalhada revela uma empresa que passou por períodos de altos e baixos, com forte impacto financeiro durante o último trimestre de 2019 e o terceiro trimestre de 2020, mas que demonstrou capacidade de recuperação e adaptação ao longo dos anos seguintes, embora com uma margem de lucro líquido em declínio moderado no período recente.

O desempenho financeiro revela uma tendência de crescimento no lucro líquido atribuível à Starbucks ao longo do período analisado. Após um início com valores relativamente baixos em 2018, houve uma progressão significativa, atingindo picos em determinados trimestres, como o quarto trimestre de 2021, com mais de US$ 1,14 bilhão. Essa trajetória indica uma recuperação e fortalecimento dos resultados ao longo do tempo, especialmente após períodos de valores mais baixos ou negativos.

No entanto, há momentos de forte instabilidade, como no terceiro trimestre de 2020, em que o lucro líquido apresentou um prejuízo de aproximadamente US$ 678 milhões, possivelmente relacionado ao impacto de eventos externos, como a pandemia de COVID-19. Apesar disso, a recuperação subsequente foi rápida, com o lucro se consolidando em patamares elevados até o final do período.

Por outro lado, o déficit de acionistas mostra uma tendência de aumento negativo ao longo do tempo, iniciando em torno de US$ -2,88 bilhões em dezembro de 2018 e atingindo valores próximos de US$ -8,7 bilhões em pontos intermediários, indicando uma elevação na dívida ou passivos relacionados aos acionistas. Apesar de alguns períodos de leve melhora pontual, a trajetória geral sugere uma expansão do déficit ao longo do período analisado, o que pode impactar a estrutura de capitais da empresa.

Dados de retorno sobre patrimônio líquido (ROE), embora ausentes na maioria dos trimestres apresentados, podem oferecer insights adicionais sobre a rentabilidade relativa ao patrimônio dos acionistas, contudo, sua ausência limita uma análise mais aprofundada nesta dimensão.

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observam-se várias tendências relevantes que refletem a evolução do desempenho da empresa ao longo do período analisado.

Lucro líquido atribuível à Starbucks

O lucro líquido apresentou flutuações significativas ao longo do tempo. Entre o final de 2018 e o primeiro semestre de 2019, houve uma redução considerável, sendo que os valores em milhares de dólares variaram de aproximadamente 760.600 para 663.200 e, posteriormente, subiram em 2019 até atingir cerca de 1.374.800 no terceiro trimestre. Após essa recuperação, o lucro dos trimestre seguintes apresentou oscilações, incluindo um prejuízo de -678.400 em setembro de 2020, possivelmente relacionado a impactos externos ou à adaptação às condições de mercado. Posteriormente, houve recuperação contínua, com valores até 1.219.300 no segundo trimestre de 2021, estabilizando posteriormente em patamares entre aproximadamente 700.000 e 900.000 até o final do período. Essa evolução indica uma recuperação gradual após períodos de instabilidade ou impacto de fatores adversos.

Ativos totais

Os ativos totais demonstraram crescimento ao longo do período, passando de cerca de 19.981.300 milhares de dólares em dezembro de 2018 para aproximadamente 33.649.200 milhares de dólares em março de 2025. Essa tendência de incremento indica uma expansão dos recursos e ativos de longo prazo, podendo refletir investimentos em novas lojas, tecnologia ou outros ativos estratégicos. Houve flutuações de curto prazo, como reduções temporárias no meio de 2019 e 2020, porém a marcha de expansão permaneceu evidente na evolução de longo prazo.

Retorno sobre ativos (ROA)

O ROA apresentou uma tendência de declínio ao longo do período, iniciando em níveis elevados (por volta de 18.73%) em 2019 e diminuindo progressivamente até atingir aproximadamente 7.82% ao final de 2024. Essa queda sugere que, embora os ativos da empresa tenham crescido em quantidade, a eficiência na geração de lucro líquido a partir desses ativos diminuiu ao longo do tempo. Os picos em torno de 13-15% ocorridos em períodos de 2019 e início de 2021 indicam momentos de maior eficiência operacional, porém, a tendência de baixa persistente sugere que a empresa pode estar enfrentando desafios na gestão de seus ativos ou na rentabilidade relativa aos recursos utilizados.

De modo geral, a análise revela uma empresa em processo de expansão de ativos, com períodos de recuperação de lucro após momentos de adversidade e uma redução na eficiência na utilização de seus ativos ao longo do tempo, refletida na queda do ROA. Esses fatores devem ser considerados na avaliação da estratégia de crescimento e na gestão de recursos.