ON Semiconductor Corp. (NASDAQ:ON)

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se uma tendência de diminuição no percentual de contas a pagar em relação ao passivo total e patrimônio líquido, passando de aproximadamente 7,7% no primeiro período para cerca de 4,94% no último. Essa redução indica uma possível melhoria na gestão de obrigações de curto prazo ou uma redução nas dívidas de pagamento imediato ao longo do tempo.

Por outro lado, as despesas acumuladas e outros passivos circulantes exibiram um comportamento relativamente estável, mantendo-se próximos a 7% ao longo dos períodos, o que sugere estabilidade na composição dessas obrigações de curto prazo, apesar de variações menores.

Quanto às dívidas de longo prazo excluindo a parcela corrente, observa-se uma tendência de diminuição percentual, saindo de 34,89% em março de 2019 para aproximadamente 18,87% em março de 2024. Essa redução indica uma amortização ou refinanciamento que reduz a fatia de dívidas de longo prazo em relação ao passivo total e patrimônio líquido, sinalizando uma possível estratégia de redução de endividamento de longo prazo.

Os passivos de longo prazo como um todo também apresentaram declínio, caindo de cerca de 40% em março de 2019 para aproximadamente 23,74% em março de 2024, reforçando a tendência de diminuição do peso do endividamento de longo prazo na estrutura financeira da empresa.

O peso do passivo circulante variou ao longo do período, mas manteve uma faixa geralmente entre 15% e 21%, refletindo uma gestão equilibrada do passivo circulante sem aumento excessivo de obrigações de curto prazo.

O total do passivo, que inicialmente representava cerca de 57% do passivo e patrimônio, diminuiu para aproximadamente 39,61% em março de 2024, indicando uma redução na alavancagem e potencial fortalecimento financeiro ao longo do período.

O patrimônio líquido, por sua vez, cresceu de aproximadamente 42,28% para cerca de 60,25% do passivo total e patrimônio líquido, demonstrando fortalecimento no patrimônio dos acionistas e maior autonomia financeira da empresa.

Na composição do patrimônio líquido, há uma tendência de aumento na participação do capital adicional realizado, que passou de cerca de 49,21% para 38,89%. Esse movimento sugere uma diluição menor devido a aportes de novos recursos ou recompra de ações, além de um aumento relativo dos lucros acumulados, cuja parcela cresceu substancialmente, refletindo uma trajetória de rentabilidade positiva e retenção de resultados ao longo do tempo.

O valor das ações em tesouraria a custo permanece negativo, com uma ampliação nessa posição, indicando maior recompra de ações, o que pode sinalizar estratégia de redução de capital ou de suporte ao preço de mercado, além de elevar a participação dos acionistas remanescentes.

Destaca-se ainda que as outras perdas abrangentes acumuladas, embora tenham se mantido negativas, apresentaram uma leve tendência de diminuição na sua magnitude, indicando possível recuperação de certos componentes de patrimônio. As ações ordinárias mantêm uma baixa participação no passivo e patrimônio, enquanto as ações em tesouraria aumentaram sua participação relativa ao longo do tempo, reforçando a estratégia de recompra.

Por fim, o crescimento contínuo na participação do total do patrimônio líquido, aliado à redução do passivo de longo prazo e à manutenção de uma estrutura de passivos sob controle, sugere uma postura financeira mais sólida, com maior ênfase na captação de recursos próprios e menos dependência de endividamento externo ao longo do período analisado.