ON Semiconductor Corp. (NASDAQ:ON)

Ao examinar as tendências ao longo do período considerado, observa-se que a receita da empresa apresentou pequenas variações entre 2019 e 2021, seguida de um crescimento substancial em 2022, atingindo um pico de aproximadamente US$ 8,33 bilhões, antes de uma ligeira queda em 2023 para cerca de US$ 8,25 bilhões. Essa evolução sugere um período de sólida expansão em 2022, embora a receita tenha se estabilizado ou sofrido retrações moderadas subsequentemente.

O custo da receita manteve uma trajetória de aumento ao longo dos anos, acompanhando em grande medida a evolução da receita, o que resultou na redução do lucro bruto em 2020, comparado a 2019, e posteriormente uma recuperação significativa até 2022, quando atingiu o patamar de aproximadamente US$ 4,08 bilhões. Em 2023, apresentou um ligeiro aumento, indicando uma possível estabilização na margem de lucro bruto, que se manteve elevada durante o período de crise de 2021 a 2022.

O lucro bruto apresentou crescimento acentuado em 2021 e 2022, refletindo melhorias na eficiência operacional ou na estrutura de custos relativos à receita. Em 2022, atingiu aproximadamente US$ 4,08 bilhões, mas houve uma leve redução em 2023, embora permanecendo em níveis elevados em relação a anos anteriores.

Os gastos com pesquisa e desenvolvimento evidenciam uma tendência de contenção ao longo do tempo, estabilizando-se em torno de US$ 577 a 655 milhões, indicando um foco na manutenção de despesas relativamente constantes na inovação tecnológica, sem sinais de aumento expressivo que indiquem um impulso agressivo nesse aspecto.

As despesas com venda e marketing, assim como as gerais e administrativas, tiveram diminuições ou estabilizações modestas, sugerindo uma gestão de custos operacionais relativamente controlada. Em especial, a queda nas despesas mais administrativas e de vendas favorece a melhoria dos resultados operacionais ao longo do período, especialmente em 2022, quando o resultado operacional atingiu um pico em torno de US$ 2,37 bilhões.

O resultado operacional alavancou seu crescimento consideravelmente até 2022, atingindo aproximadamente US$ 2,36 bilhões, antes de ganhar ainda mais impulso em 2023. Essa melhora reflete uma eficiência operacional aprimorada e controle de custos, mesmo diante de certos aumentos nas despesas não-operacionais, como amortizações e reestruturações, que apresentaram variações ao longo dos anos, algumas delas com quedas em 2023.

Os encargos financeiros, representados pela despesa com juros, demonstraram uma redução consistente, indicando uma possível diminuição do endividamento ou condições de financiamento mais favoráveis. Por outro lado, os rendimentos de juros apresentaram crescimento em 2023, reforçando uma diversificação na geração de receitas financeiras.

No resultado antes do imposto, há uma tendência de aumento expressivo a partir de 2021, indicando maior rentabilidade operacional. Isso se concretiza com o aumento no lucro líquido, que atingiu aproximadamente US$ 2,19 bilhões em 2023, decorrente do crescimento das receitas recorrentes, melhoria na eficiência operacional e resultados financeiros favoráveis.

Entretanto, destaca-se o impacto de itens extraordinários, como o reconhecimento de impairment de ativos intangíveis em 2022, influenciado por reavaliações de goodwill, que reduziram o valor de certos ativos. Além disso, as despesas relacionadas a reestruturações e imparidades apresentaram oscilações, influenciando a margem e o resultado final.

De modo geral, a empresa demonstrou um crescimento sustentável na receita e na lucratividade ao longo do período, com melhorias gradativas na eficiência operacional, embora tenha enfrentado desafios relacionados a ativos intangíveis e custos de reestruturação em 2022. Em 2023, os resultados positivos persistiram, sustentados por uma gestão eficaz de custos e uma estratégia de inovação contínua.