Balanço patrimonial: passivo e patrimônio líquido
O balanço patrimonial fornece aos credores, investidores e analistas informações sobre os recursos (ativos) da empresa e suas fontes de capital (seu patrimônio líquido e passivos). Normalmente, também fornece informações sobre a capacidade de ganhos futuros dos ativos de uma empresa, bem como uma indicação dos fluxos de caixa que podem vir de recebíveis e estoques.
O passivo representa obrigações de uma empresa decorrentes de eventos passados, cuja liquidação deve resultar em uma saída de benefícios econômicos da entidade.
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2025-06-29), 10-K (Data do relatório: 2024-06-30), 10-K (Data do relatório: 2023-06-25), 10-K (Data do relatório: 2022-06-26), 10-K (Data do relatório: 2021-06-27), 10-K (Data do relatório: 2020-06-28).
Ao analisar os dados financeiros ao longo dos períodos, observa-se uma tendência de crescimento consistente no patrimônio líquido da empresa, passando de aproximadamente US$ 5,17 bilhões em junho de 2020 para cerca de US$ 9,86 bilhões em junho de 2025. Esse aumento revela uma ampliação no valor residual após a dedução de passivos, indicando uma valorização dos ativos da companhia ao longo do tempo.
O capital adicional realizado também apresentou crescimento contínuo, de aproximadamente US$ 6,7 bilhões em junho de 2021 para cerca de US$ 8,7 bilhões em junho de 2025, contribuindo para o fortalecimento do patrimônio líquido e refletindo possíveis novas captações de recursos ou retenção de lucros.
Por outro lado, as ações em tesouraria apresentaram um aumento substancial, passando de cerca de US$ 12,95 bilhões em junho de 2020 para aproximadamente US$ 27,76 bilhões em junho de 2025. Esse aumento indica uma recompra significativa de ações, o que pode afetar a estrutura de capital e a relação entre o patrimônio líquido e o número de ações em circulação.
O valor de lucros não distribuídos também revelou uma trajetória ascendente, de cerca de US$ 11,5 bilhões em junho de 2020 para aproximadamente US$ 28,99 bilhões em junho de 2025, refletindo uma retenção crescente de resultados e geração de valor operacional ao longo do período.
Em relação aos passivos, o total do passivo cresceu de US$ 9,37 bilhões em junho de 2020 para US$ 11,48 bilhões em junho de 2025, demonstrando aumento geral nas obrigações da empresa, embora o crescimento no passivo seja moderado em comparação ao crescimento do patrimônio líquido.
Destaca-se especialmente a evolução da dívida de longo prazo e obrigações de arrendamento financeiro, que em junho de 2020 estava em torno de US$ 4,97 bilhões, reduzindo-se inicialmente em 2021, mas posteriormente apresentando aumento expressivo, chegando a aproximadamente US$ 3,73 bilhões em junho de 2025. Isso indica uma gestão ativa da estrutura de endividamento, possivelmente revertendo estratégias de financiamento ou refinanciamento.
Os ativos circulantes apresentaram crescimento notável, passando de cerca de US$ 3,16 bilhões em junho de 2020 para mais de US$ 6,56 bilhões em junho de 2025, refletindo uma ampliação no volume de recursos de curto prazo disponíveis. Especificamente, contas a pagar e despesas acumuladas aumentaram consideravelmente ao longo do período, sugerindo maior operação e obrigações relacionadas às atividades comerciais.
É importante destacar a evolução dos rendimentos e outros impostos a pagar, que cresceram de US$ 215,65 milhões em 2020 para US$ 541,43 milhões em 2025, indicando aumento na carga tributária ou nos resultados sujeitos à tributação.
Em resumo, os indicadores financeiros revelam uma posição de crescimento sustentado, com fortalecimento do patrimônio líquido e incremento na geração de resultados retidos, aliado a uma estratégia de recompra de ações que impacta a estrutura de capital. Os aumentos nos passivos também refletem maior nível de endividamento e obrigações, possivelmente sustentados por melhorias nos resultados operacionais e na geração de caixa ao longo dos anos analisados.