Pfizer Inc. (NYSE:PFE)

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se um aumento significativo nas receitas totais ao longo do período de 2020 a 2022, com um crescimento expressivo de aproximadamente 92% entre 2020 e 2022, passando de US$ 42,7 bilhões para US$ 101,2 bilhões. Este aumento foi impulsionado principalmente pelas receitas de produtos, que representam a maior parcela das entradas financeiras. Após 2022, houve uma redução nas receitas, caindo para aproximadamente US$ 59,55 bilhões em 2023 e se estabilizando em torno de US$ 63,63 bilhões em 2024.

Receitas

As receitas totais demonstraram crescimento acelerado até 2022, seguido de uma tendência de estabilização ou leve retração em 2023, refletindo possíveis ajustes de mercado, fatores econômicos ou mudanças na carteira de produtos.

Custo das vendas

O custo das vendas apresentou uma tendência de aumento de 2020 a 2022, atingindo seu pico em 2022, o que resultou em uma margem bruta ainda positiva, entretanto, de menor margem devido ao aumento do custo relativo às receitas. Em 2023 e 2024 houve uma redução consistente no custo, contribuindo para a melhora da margem bruta nesse período.

Lucro bruto

O lucro bruto teve crescimento expressivo até 2022, refletindo tanto a expansão das receitas quanto a gestão dos custos. No entanto, em 2023, o lucro bruto caiu aproximadamente à metade do valor de 2022, retornando a um patamar mais próximo de US$ 34,6 bilhões, seguido de recuperação em 2024.

Despesas operacionais

As despesas com vendas, gerais e administrativas tiveram aumento constante, embora de forma relativamente moderada, de modo a limitar o impacto na margem operacional. As despesas de pesquisa e desenvolvimento também cresceram, refletindo investimento contínuo em inovação, embora em uma proporção menor do que as receitas totais.

Resultado operacional

O resultado operacional apresentou forte crescimento até 2022, atingindo seu pico em US$ 35,78 bilhões, seguido por uma drástica queda em 2023, com o valor em torno de US$ 1,28 bilhão. Em 2024 houve recuperação significativa, revertendo a tendência de queda, com o resultado operacional em aproximadamente US$ 12,41 bilhões.

Itens não operacionais e financeiros

O resultado de rendimentos de juros apresentou crescimento substancial ao longo do período, especialmente de 2022 em diante, enquanto as despesas com juros mostraram aumento em valores absolutos, resultando em uma despesa líquida de juros crescente, chegando a US$ 2,55 bilhões em 2024. Além disso, as liquidações de ativos e ganhos de ações variaram significativamente, refletindo operações de alienação ou valorização de investimentos.

Imparidades, questões jurídicas e outros itens

As imparidades de ativos aumentaram de forma expressiva ao longo do período, especialmente em 2023 e 2024, indicando ajustes de valor de ativos que impactaram negativamente os resultados. Questões jurídicas líquidas também contribuíram negativamente, com mais de US$ 0,5 bilhão de impacto negativo em 2024. Outros itens líquidos apresentaram níveis elevados de variações, incluindo ganhos e perdas não recorrentes, que influenciaram o resultado líquido.

Resultado de operações continuadas e líquido

O resultado operacional de operações continuadas apresentou grande crescimento até 2022, seguido de uma forte redução em 2023, vindo a recuperar parcialmente em 2024. O lucro líquido atribuível aos acionistas também seguiu a mesma tendência de crescimento até 2022, com valores superiores a US$ 31 bilhões, mas apresentou uma redução significativa em 2023 e uma recuperação em 2024, atingindo mais de US$ 8 bilhões.

Operações descontinuadas e benefício fiscal

As operações descontinuadas tiveram impacto mínimo ou negativo, com valores próximos de zero ou ligeiramente negativos, indicando pouca ou nenhuma atividade de descontinuidade ou recente realocação de negócios. Os benefícios fiscais foram pontuais, contribuindo positivamente em 2023, porém com impacto reduzido em 2024.

De modo geral, os dados evidenciam um período de forte crescimento até 2022, seguido por ajustes operacionais e financeiros que impactaram os resultados em 2023. Em 2024, há sinais de recuperação, refletindo uma possível estabilização ou retomada do crescimento, embora mantendo níveis de resultado inferiores aos máximos atingidos em 2022. A análise do perfil de custos, despesas operacionais e itens não recorrentes reforça a importância de uma gestão eficaz para manter a rentabilidade frente a desafios de mercado e investimentos necessários na área de P&D e outros setores estratégicos.