Exxon Mobil Corp. (NYSE:XOM)

Ao longo do período analisado, observa-se uma trajetória de recuperação significativa na métrica de lucro operacional líquido após impostos (NOPAT), que passou de uma perda de US$ 34.098 milhões em 2020 para um lucro de US$ 62.749 milhões em 2022, atingindo posteriormente US$ 37.855 milhões em 2023. Apesar de uma queda observada em 2024 para US$ 31.476 milhões, o NOPAT manteve-se positivo, indicando uma manutenção de resultados operacionais favoráveis após a recuperação iniciada em 2021.

O capital investido na empresa apresentou um aumento contínuo ao longo do período, crescendo de US$ 273.920 milhões em 2020 para US$ 378.995 milhões em 2024. Esta elevação reflete investimentos adicionais realizados na organização, possibilitando maior capacidade operacional e potencial de geração de receita.

O rácio de rendibilidade do capital investido (ROIC) demonstra uma recuperação rápida após o ano de 2020, quando apresentou uma taxa negativa de -12,45%. Em 2021, houve uma forte elevação para 12,01%, indicando um retorno positivo sobre o capital investido após períodos de perdas ou resultados negativos. Em 2022, o ROIC atingiu 21,12%, o valor mais elevado do período, reflexo de uma eficiente conversão do investimento em lucros operacionais. No entanto, em 2023, o índice recuou para 12,32%, e em 2024, a queda foi mais acentuada, chegando a 8,31%, sinalizando uma redução na eficiência de geração de retorno sobre o capital investido, possivelmente devido a variações nos resultados operacionais ou alterações na composição do capital investido.

Em síntese, o período evidencia uma fase de fortalecimento financeiro após um início de resultados negativos, com melhorias na rentabilidade que, após atingir um pico em 2022, decresceram parcialmente nos anos seguintes. A maior alavancagem de investimentos também sugere uma estratégia de crescimento, embora com impacto variável na eficiência de retorno.

Índice de margem de lucro operacional (OPM)

O índice mostrou uma evolução positiva de 2020 até 2022, passando de -17,59% para 19,95%, indicando uma melhora significativa na rentabilidade operacional da empresa nesse período. Contudo, em 2023, houve uma redução para 15,71%, e em 2024 a margem diminuiu ainda mais para 13,67%, sugerindo uma desaceleração na eficiência operacional ou aumento de custos que impactaram negativamente a margem de lucro nesse último ano.

Rácio de rotação de capitais (TO)

O rácio apresentou um crescimento constante de 0,65 em 2020 para 1,34 em 2022, apontando uma melhora na eficácia do uso dos ativos para gerar receita. Entretanto, em 2023 houve uma leve queda para 1,09, e em 2024 uma redução adicional para 0,9, indicando uma possível diminuição na eficiência na utilização do capital ou alterações na estrutura de ativos ou fluxo de receitas.

1 – Taxa efetiva de imposto sobre dinheiro (CTR)

Houve tendência de redução na carga tributária efetiva, passando de 100% em 2020 para 67,85% em 2024. Essa redução contínua aponta para melhorias na gestão fiscal, possíveis incentivos fiscais ou planejamento tributário mais eficiente que resultaram em uma menor incidência de impostos sobre o dinheiro da empresa ao longo do período analisado.

Retorno sobre o capital investido (ROIC)

O indicador refletiu uma recuperação forte de -12,45% em 2020 para 21,12% em 2022, demonstrando melhora na eficiência na geração de retorno sobre o capital investido. No entanto, a partir desse pico, houve uma desaceleração, com o ROIC caindo para 12,32% em 2023 e para 8,31% em 2024. Essa tendência sugere que, apesar da recuperação inicial, a rentabilidade sobre o capital investido apresentou uma diminuição nos últimos anos, possivelmente devido a mudanças nas condições de mercado ou ajustes internos na estratégia de investimento.

Lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT)

Observa-se uma trajetória de forte recuperação a partir de 2020, com uma mudança de um prejuízo de valor negativo para um lucro considerável em 2021, impulsionado por uma melhoria significativa no resultado operacional. Em 2022, o lucro líquido antes de impostos atingiu seu pico neste período, proporcionando um aumento substancial em relação ao registrado em 2021. Nos anos seguintes, 2023 e 2024, ocorreu uma redução moderada no valor do NOPBT, ainda mantendo-se em níveis elevados, porém abaixo do pico de 2022.

Vendas e outras receitas operacionais

Indicando uma tendência constante de crescimento ao longo do período analisado, as receitas operacionais cresceram de forma expressiva desde 2020 até 2022. Após atingir um pico em 2022, as receitas apresentaram uma leve redução em 2023, estabilizando em um patamar semelhante ao de 2021 até 2024. Essa estabilidade sugere que, apesar de oscilações pontuais, a empresa mantém uma base de receitas relativamente consistente nos anos mais recentes.

Índice de margem de lucro operacional (OPM)

Este indicador apresentou uma variação significativa ao longo dos anos. Em 2020, registrou uma margem negativa, indicando prejuízo operacional. Em 2021, houve uma recuperação expressiva, com a margem se tornando positiva, refletindo maior eficiência operacional e melhora nos resultados. Em 2022, a margem atingiu o ponto mais alto, demonstrando forte rentabilidade operacional. Entretanto, em 2023 e 2024, houve uma redução gradual, embora ainda mantendo uma margem positiva, o que pode indicar uma leve desaceleração na eficiência operacional ou pressões de custos.

Vendas e outras receitas operacionais

Nos quatro anos analisados, as receitas operacionais apresentaram tendências distintas. Houve um crescimento expressivo de 2020 para 2022, passando de aproximadamente US$ 178,6 bilhões para perto de US$ 398,7 bilhões, indicando uma expansão significativa na capacidade de geração de receitas. Contudo, houve uma reversão dessa tendência a partir de 2022, com uma queda para US$ 334,7 bilhões em 2023, seguida por uma ligeira alta em 2024, alcançando US$ 339,2 bilhões. Essa variação sugere uma possível desaceleração ou ajustamento na demanda ou em estratégias comerciais nesse período.

Capital investido

O capital investido manteve-se relativamente estável entre 2020 e 2022, apresentando um incremento de aproximadamente US$ 23,4 bilhões, de US$ 273,9 bilhões para US$ 297 bilhões. De 2022 a 2024, houve um crescimento mais acentuado, chegando a US$ 378,995 bilhões, o que pode indicar uma intensity de investimentos ou expansões de ativos. Este aumento no capital investido ao longo do tempo sugere uma estratégia de elevação da capacidade produtiva ou manutenção de ativos existentes.

Rácio de rotação de capitais (TO)

O rácio de rotação de capitais refletiu variações ao longo do período, iniciando em 0,65 em 2020, aumentando para 1,01 em 2021 e atingindo 1,34 em 2022, o que indica uma maior eficiência na utilização do capital investido durante esses anos. A partir desse pico, houve uma redução para 1,09 em 2023 e uma nova queda para 0,9 em 2024. Essa tendência sugere que, apesar do aumento do capital investido, a eficiência na geração de receita por unidade de capital perdeu força nas últimas datas, possivelmente devido a mudanças de mercado, investimentos que ainda estão em fase de maturação ou outros fatores operacionais.

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se uma variação significativa nos impostos operacionais de caixa ao longo dos anos. Houve um aumento expressivo de aproximadamente 1.600% de 2020 a 2022, passando de US$ 2.695 milhões para US$ 16.789 milhões, seguido por uma redução em 2023 para US$ 14.713 milhões, e uma leve retomada em 2024 para US$ 14.916 milhões. Essa tendência sugere uma forte elevação na carga tributária operacional durante 2021 e 2022, possivelmente refletindo mudanças na legislação fiscal ou incremento nas operações que levaram a uma maior base tributável.

O lucro operacional líquido antes de impostos apresentou uma trajetória de significativa recuperação desde 2020, quando registrou um prejuízo de US$ 31.403 milhões, até atingir o pico em 2022 com US$ 79.538 milhões. Nos anos seguintes, houve uma redução na margem de lucro, com valores de US$ 52.567 milhões em 2023 e US$ 46.391 milhões em 2024. Essa mudança indica uma melhora na performance operacional do período de 2020 a 2022, seguida de uma diminuição na rentabilidade líquida antes de impostos em anos subsequentes, podendo estar relacionada às condições de mercado ou a ajustes estratégicos.

A taxa efetiva de imposto sobre o dinheiro apresentou uma evolução de 19,45% em 2021 para 21,11% em 2022. Em 2023, essa taxa aumentou para aproximadamente 27,99%, atingindo 32,15% em 2024. O aumento progressivo refere-se a uma maior incidência tributária sobre os lucros, o que pode indicar mudanças na legislação fiscal, na composição dos lucros ou na adoção de estratégias de otimização tributária ao longo do tempo.