Carnival Corp. & plc (NYSE:CCL)

A análise da evolução dos indicadores financeiros ao longo do período revela várias tendências importantes. A relação preço/lucro líquido (P/E) mostrou uma redução de 12,86 em 2018 para 11,04 em 2019, indicando uma leve valorização em relação ao lucro, embora os dados posteriores não estejam disponíveis, o que impede a observação de tendências de longo prazo nesse indicador específico.

A relação preço/resultado operacional (P/OP) apresentou uma diminuição de 12,19 em 2018 para 10,08 em 2019, refletindo uma valorização do mercado em relação ao resultado operacional, com um leve aumento para 10,57 em 2023. Isso sugere uma melhora na percepção de valor baseada na operação, embora a ausência de dados para alguns anos limite a conclusão de uma tendência contínua.

A relação preço/receita (P/S) revelou uma oscilação significativa ao longo do período. A partir de 2,15 em 2018, houve uma queda para 1,59 em 2019, indicando uma maior valorização do ativo com base na receita. Em 2020, houve um aumento expressivo para 3,74, possivelmente reflexo de fatores específicos do mercado ou da empresa naquele período. Em 2021, essa relação disparou para 11,73, sugerindo uma valorização significativa frente à receita, talvez decorrente de aumentos de preço ou expectativas de crescimento elevadas. Entretanto, em 2022 e 2023, a relação caiu para 1,18 e 0,96, respectivamente, indicando uma forte diminuição na valorização de mercado relativa à receita, possivelmente refletindo ajustes de avaliação ou mudanças na percepção de risco.

Por fim, a relação preço/valor contabilístico (P/BV) apresentou um aumento constante ao longo do período. Em 2018, essa relação era de 1,66, diminuindo para 1,3 em 2019 e caindo ainda mais para 1,02 em 2020. A partir de então, houve uma recuperação, com a relação voltando a subir para 1,84 em 2021, chegando a 2,03 em 2022, e atingindo 3 em 2023. Essa trajetória indica uma crescente valorização do mercado em relação ao valor contábil, possivelmente refletindo expectativas de crescimento ou melhora na percepção de valor dos ativos da empresa.

Preço das ações

Observa-se uma tendência de declínio no preço das ações ao longo do período de 2018 a 2023, com uma redução significativa de US$ 56,4 em 2018 para US$ 11,02 em 2022. No entanto, houve uma recuperação parcial em 2023, quando o preço subiu para US$ 15,83, embora ainda permanecesse abaixo dos valores iniciais de 2018.

Lucro por ação (EPS)

O lucro por ação apresentou uma queda acentuada a partir de 2019, passando de US$ 4,21 para valores negativos de -US$ 9,17 em 2020, indicando prejuízo durante esse período. Essa tendência de prejuízo persistiu em 2021 e 2022, com valores negativos de -US$ 8,11 e -US$ 4,69, respectivamente, refletindo dificuldades financeiras. Em 2023, o EPS continuou negativo, porém apresentou uma pequena melhora, chegando a -US$ 0,06, o que sugere uma possível recuperação parcial ou estabilização.

Razão P/E (Preço/Lucro)

O ratio P/E foi registrado apenas em 2018 e 2019, apresentando uma redução de 12,86 em 2018 para 11,04 em 2019. A ausência de dados posteriores impede uma análise de continuidade, mas esses valores indicam que, inicialmente, houve uma leve redução na relação de preço em relação ao lucro, possivelmente vinculada às dificuldades de rentabilidade e ao desempenho negativo do EPS nos anos subsequentes.

Preço das ações

Houve uma oscilação significativa no preço das ações ao longo do período analisado. Após um pico em novembro de 2018 de 56,4 dólares, o valor apresentou uma tendência de queda até atingir o ponto mais baixo em novembro de 2022, com 11,02 dólares. No entanto, ocorreu uma recuperação parcial até novembro de 2023, chegando a 15,83 dólares. Essa variação pode refletir fatores de mercado, desempenho financeiro ou eventos específicos que impactaram a percepção dos investidores.

Lucro operacional por ação

O lucro operacional por ação apresentou uma deterioração substancial entre 2018 e 2022, passando de 4,63 dólares para valores negativos em 2020 e 2021, indicando prejuízos operacionais nessas épocas. Em 2020, o valor foi de -7,94 dólares, e em 2021, -6,05 dólares. Até novembro de 2022, o prejuízo persistiu em -3,37 dólares. Em 2023, houve uma reversão para lucro operacional de 1,5 dólares por ação, sinalizando uma possível recuperação na operação ou melhoria na gestão de custos e receitas.

P/OP

O índice preço sobre lucro operacional (P/OP), que indica quanto os investidores estão dispostos a pagar por unidade de lucro operacional, manteve-se relativamente estável ao longo do período, com valores de 12,19 em 2018, 10,08 em 2019 e 10,57 em 2023. As informações de 2020 e 2021 não estão disponíveis, o que limita uma análise completa do comportamento desse indicador nesses anos. Essa estabilidade sugere que, apesar das oscilações de lucros, o mercado manteve uma avaliação relativamente constante da empresa em relação ao seu lucro operacional.

Preço das ações:

Observa-se uma tendência de depreciação significativa do preço das ações ao longo do período analisado, com pico em novembro de 2018 e uma forte queda até novembro de 2022, atingindo o ponto mais baixo neste último ano. Embora haja uma leve recuperação até novembro de 2023, o valor ainda permanece consideravelmente abaixo do nível de 2018, indicando possivelmente desafios de mercado ou momentos de maior volatilidade.

Vendas por ação:

Os dados indicam uma queda acentuada nas vendas por ação entre novembro de 2019 e novembro de 2021, passando de um patamar alto em 2019 para valores bastante baixos em 2020 e 2021. Essa redução pode refletir um impacto de fatores externos ou internos que afetaram a capacidade de gerar receita por ação. A partir de novembro de 2021, há uma recuperação considerável até novembro de 2023, indicando uma possível retomada das operações ou melhoria nas condições comerciais, resultando num aumento expressivo das vendas por ação.

P/S (Rácio preço sobre vendas):

O rácio P/S apresenta variações expressivas ao longo do período. Em 2018 e 2019, o índice foi relativamente elevado, sugerindo que o mercado atribuía uma valoração considerável às vendas da empresa. Em 2020, o índice sobe drasticamente, o que pode indicar uma alta percepção de valor sobre as vendas, embora os valores de vendas por ação tenham caído. Em 2021, há um aumento ainda maior, atingindo o pico em 2021, refletindo uma disparidade entre o valor do mercado e as vendas reais na época. Após esse pico, ocorre uma redução acentuada até 2023, porém permanecendo em níveis mais baixos do que 2018, o que pode indicar uma percepção de risco reduzida ou ajustes nas avaliações de mercado diante das tendências observadas nos resultados financeiros.

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de 2018 a 2023, observa-se uma tendência de diminuição no preço das ações, que caiu de 56,4 dólares em novembro de 2018 para um ponto baixo de 11,02 dólares em novembro de 2022, apresentando uma recuperação parcial até 15,83 dólares em novembro de 2023. Essa redução significativa indica possíveis dificuldades de mercado ou desconfiança dos investidores durante esse período, seguida por uma leve recuperação no último ano.

Quanto ao valor contábil por ação (BVPS), observa-se uma redução acentuada de 34,01 dólares em 2018 para 5,44 dólares em 2022, com uma estabilização na casa de 5,27 dólares em 2023. Essa diminuição reflete uma deterioração no patrimônio líquido por ação ao longo dos anos considerados, podendo indicar prejuízos acumulados ou redução de ativos de valor para os acionistas.

O rácio P/BV apresentou variações relevantes ao longo do período: iniciou-se em 1,66 em 2018, caiu para 1,02 em 2020, recuperando-se posteriormente para 2,03 em 2022 e atingindo 3,00 em 2023. Essa evolução sugere que, apesar da redução do valor contábil por ação, o mercado passou a valorizar as ações de forma mais generosa em relação ao patrimônio líquido nos últimos anos, possivelmente refletindo expectativas de recuperação ou de valor intangível percebido.

De modo geral, os dados indicam um período de deterioração financeira e de desvalorização do mercado, seguido por sinais de recuperação na última fase analisada, refletindo mudanças na percepção dos investidores e possivelmente na estratégia ou perspectivas futuras da empresa.