Carnival Corp. & plc (NYSE:CCL)

Nos anos analisados, observa-se uma tendência de deterioração na rentabilidade operacional e líquida, particularmente a partir de 2020. O índice de margem de lucro bruto apresentou uma queda significativa em 2020, passando de 38,01% para um valor negativo de -47,36%, refletindo uma transição de lucro para prejuízo brando. Entre 2021 e 2022, esse índice permaneceu negativo, evidenciando dificuldades contínuas na geração de margem de lucro, mas houve recuperação relativa em 2023, atingindo 33,7%, indicando uma recuperação na eficiência na gestão de custos e receitas.

Índice de margem de lucro operacional

Houve uma queda expressiva na margem operacional em 2020, chegando a -158,45%, e subsequentemente ao longo de 2021 e 2022, houve manutenção de valores altamente negativos, sugerindo perdas operacionais que impactaram de forma direta a capacidade de gerar lucro a partir das operações principais. Em 2023, houve uma melhora significativa, atingindo 9,06%, o que indica um retorno à lucratividade operacional.

Índice de margem de lucro líquido

O índice de margem de lucro líquido seguiu padrão semelhante ao da margem operacional, apresentando valores negativos expressivos a partir de 2020, atingindo -182,95% em 2020, refletindo perdas líquidas substanciais. Essa tendência persistiu em 2021 e 2022, antes de uma melhora em 2023, ao chegar a -0,34%, embora ainda indicando prejuízo líquido, com sinais de recuperação.

Índice de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE)

O ROE apresentou forte queda em 2020, atingindo -49,8%, indicando que a empresa não conseguiu gerar valor para seus acionistas nesse período. A partir de então, permaneceu negativo ao longo de 2021 e 2022, com fortes declínios. Em 2023, houve uma leve recuperação, mas o índice permaneceu negativo em -1,08%, sugerindo dificuldades persistentes em utilizar eficientemente o patrimônio para gerar lucros.

Rácio de rendibilidade dos ativos (ROA)

O ROA reflete uma tendência similar, com forte decréscimo em 2020, atingindo -19,1%, e mantendo-se em condições negativas nos anos seguintes. Somente em 2023 houve uma pequena melhora, chegando a -0,15%, ainda abaixo de zero, indicando incapacidade quase total de gerar retorno sobre os ativos totais disponíveis.

De modo geral, a análise indica que a empresa passou por um período de forte adversidade a partir de 2020, com prejuízos significativos refletidos em todos os principais indicadores de rentabilidade. A recuperação observada em 2023 sugere esforços de reestruturação ou retorno à normalidade após impactos severos, possivelmente relacionados a fatores macroeconômicos ou a eventos críticos na operação. No entanto, os níveis ainda permanecem baixos e em alguns casos negativos, apontando para um cenário de recuperação incerta e desafios persistentes na geração de lucros sustentáveis.

Lucro (prejuízo) bruto

Observa-se uma estabilidade nos lucros brutos entre 2018 e 2019, com valores próximos a 7,8 e 7,9 bilhões de dólares, respectivamente. Em 2020 e 2021, há uma significativa queda, resultando em prejuízos de aproximadamente 2,65 e 2,75 bilhões de dólares, indicando impacto negativo no desempenho durante esse período, possivelmente relacionado a fatores externos ou internos específicos. Em 2022, há recuperação com um lucro de 411 milhões de dólares, e em 2023, há um aumento expressivo, atingindo 7,276 bilhões de dólares, refletindo uma forte reversão na rentabilidade bruta.

Receitas

As receitas mantêm uma tendência de crescimento de 2018 a 2019, passando de 18,88 bilhões para 20,82 bilhões de dólares, um aumento de aproximadamente 10%. Entretanto, em 2020, há uma redução drástica, caindo para 5,59 bilhões, possivelmente influenciada por eventos que afetaram a operação da empresa. Em 2021, as receitas permanecem baixas com cerca de 1,91 bilhão, mas há uma recuperação sustentada em 2022, com receita de 12,17 bilhões, e, em 2023, há um novo aumento significativo, atingindo aproximadamente 21,59 bilhões de dólares, superando os níveis anteriores à crise.

Índice de margem de lucro bruto

O índice apresenta estabilidade em 2018, com 41,27%, e uma ligeira redução em 2019 para 38,01%. Em 2020, há uma mudança brusca para -47,36%, indicando prejuízo na margem de lucro bruto, evidenciando um período de forte dificuldade operacional ou impacto de eventos extraordinários. Em 2021, o índice torna-se ainda mais negativo, em -143,97%, o que provavelmente reflete perdas financeiras substanciais. A partir de 2022, há uma melhora significativa, com o índice chegando a 3,38%, sinalizando uma fase de recuperação, e em 2023, ele volta a apresentar um valor positivo de aproximadamente 33,7%, indicando uma volta à rentabilidade operacional.

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período, observa-se uma significativa volatilidade nos resultados operacionais e nas receitas da empresa.

Nos anos de 2018 e 2019, as receitas apresentaram crescimento, passando de aproximadamente US$ 18,9 bilhões para cerca de US$ 20,8 bilhões, indicando uma tendência de expansão. No entanto, a partir de 2020, houve uma drástica redução na receita, que caiu para aproximadamente US$ 5,6 bilhões, possivelmente refletindo impacto de eventos extraordinários ou crises setoriais. Essa redução continuou em 2021, com receita de cerca de US$ 1,9 bilhão, antes de uma retomada significativa em 2022 e 2023, com receitas de aproximadamente US$ 12,1 bilhões e US$ 21,6 bilhões, respectivamente.

O resultado operacional também demonstra grande instabilidade. Em 2018 e 2019, apresentou resultados positivos, chegando a US$ 3,3 bilhões e US$ 3,3 bilhões, respectivamente. Contudo, em 2020 e 2021, a empresa registrou prejuízos operacionais expressivos, atingindo aproximadamente -US$ 8,9 bilhões e -US$ 7,1 bilhões, sugerindo um impacto negativo relevante em sua atividade operacional. Em 2022, o resultado operacional voltou a apresentar prejuízo, ainda que menor, de aproximadamente -US$ 4,4 bilhões. Em 2023, houve uma reversão dessa tendência, com um resultado operacional positivo de quase US$ 2 bilhões, indicando uma possível recuperação das operações.

Índice de margem de lucro operacional

Este indicador reflete a rentabilidade operacional da empresa ao longo do período. Em 2018 e 2019, apresentou valores positivos de 17,61% e 15,73%, demonstrando uma margem operacional relativamente saudável. Entretanto, em 2020 e 2021, o índice se tornou altamente negativo, com valores de -158,45% e -371,54%, respectivamente, indicando que as perdas operacionais superaram a receita, o que sinaliza uma crise operacional severa. Essa condição persistiu em 2022, com um índice de -35,99%, embora em uma melhora relativa. Em 2023, o índice voltou a mostrar positividade, embora modesta, em 9,06%, sugerindo uma retomada na eficiência operacional da empresa.

Lucro (Prejuízo) Líquido

Observa-se uma estabilização do lucro líquido nos períodos mais recentes, com valores próximos a zero, após uma significativa perda registrada em 2020 e 2021. Até 2018 e 2019, a empresa apresentou lucros consistentes, mas a partir de 2020 houve uma reversão para prejuízos expressivos. Em 2023, o resultado ficou bastante próximo de zero, indicando uma possível recuperação ou estabilização financeira.

Receitas

As receitas apresentaram uma tendência de forte queda até 2021, com um mínimo em 2021, provavelmente devido a fatores adversos que impactaram os negócios. Entre 2018 e 2019, houve crescimento, porém, a partir de 2020 as receitas declinaram drasticamente, chegando a seu ponto mais baixo em 2021. A partir de então, houve uma recuperação significativa em 2022 e 2023, atingindo valores superiores aos de 2018 e 2019, sugerindo uma retomada das atividades e uma possível estratégia de recuperação de mercado.

Índice de Margem de Lucro Líquido

O índice de margem de lucro líquido revela uma deterioração rápida a partir de 2020, atingindo valores negativos expressivos em 2020 e 2021, refletindo a margem de lucro negativa ou prejuízo operacional. A partir de 2022, o índice melhora consideravelmente, aproximando-se de zero em 2023, indicando potencial retomada na eficiência operacional e na rentabilidade da empresa, embora ainda em níveis próximos ao zero.

Lucro (prejuízo) líquido

Observa-se uma estabilidade no lucro líquido em 2018 e 2019, com valores próximos de 3 bilhões de dólares. A partir de 2020, há uma mudança significativa, com a empresa apresentando prejuízos expressivos que atingem cerca de 10 bilhões de dólares em 2020 e 2021. Esses prejuízos persistem em 2022, embora em valor mais reduzido, e se aproximam de uma recuperação em 2023, com prejuízo de aproximadamente 74 milhões de dólares, indicando uma melhora substancial na rentabilidade operacional.

Patrimônio líquido

O patrimônio líquido tem uma tendência de redução ao longo do período, começando em aproximadamente 24,4 bilhões de dólares em 2018 e diminuindo para cerca de 6,9 bilhões em 2023. Essa queda mostra um enfraquecimento do valor contábil da empresa ao longo dos anos, refletindo possivelmente os prejuízos acumulados ou perdas de valor patrimonial.

Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE)

O ROE apresenta uma tendência negativa, exibindo valores positivos leves em 2018 e 2019, abaixo de 13%. Contudo, em 2020, há uma deterioração dramática, com a métrica passando a indicar perdas de praticamente 50% a 78%, refletindo a influência dos prejuízos líquidos na rentabilidade para os acionistas. Essa situação se mantém em 2021 e 2022, com valores ainda negativos e elevados, embora com uma leve melhora em 2023, chegando a aproximadamente -1,08%. Essa tendência indica dificuldades na geração de retorno sobre o patrimônio e uma provável crise de rentabilidade no período.

Lucro (prejuízo) líquido

Nos anos de 2018 a 2019, a empresa apresentou um lucro líquido estável, com valores próximos a 3 bilhões de dólares, indicando uma situação financeira relativamente sólida. A partir de 2020, houve uma mudança drástica, com déficits significativos que atingiram aproximadamente 10,2 bilhões de dólares em 2020 e 2021, refletindo impacto da pandemia de COVID-19 no setor de cruzeiros. Em 2022, o prejuízo reduziu para cerca de 6 bilhões de dólares, indicando uma possível recuperação parcial, e em 2023, o prejuízo chegou a apenas 74 milhões de dólares, demonstrando uma melhora considerável na operação da empresa e uma aproximação de uma condição de equilíbrio ou pequeno lucro.

Ativos totais

Houve crescimento sustentável de 2018 até 2020, passando de aproximadamente 42,4 bilhões para 53,6 bilhões de dólares, indicando expansão de ativos. Em 2021 e 2022, os ativos apresentaram leve retração, chegando a cerca de 51,7 bilhões de dólares em 2022. Em 2023, a redução contínua de ativos continua, fechando em 49,1 bilhões de dólares, o que pode refletir uma estratégia de redução de ativos ou desvalorização de certos ativos, possivelmente em resposta às condições do setor ou reestruturações financeiras.

ROA (Retorno sobre os ativos)

O ROA apresentou sinais de deterioração progressiva entre 2018 e 2021, atingindo valores negativos expressivos de -19,1% e -17,81%, indicando baixa eficiência na geração de lucros a partir dos ativos disponíveis durante esse período de crise. Em 2022, o ROA melhorou para -11,78%, ainda negativo, e em 2023 a recuperação continuou, chegando a uma leve perda de -0,15%, o que sugere uma potencial retomada da rentabilidade operacional e uma recuperação na eficiência da utilização dos ativos, aproximando-se de uma condição de neutralidade.