Becton, Dickinson & Co. (NYSE:BDX)

O análise dos índices de liquidez ao longo do período avaliado revela variações consideráveis e evidências de mudanças na gestão do capital de giro. O índice de liquidez corrente apresentou um aumento notório de 1,45 em setembro de 2016 para 5,58 em setembro de 2017, indicando uma melhora significativa na capacidade de cobertura de obrigações de curto prazo com ativos de curto prazo. Contudo, observou-se uma diminuição subsequente para 1,03 em setembro de 2018, retornando a níveis mais próximos ao início do período e mantendo-se relativamente estável até setembro de 2021, com um valor de 1,33.

O índice de liquidez rápida acompanhou uma trajetória similar, registrando um aumento expressivo de 0,72 em 2016 para 4,77 em 2017, sugerindo uma maior eficiência na gestão de ativos líquidos perante as obrigações de curto prazo. Após esse pico, houve uma redução acentuada para 0,5 em 2018 e uma estabilidade próxima nesse nível até 2019, com leve aumento a 0,91 em 2021. Tal padrão indica que, apesar de melhorias momentâneas, a capacidade de liquidez rápida variou ao longo do tempo, permanecendo em níveis que podem ser considerados moderados a baixos na maior parte do período.

No que diz respeito ao índice de liquidez de caixa, o crescimento mais dramático aconteceu entre 2016 e 2017, quando passou de 0,36 para 4,25. Em anos seguintes, houve uma forte redução para 0,17 em 2018 e, posteriormente, valores próximos de 0,1 a 0,5, mantendo-se em patamares inferiores a 1, exceto por um pico em 2020. Esses movimentos indicam que a disponibilidade imediata de caixa em relação às obrigações de curto prazo foi bastante variável, refletindo possivelmente mudanças na gestão de caixa ou nos ciclos operacionais.

De modo geral, os dados evidenciam uma fase de forte aprimoramento na liquidez em 2017, seguida de uma tendência de estabilização ou queda nos índices de liquidez, principalmente de liquidez rápida e de caixa. Essa evolução sugere que, após um aumento abrupto na capacidade de cobertura de curto prazo, a empresa ajustou sua posição, mantendo níveis que indicam uma gestão mais equilibrada – embora ainda com margem de melhora na liquidez imediata. A consistência dos índices na última parte do período aponta para uma estabilidade relativa na gestão de recursos financeiros de curto prazo.

Ativo circulante

Observa-se um crescimento expressivo do ativo circulante entre 2016 e 2017, passando de aproximadamente US$ 6,37 bilhões para US$ 18,63 bilhões, indicando uma expansão significativa na liquidez de curto prazo ou aumento nos recursos circulantes. A partir de 2018, há uma redução considerável na mesma base de dados, com valores próximos a US$ 7,41 bilhões, seguido de estabilidade, com leves oscilações, até 2021, quando encerra em aproximadamente US$ 8,84 bilhões.

Passivo circulante

O passivo circulante demonstra uma tendência de aumento ao longo do período, passando de cerca de US$ 4,4 bilhões em 2016 para aproximadamente US$ 6,6 bilhões em 2021. Essa elevação sugere maior volume de obrigações de curto prazo ao longo dos anos, possivelmente relacionada à expansão ou reestruturações financeiras.

Índice de liquidez corrente

O índice de liquidez corrente apresenta variações substanciais durante o período. Em 2016, o índice estava em 1,45, e houve um aumento acentuado em 2017 para 5,58, indicando uma melhora significativa na capacidade de honrar dívidas de curto prazo. A partir de então, o índice diminui para cerca de 1,03 em 2018, indicando uma redução na liquidez relativa, e permanece em níveis moderados até 2021, quando se recupera para aproximadamente 1,33, revelando uma estabilidade na relação entre ativo circulante e passivo circulante, embora sem retornar aos níveis extremamente elevados de 2017.

Equilíbrio de ativos rápidos ao longo do período

Observa-se uma significativa elevação no total de ativos rápidos entre setembro de 2016 e setembro de 2017, passando de 3.186 milhões de dólares para 15.944 milhões. A partir de então, há uma redução para 3.572 milhões em setembro de 2018, seguida de uma nova queda para 2.965 milhões em 2019. Nos anos seguintes, há aumento contínuo, atingindo 5.335 milhões em 2020 e mantendo-se elevado em 2021, com 4.901 milhões.

Endividamento de curto prazo

O passivo circulante mostra uma tendência de aumento ao longo do período, iniciando em 4.400 milhões de dólares em 2016. Depois de uma diminuição em 2017 para 3.342 milhões, há um crescimento substancial para 7.216 milhões em 2018, seguido de um leve declínio em 2019 para 5.655 milhões. A partir de então, o passivo aumenta novamente, chegando a 6.626 milhões em 2021, indicando uma escalada no endividamento de curto prazo.

Índice de liquidez rápida

O índice de liquidez rápida apresenta considerável volatilidade ao longo do período. Em 2016, o índice era de 0,72, crescendo expressivamente para 4,77 em 2017, indicando uma melhora na capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo com ativos líquidos. Contudo, há uma queda para 0,5 em 2018, manutenção de valores baixos em 2019, e posterior recuperação para 0,91 em 2020, antes de uma ligeira redução para 0,74 em 2021. Essa volatilidade sugere que, embora a empresa tenha tido momentos de melhor liquidez, ela também enfrentou períodos de menor capacidade de pagamento imediato.

• Total de ativos de caixa: Observa-se uma variação significativa ao longo do período analisado. Houve um aumento expressivo de 2016 até 2017, passando de 1.568 milhões de dólares para 14.200 milhões. Após esse pico, há uma forte redução de 2017 para 2018, caindo para 1.253 milhões, seguida por recuperação parcial em 2019 e 2020, com valores de 620 e 2.937 milhões, respectivamente. Em 2021, o saldo de caixa apresenta uma leve queda em relação ao ano anterior, situando-se em 2.404 milhões.
• Passivo circulante: O passivo circulante evidencia crescimento contínuo ao longo do período, partindo de 4.400 milhões em 2016 e atingindo 6.626 milhões em 2021. Apesar de algumas mudanças anuais, há uma tendência geral de aumento, indicando que as obrigações de curto prazo vêm crescendo, possivelmente acompanhando ou superando o crescimento dos ativos líquidos disponíveis.
• Índice de liquidez de caixa: Este indicador apresenta variações acentuadas ao longo dos anos. Em 2016, o índice era de 0,36, aumentando de forma expressiva para 4,25 em 2017, sugerindo uma melhoria na capacidade de cobertura de obrigações de curto prazo com caixa disponível. Em 2018, o índice recua para 0,17, indicando uma diminuição na liquidez, com recuperação parcial em 2019 e 2020, quando atingiu 0,11 e 0,5, respectivamente, e retornou a 0,36 em 2021. Essas oscilações refletem a volatilidade na relação entre os ativos líquidos de caixa e o passivo circulante ao longo do período, possivelmente influenciadas pelos movimentos de caixa e pelos níveis de obrigações de curto prazo.