Becton, Dickinson & Co. (NYSE:BDX)

Ao analisar as tendências dos índices de liquidez, observa-se que o índice de liquidez corrente apresentou variações durante o período. Houve um aumento significativo de 1,25 no final de 2015 para 1,51 no primeiro trimestre de 2016, atingindo um pico de 5,58 no terceiro trimestre de 2016, indicando uma melhora na capacidade de cobrir obrigações de curto prazo nesse momento. Contudo, após esse pico, há uma tendência de redução até atingir aproximadamente 1,23 no segundo semestre de 2018, seguida de uma estabilização próxima a 1,53 até o último período de análise. Essa trajetória sugere uma fase de melhora inicial, seguida de ajustes e estabilização no padrão de liquidez geral ao longo do tempo.

Quanto ao índice de liquidez rápida, observa-se uma tendência similar de aumento durante o período considerado. Após valores iniciais em torno de 0,69 a 0,75, há um forte incremento nos trimestres de 2016, atingindo picos de 4,77 e 4,77, o que indica uma melhora significativa na capacidade de cobrir obrigações sem recorrer ao estoque. Depois, há uma redução gradativa até cerca de 0,63 no último período de 2018, com valores permanecendo relativamente constantes, próximos a 0,85, até o final de 2021, indiquando estabilidade na liquidez rápida. Esse comportamento sugere que, após períodos de forte melhoria, a liquidez rápida estabilizou-se em níveis mais consistentes ao longo do tempo.

Em relação ao índice de liquidez de caixa, há incremento importante na década de análise. Inicialmente, os valores situam-se entre aproximadamente 0,35 e 0,39, até um pico de 4,25 no terceiro trimestre de 2016. Depois, há uma redução acentuada até atingir níveis próximos de 0,11 a 0,28 entre 2018 e 2020, indicando uma queda na proporção de ativos líquidos em relação às obrigações de curto prazo. Nos últimos trimestres, observa-se uma leve recuperação, com valores próximos a 0,5, chegando a um máximo de 0,49 no terceiro trimestre de 2021. Essa variação reflete uma mudança importante na capacidade de liquidez de caixa ao longo do período, passando por fases de forte aumento, subsequente queda e posterior ajuste para níveis moderados.

Ativo circulante

Ao longo do período analisado, o ativo circulante apresentou variações consideráveis, iniciando em US$ 5.641 milhões no final de 2015 e atingindo um pico de US$ 10.152 milhões no encerramento de março de 2022. O crescimento entre 2015 e 2022 sugere uma expansão nos ativos de curtíssimo prazo, podendo indicar aumento na liquidez operacional ou uma estratégia de acumulação de recursos de curto prazo.

Durante alguns períodos, há flutuações notáveis, como a redução de US$ 1.024 milhões de dezembro de 2016 para março de 2017, seguida de grande aumento até o período de junho de 2018. Nos anos posteriores, o ativo circulante se mantém em níveis elevados, evidenciando uma tendência de crescimento consistente, embora sujeito a pequenas oscilações trimestrais.

Passivo circulante

O passivo circulante também apresentou aumento ao longo do tempo, iniciando em US$ 4.529 milhões no final de 2015 e chegando a US$ 6.735 milhões em março de 2022. Existem períodos de redução, como entre dezembro de 2018 e março de 2022, porém o valor geral permanece em um patamar elevado, refletindo maior compromisso de curto prazo.

Observa-se que o passivo circulante é frequentemente comparável ou superior ao ativo circulante em alguns momentos, o que pode indicar períodos de maior necessidade de capital de giro ou aumento de obrigações de curto prazo.

Índice de liquidez corrente

O índice de liquidez corrente apresentou uma tendência de variação importante ao longo do período, oscilando entre valores bastante baixos, próximos de 0.96, até picos acima de 5,56 em determinados trimestres (notadamente em alguns períodos de 2016-2017), indicando períodos de sólida capacidade de pagamento de dívidas de curto prazo nesses momentos específicos.

Após os picos, o índice voltou a níveis mais baixos, próximos de 1.23 a 1.54 nos últimos períodos, sugerindo uma manutenção de uma posição de liquidez compatível com o padrão de mercado. Essa flutuação pode refletir mudanças na composição de ativos ou na gestão de liquidez, sendo importante acompanhamento contínuo para avaliar a saúde financeira da empresa.

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se uma tendência de variação nos ativos rápidos ao longo do período. Houve um aumento significativo no início de 2016, chegando a 3.319 milhões de dólares em junho de 2016, seguido por uma redução até o final de 2016, atingindo 3.572 milhões de dólares em dezembro. Posteriormente, uma valorização expressiva ocorreu em 2017, com o pico atingido em março de 2018, com 4.605 milhões de dólares, indicando uma recuperação e crescimento consistente ao longo desse período. Ao longo de 2018 e 2019, os ativos rápidos apresentam oscilações, chegando a diferentes níveis, porém mantendo uma tendência geral de incremento até os últimos meses de 2019, quando atingem aproximadamente 4.679 milhões de dólares. No início de 2020, uma leve redução foi observada, seguida por alta até o meio de 2020, culminando em valores superiores a 5.300 milhões de dólares, demonstrando uma forte liquidez nesse período. Contudo, no final de 2020 e em 2021, os ativos rápidos mantêm uma trajetória de estabilidade e crescimento moderado, atingindo cerca de 5.834 milhões de dólares em março de 2022.

O passivo circulante apresenta uma tendência de aumento ao longo do período analisado, embora com oscilações. Após um valor de aproximadamente 4.529 milhões de dólares em dezembro de 2015, o passivo diminui até o fim de 2016, chegando a 4.495 milhões, mas posteriormente apresenta incremento contínuo até atingir 7.749 milhões de dólares em setembro de 2021. Essa expansão pode indicar maior nível de obrigações de curto prazo, podendo refletir estratégias de financiamento ou aumento na necessidade de liquidez para suportar operações crescentes. Nos últimos períodos disponíveis, observa-se uma diminuição representativa, chegando a 6.626 milhões de dólares em junho de 2022, o que sugere uma possível tentativa de redução do passivo de curto prazo.

O índice de liquidez rápida demonstra variabilidade ao longo do tempo, refletindo mudanças na capacidade de quitação das obrigações de curto prazo com ativos altamente líquidos. Inicialmente, o índice situava-se em torno de 0,69, aumentando progressivamente até alcançar valores próximos de 0,79 a 0,84 durante 2016. Em 2017 e 2018, houve alta expressiva, atingindo picos de 4,77, indicando um aumento na proporção de ativos líquidos em relação ao passivo circulante. Contudo, a partir de 2019, o índice apresenta uma redução significativa, chegando a valores próximos de 0,4 a 0,53, refletindo uma diminuição relativa na liquidez rápida ou aumento proporcional do passivo curto. A partir de 2020, há uma recuperação gradual, com índices situados na faixa de 0,63 a 0,85 até 2022, indicando melhora na liquidez rápida e maior capacidade de atender às obrigações de curto prazo com ativos líquidos em relação ao passivo.

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se uma evolução significativa no total de ativos de caixa ao longo do período, com um aumento pronunciado entre o final de 2015 e o primeiro trimestre de 2018, passando de aproximadamente US$ 1,593 milhões para cerca de US$ 3.464 milhões. Após esse pico, os ativos de caixa apresentam flutuações, mantendo-se em níveis elevados até o último período registrado, de aproximadamente US$ 3.022 milhões em março de 2022.

O passivo circulante mostra uma tendência de incremento ao longo do período, embora com variações pontuais. Em dezembro de 2015, o passivo circulante era de cerca de US$ 4.529 milhões, atingindo quase US$ 6.735 milhões em setembro de 2022. Esse aumento sugere uma expansão das obrigações de curto prazo, que deve ser considerada em análise de liquidez e gerenciamento de passivos.

O índice de liquidez de caixa evidencia períodos de forte flutuação, indicando variações na capacidade de a empresa honrar suas obrigações de curto prazo com os ativos de caixa disponíveis. Entre os períodos iniciais, esse índice varia de aproximadamente 0,35 em dezembro de 2015 para valores relativamente baixos, em torno de 0,11 na maior parte de 2018 e 2019, demonstrando uma liquidez reduzida em certos momentos. No entanto, há pontos de aumento expressivo, como no terceiro trimestre de 2016, quando ocorre um pico de aproximadamente 4,24, seguido por uma estabilização em níveis mais elevados por volta de 0,36 a 0,5 em 2021 e início de 2022.

De forma geral, a análise sugere uma trajetória de crescimento nos ativos de caixa, correlacionada, em alguns períodos, com aumento no passivo circulante, o que impacta a liquidez da organização. Os períodos de baixa liquidez de caixa, evidenciados pelos índices mais baixos, apontam para momentos de maior esforço na gestão de recursos de curto prazo. Por outro lado, os picos de alta liquidez indicam pontos de maior segurança para cumprir obrigações de curto prazo, o que pode estar relacionado a estratégias específicas de gerenciamento financeiro ou a eventos pontuais que aumentaram a disponibilidade de caixa.