Balanço: ativo
O balanço patrimonial fornece aos credores, investidores e analistas informações sobre os recursos (ativos) da empresa e suas fontes de capital (seu patrimônio líquido e passivos). Normalmente, também fornece informações sobre a capacidade de ganhos futuros dos ativos de uma empresa, bem como uma indicação dos fluxos de caixa que podem vir de recebíveis e estoques.
Ativos são recursos controlados pela empresa como resultado de eventos passados e dos quais se espera que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade.
Becton, Dickinson & Co., balanço consolidado: ativos
US$ em milhões
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2021-09-30), 10-K (Data do relatório: 2020-09-30), 10-K (Data do relatório: 2019-09-30), 10-K (Data do relatório: 2018-09-30), 10-K (Data do relatório: 2017-09-30), 10-K (Data do relatório: 2016-09-30).
Ao analisar a evolução dos ativos e componentes financeiros ao longo do período de seis anos, observa-se que os ativos totais apresentaram crescimento significativo de 25.586 milhões de dólares em 2016 para atingir um pico de aproximadamente 54.012 milhões em 2020, seguido de uma leve redução em 2021 para cerca de 53.866 milhões. Essa expansão indica uma ampliação da escala de operações, refletida particularmente pelo aumento contínuo nos ativos não circulantes, que passaram de 19.219 milhões em 2016 para 45.028 milhões em 2021, sugerindo investimentos intensivos em bens de longo prazo.
O ativo circulante também experimentou alta, passando de 6.367 milhões em 2016 para 8.838 milhões em 2021, evidenciando maior liquidez e a manutenção de recursos em curto prazo. Notavelmente, o caixa e equivalentes de caixa apresentou grande variação, com um aumento expressivo de 1.541 milhões em 2016 para 14.179 milhões em 2017, seguido por uma estabilização entre 1.140 milhões em 2018 e 2.283 milhões em 2021. Essa movimentação sugere uma gestão eficiente de caixa, possivelmente relacionada a estratégias de liquidez e retorno de investimentos em períodos específicos.
O crescimento nos recebíveis comerciais líquidos evidencia uma expansão nas operações de crédito e vendas a prazo, aumentando de 1.618 milhões em 2016 para 2.497 milhões em 2021, indicando maior volume de negócios vinculados a atividades de crédito.
No âmbito dos ativos imobilizados, houve incremento gradual de 3.901 milhões em 2016 para 6.393 milhões em 2021, refletindo investimentos em infraestrutura e tecnologia ao longo do período. Destaca-se ainda o aumento expressivo nos ativos intangíveis líquidos, em especial nas categorias de tecnologia desenvolvida e relacionamento com clientes, que cresceram de 2.655 milhões em 2016 para aproximadamente 9.417 milhões em 2021, indicando foco em inovação e fortalecimento das relações comerciais.
Por outro lado, os ativos mantidos para venda apresentaram pontualmente valores elevados em 2018 e 2019, mas não continuaram em 2020 e 2021, sugerindo que determinados ativos foram excluídos do portfólio ou classificados de outra forma após esse período.
Ontem, a composição dos ativos intangíveis demonstra uma forte dependência de tecnologia desenvolvida, que representa uma parte significativa do total de ativos intangíveis e vem se mantendo em patamares elevados, reforçando o investimento contínuo em inovação tecnológica e desenvolvimento de redes.
De modo geral, a tendência indica uma estratégia de expansão de operações, reforçada por aumentos em ativos de longo prazo, especialmente em tecnologia e relacionamento com clientes, e uma gestão de liquidez relativamente equilibrada. As variações nos componentes dos ativos refletem crescimento e investimentos planejados, além de possíveis períodos de racionalização ou ajuste no portfólio de ativos, especialmente em relação aos ativos classificados para venda em determinados anos.