Becton, Dickinson & Co. (NYSE:BDX)

Ao analisar os dados financeiros referentes ao período de 2016 a 2021, observa-se uma trajetória de crescimento no Lucro Operacional Líquido após Impostos (NOPAT), que passou de US$ 717 milhões para US$ 2.155 milhões, indicando uma melhoria significativa na rentabilidade operacional ao longo dos anos. Este incremento, contudo, apresenta períodos de variação, com uma queda notável em 2018, quando o NOPAT caiu para US$ 570 milhões, antes de retomar e alcançar o pico de US$ 2.155 milhões em 2021.

O Capital Investido demonstra um aumento contínuo de 2016 a 2018, passando de US$ 22.258 milhões para US$ 47.282 milhões, acompanhandо uma expansão dos ativos utilizados na geração de receita. Nos anos seguintes, houve ligeiras variações no valor do capital investido, com uma redução observada em 2019 que foi parcialmente compensada pelos aumentos subsequentes em 2020 e 2021, mantendo-se acima de US$ 45.000 milhões.

O Rácio de Rendimento do Capital Investido (ROIC) apresenta uma tendência de recuperação após uma redução significativa em 2018. De 3,22% em 2016, o ROIC aumentou gradualmente até atingir 3,75% em 2017, tendo uma queda substancial em 2018 para 1,21%. Depois, há uma recuperação nos anos seguintes, culminando em 4,76% em 2021. Essa recuperação indica uma melhora na eficiência da empresa na geração de lucro a partir do capital investido, sobretudo no último ano observado.

De modo geral, os dados evidenciam uma trajetória de recuperação e fortalecimento na rentabilidade operacional, apesar de oscilações pontuais em certos períodos. A subida do ROIC em 2021 sugere que a administração tem conseguido melhorar a eficiência na utilização do capital investido, refletindo positivamente na geração de valor ao acionista ao longo do tempo.

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de 2016 a 2021, observa-se um padrão de variação nas principais métricas de desempenho financeiro da empresa.

Índice de margem de lucro operacional (OPM)

Houve uma ligeira queda do índice de margem de lucro operacional de 11,73% em 2016 para 11,6% em 2018, indicando estabilidade relativa no período, seguida por uma redução significativa em 2020 para 8,76%. Em 2021, ocorreu uma recuperação expressiva para 13,29%, superando os níveis anteriores ao período de queda, o que pode apontar uma melhora na eficiência operacional ou na rentabilidade final da empresa.

Rácio de rotação de capitais (TO)

Este rácio apresentou uma tendência de leve declínio de 0,56 em 2016 para 0,34 em 2018, indicando uma redução na eficiência na utilização dos ativos. Contudo, a partir de 2019, houve uma estabilização e, posteriormente, uma recuperação em 2021, alcançando 0,45. Essa evolução sugere uma melhora na gestão dos ativos ou uma maior eficiência no uso do capital de giro ao longo do tempo.

Taxa efetiva de imposto sobre dinheiro (CTR)

A taxa de imposto efetivo apresentou variações significativas, começando com 48,94% em 2016, aumentou expressivamente para 92,28% em 2017, antes de diminuir para 30,74% em 2018. Entre 2019 e 2021, manteve-se em patamares altos, com 60,84% e 80,06%, respectivamente. Essas oscilações podem refletir mudanças na legislação tributária, na estrutura de receitas ou na gestão fiscal da empresa, com uma tendência geral de valorização na taxa de impostos pagos ao longo do tempo.

Retorno sobre o capital investido (ROIC)

O ROIC demonstrou uma redução significativa de 3,22% em 2016 para 1,21% em 2018, indicando uma menor eficiência na geração de retorno sobre o capital investido durante esse período. A partir de 2019, houve uma recuperação gradual, atingindo 2,44%, porém permanecendo abaixo dos níveis de 2016. Em 2021, o ROIC subiu para 4,76%, sinalizando uma melhora na rentabilidade do capital investido e uma possível recuperação na eficiência operacional.

De modo geral, os dados revelam uma fase de desafios operacionais e de eficiência até 2018, seguida por um período de recuperação e melhoria na rentabilidade, especialmente a partir de 2020 e 2021, refletindo possivelmente um esforço de otimização de recursos e aperfeiçoamento na gestão financeira.

Ao analisar os dados financeiros apresentados ao longo de seis anos, observa-se uma tendência de crescimento nas receitas da empresa, que aumentaram de US$ 12.483 milhões em 2016 para US$ 20.248 milhões em 2021, representando uma expansão consistente ao longo do período.

O lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT) também apresentou melhora significativa, passando de US$ 1.464 milhões em 2016 para US$ 2.691 milhões em 2021. Apesar de algumas oscilações ao longo do período, a tendência geral indica uma ampliação na rentabilidade operacional da companhia.

Entretanto, o índice de margem de lucro operacional (OPM), que mede a eficiência na geração de lucro a partir das receitas, apresentou variações. De 11,73% em 2016, houve uma ligeira redução até 8,76% em 2020, refletindo uma diminuição na eficiência operacional relativa ao crescimento das receitas. Contudo, observou-se uma recuperação em 2021, com o índice alcançando 13,29%, indicando uma melhora na margem de lucro operacional e possivelmente uma maior eficiência na gestão operacional ou redução de custos.

Em síntese, a companhia demonstrou crescimento consistente em receitas e lucro líquido antes de impostos, embora a margem operacional tenha sofrido variações, alcançando um pico em 2021 após uma redução ao longo de alguns anos. Essa dinâmica sugere avanços na geração de lucros, acompanhados de melhorias na eficiência operacional em anos recentes.

Receitas

Ao longo do período analisado, as receitas apresentaram uma tendência de crescimento geral, apesar de algumas flutuações. Entre setembro de 2016 e setembro de 2017, houve uma ligeira redução, passando de aproximadamente 12.483 milhões de dólares para 12.093 milhões. A partir de 2017, as receitas exibiram um aumento consistente, atingindo seu ponto mais elevado em setembro de 2021, com 20.248 milhões de dólares, refletindo um crescimento de cerca de 60% em relação ao início do período analisado.

Capital investido

O capital investido demonstrou uma tendência de crescimento significativo ao longo dos anos. Em setembro de 2016, o valor era de aproximadamente 22.258 milhões de dólares, evoluindo para cerca de 45.278 milhões em setembro de 2021. Este aumento sugere uma expansão no volume de recursos investidos na empresa, possivelmente associado ao crescimento operacional ou a aquisições de ativos de longo prazo. Durante esse período, houve variações que indicam ajustes na alocação de capital investido, com picos em torno de 47.282 milhões em 2018 e uma leve redução para 45.278 milhões em 2021.

Rácio de rotação de capitais (TO)

O rácio de rotação de capitais apresentou uma tendência de melhora ao longo do tempo, embora com alguma volatilidade. Em 2016, o valor era de 0,56, indicando uma baixa eficiência na utilização do capital investido para gerar receitas. Esse rácio caiu para aproximadamente 0,35 em 2017 e permaneceu relativamente estável até 2019. Com o crescimento das receitas e o aumento do capital investido, o rácio começou a subir, atingindo 0,45 em setembro de 2021, o que sugere uma melhora na eficiência na geração de receita relativa ao capital investido na fase mais recente do período analisado.

Análise dos dados financeiros anuais disponíveis

O item referente aos impostos operacionais de caixa apresentou variações significativas ao longo do período analisado. Em 2016, os impostos foram de US$ 748 milhões, ocorrendo um aumento acentuado em 2017, atingindo US$ 109 milhões. No entanto, a partir desse ponto, houve uma tendência geral de redução nos impostos anualmente, chegando a US$ 537 milhões em 2021. Esses movimentos podem refletir mudanças na estrutura tributária, na eficiência fiscal, ou na performance operacional da empresa.

O lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT) apresentou uma trajetória de crescimento constante ao longo dos anos. Em 2016, o valor foi de US$ 1.464 milhões, permanecendo relativamente estável em 2017 e 2018, com US$ 1.408 milhões e US$ 1.855 milhões, respectivamente. Houve uma leve redução em 2019, com US$ 1.816 milhões, seguida de uma queda em 2020 para US$ 1.500 milhões. Contudo, em 2021, notou-se um aumento expressivo, atingindo US$ 2.691 milhões, indicando uma melhora significativa na geração de lucro operacional antes de impostos nesse último período.

A taxa efetiva de imposto sobre o dinheiro (CTR) revela mudanças consideráveis na carga tributária. Em 2016, a CTR foi alta, atingindo 51.06%, sugerindo uma alta incidência de imposto efetivo sobre os ativos líquidos ou fluxos de caixa. Em 2017, a CTR caiu drasticamente para 7.72%, refletindo possivelmente uma otimização fiscal ou uma mudança na composição dos lucros tributáveis. A partir de então, houve uma elevação perceptível em 2018 (69.26%) e uma redução progressiva em 2019, 2020 e 2021, finalizando em 19.94%. Essa tendência indica uma variação na eficiência ou na estratégia tributária ao longo do período, com a última taxa mais alinhada com uma carga fiscal mais baixa.

De modo geral, observa-se uma melhora substancial na lucratividade operacional na última análise, com um aumento expressivo do NOPBT em 2021, enquanto os impostos operacionais de caixa reduziram-se, refletindo talvez uma maior eficiência na gestão fiscal ou alterações na estrutura tributária. A significativa redução na CTR mais recentemente sugere uma postura fiscal potencialmente mais eficiente ou condições tributárias favoráveis, contribuindo para uma melhora na margem de lucro líquida da operação.