Estrutura do balanço: activo
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2014-12-31), 10-K (Data do relatório: 2013-12-31), 10-K (Data do relatório: 2012-12-31), 10-K (Data do relatório: 2011-12-31), 10-K (Data do relatório: 2010-12-31).
Ao analisar os dados financeiros ao longo dos cinco anos considerados, observa-se uma tendência de crescimento na proporção de caixa e equivalentes em relação ao total do ativo, passando de 23,97% em 2010 para 39,56% em 2014. Esse aumento indica uma maior liquidez ou uma estratégia de manutenção de reservas de caixa mais robustas ao longo do período.
Por outro lado, observando os investimentos de curto prazo, houve uma redução significativa na sua participação, de 9,02% em 2010 para apenas 0,44% em 2014. Essa queda sugere uma diminuição na utilização de ativos de curto prazo para fins de investimento ou gerenciamento de liquidez, possivelmente devido à maior concentração em caixa ou outros ativos circulantes.
Os recebíveis comerciais líquidos mantiveram-se relativamente estáveis, com uma leve redução de 7,79% em 2010 para 7,37% em 2014, indicando uma consistência na carteira de recebíveis ao longo do período.
Os inventários apresentaram uma tendência de leve aumento até 2012, chegando a 3,08%, antes de diminuir para 2,38% em 2014, refletindo uma gestão de estoques relativamente estável com alguma redução no final do período.
As despesas pré-pagas apresentaram aumento, de 0,78% em 2010 para 1,76% em 2014, podendo indicar maior investimento em despesas antecipadas ou renegociações contratuais que requerem pagamento antecipado.
Os impostos diferidos, por sua vez, demonstraram uma redução constante de sua participação, de 3,34% em 2010 para 2,77% em 2014, num movimento que pode refletir alterações na estrutura tributária ou na expectativa de pagamento de tributos futuros.
Um aumento destacado ocorreu nos ativos derivativos em moeda estrangeira, surgindo em 2013 e crescendo para 0,6% em 2014, indicando possível utilização de instrumentos de hedge cambial ou exposição a variáveis cambiais ao longo dos anos.
Os outros ativos também apresentaram uma participação relativamente estável, variando entre 0,36% e 0,9%, enquanto os demais ativos circulantes, que incluem itens diversos como avançados e controles internos, cresceram de 4,53% em 2010 para 5,59% em 2014, reforçando a tendência de maior peso do ativo circulante na estrutura de ativos totais.
O ativo circulante como um todo aumentou de 48,07% para 55,34%, refletindo uma mudança progressiva na composição do ativo, possivelmente com foco na liquidez e na gestão de curto prazo.
No componente de ativos de longo prazo, notam-se reduções na participação da boia vontade, de 24,54% para 19,27%, e do imobilizado líquido, de 9,64% para 8,11%. Essa diminuição da participação de ativos tangíveis e intangíveis de longo prazo pode indicar uma redução na base de ativos imobiliários e intangíveis, ou uma reestruturação das operações que privilegiam ativos circulantes.
Os intangíveis líquidos tiveram um aumento relativo, chegando a 14,39% em 2014, o que pode refletir maior investimento em marcas, patentes ou outros ativos intangíveis relevantes para a estratégia da empresa.
Adicionalmente, observa-se um crescimento relevante na participação de participações societárias, de 0,09% em 2010 para 0,38% em 2014, indicando possível expansão de investimentos em participações ou aquisições de negócios.
Finalmente, o ativo não circulante, que compreende bens de longo prazo e outros ativos não destinados à liquidez imediata, decresceu de 51,93% em 2010 para 44,66% em 2014, sugerindo uma mudança na composição dos ativos, com maior ênfase na liquidez ou na permanência de ativos a curto prazo na estrutura financeira.