Allergan Inc. (NYSE:AGN.)

O balanço de ativos demonstra um crescimento consistente ao longo dos anos, com aumento de aproximadamente 49% no período, passando de cerca de US$ 8.308 milhões em 2010 para aproximadamente US$ 12.415 milhões em 2014. Essa expansão reflete uma ampliação tanto dos ativos circulantes quanto dos não circulantes, com destaque para os ativos não circulantes que, nesse período, aumentaram aproximadamente 29%, contribuindo para o crescimento geral do total de ativos.

Os ativos circulantes apresentaram manutenção de uma tendência de elevação contínua, passando de US$ 3.993 milhões para aproximadamente US$ 6.871 milhões, refletindo maior liquidez e eficiência na gestão de recursos de curto prazo. Notavelmente, o caixa e equivalentes tiveram uma expansão significativa, de aproximadamente 147%, de US$ 1.991 milhões para US$ 4.911 milhões, indicando uma maior disponibilidade de recursos líquidos ao longo do período.

O aumento nos recebíveis comerciais líquidos, que cresceram cerca de 41%, de US$ 647 milhões para US$ 915 milhões, sugere uma melhora na atividade de vendas a prazo ou maior eficiência na cobrança. Em contrapartida, os investimentos de curto prazo exibiram uma redução acentuada, caindo de US$ 749 milhões em 2010 para apenas US$ 55 milhões em 2014, o que pode indicar uma mudança na estratégia de aplicações de curto prazo ou menor necessidade de liquidez nesses ativos.

O ativo não circulante também apresentou crescimento consistente, elevando-se cerca de 29%, de US$ 4.314 milhões para US$ 5.544 milhões, contribuindo significativamente para a expansão dos ativos totais. Destaca-se o aumento nos intangíveis líquidos, que cresceram aproximadamente 79%, de US$ 996 milhões para US$ 1.786 milhões, indicando investimentos em propriedade intelectual, marca ou outros ativos intangíveis.

No que concerne às contas de passivos, embora esses dados não estejam explicitados na tabela, a análise dos ativos sugere que, proporcionalmente, a empresa manteve uma estrutura de capital sustentável que suportou o crescimento. Além disso, o aumento nas obrigações de impostos diferidos, que passaram de US$ 277 milhões para US$ 344 milhões, pode refletir mudanças nas estratégias fiscais ou na contabilização de benefícios fiscais diferidos.

Os direitos relacionados a derivados, ativados em moeda estrangeira, surgiram a partir de 2012, atingindo US$ 75 milhões em 2014, indicando uma possível estratégia de gestão de risco cambial que se consolidou nos anos seguintes.

Em relação à composição do patrimônio, houve crescimento no valor de boa vontade e participação societária, com boa vontade aumentando de US$ 2.038 milhões para US$ 2.393 milhões e participações societárias de US$ 7,7 milhões para US$ 47 milhões, refletindo possíveis aquisições ou valorização de ativos intangíveis adquiridos ao longo do período.

Por fim, os custos de emissão de dívida permaneceram relativamente estáveis, o que sinaliza uma continuidade na estratégia de financiamento via dívida. A variação no valor justo do swap de taxa de juros mostra uma preocupação com a gestão de riscos financeiros, embora os valores tenham se estabilizado após 2012. Em suma, a análise revela uma trajetória de crescimento financeiro consistente, apoiada por aumento de liquidez e expansão de ativos, além de uma estratégia financeira que parece equilibrada diante do aumento dos ativos intangíveis e da necessidade de gerenciar riscos cambiais e de taxas de juros.