Broadcom Inc. (NASDAQ:AVGO)

Ao longo do período analisado, observa-se uma estabilidade na composição da receita líquida, com a proporção de produtos oscilando em torno de aproximadamente 55% a 80%, e assinaturas e serviços variando de cerca de 20% a 45%. A participação de produtos permaneceu predominantemente superior a 75%, embora tenha apresentado uma leve tendência de diminuição em alguns períodos recentes, enquanto o segmento de assinaturas e serviços apresentou crescimento, especialmente após 2021.

O custo dos produtos vendidos manteve-se relativamente estável, representando aproximadamente 19% a 28% da receita líquida, com leve aumento na última fase do período. Já o custo de assinaturas e serviços apresentou maior volatilidade, com declínio na maior parte do período, porém registrando um aumento abrupto para cerca de 7,98% em um trimestre específico na fase final, indicando possível mudança na estrutura de custos ou nos modelos de negócios.

A amortização de ativos intangíveis relacionados à aquisição apresentou uma tendência de diminuição ao longo do tempo, passando de aproximadamente 15% para cerca de 4-5%, refletindo uma redução no impacto da depreciação associada a aquisições anteriores. Encargos de reestruturação tiveram baixa participação, embora tenham apresentado picos pontuais próximos a 0,77% e 5,18% em determinados trimestres, sugerindo momentos pontuais de reestruturação.

A margem bruta demonstrou uma melhora consistente, atingindo cerca de 70% na última fase, indicando aumento na eficiência na geração de lucro bruto em relação à receita líquida, com máximos próximos a 67% a 70%.

As despesas relacionadas à pesquisa e desenvolvimento permaneceram próximas a 13% a 22% da receita, refletindo o foco contínuo na inovação. Ainda assim, houve uma leve tendência de redução nos últimos períodos, o que pode indicar maior controle das despesas ou maior eficiência nesta área. As vendas, gerais e administrativas, também apresentaram uma queda na participação, alcançando valores próximos a 4-5% em alguns períodos recentes, sugerindo uma maior eficiência de gestão.

O resultado operacional apresentou forte crescimento até atingir cerca de 45% a 47% na maior parte do período, atingindo máximos próximos a 46% na fase final. Essa melhora é atribuída principalmente à redução das despesas operacionais, que descresceram de cerca de 45% para aproximadamente 21-23%, evidenciando maior eficiência operacional.

As despesas com juros limitaram o crescimento do resultado, embora tenham se estabilizado em torno de 4-7% ao longo do tempo. Outras receitas e despesas líquidas permaneceram relativamente constantes, contribuindo positivamente ao resultado, com leves oscilações.

O resultado de operações continuadas antes do imposto de renda manteve-se em patamares elevados, chegando a cerca de 43% a 44% na fase final do período, refletindo forte desempenho operacional. O efeito do imposto de renda apresentou variações consideráveis, chegando a valores negativos expressivos em alguns trimestres (por exemplo, -32%), o que impactou o lucro líquido de forma significativa nestes períodos pontuais.

O lucro líquido, expresso como percentual da receita líquida, apresentou crescimento consistente até atingir aproximadamente 42-43% na fase final, indicando uma melhora geral na rentabilidade após ajustes fiscais. O resultado de operações descontinuadas também ocorreu pontualmente, apresentando prejuízo em um trimestre, porém sem efeito relevante na tendência geral de lucro líquido.

Por fim, o lucro atribuído às ações ordinárias seguiu o padrão do lucro líquido, com crescimento robusto até a fase final do período, quando atingiu cerca de 37-39%. O pagamento de dividendos sobre ações preferenciais foi mínimo ou inexistente na maior parte do período, não impactando significativamente a distribuição de lucros às ações ordinárias.