Estrutura da demonstração de resultados
Dados trimestrais
Com base em relatórios: 10-Q (Data do relatório: 2022-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2022-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2022-03-31), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2021-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2021-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2021-03-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2020-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-03-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2019-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-03-31), 10-K (Data do relatório: 2018-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2018-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-03-31), 10-K (Data do relatório: 2017-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2017-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2017-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2017-03-31).
Ao analisar os dados trimestrais, observa-se uma tendência de variação na proporção do produto líquido em relação à receita, apresentando uma leve queda ao longo do período, passando de aproximadamente 84,68% no primeiro trimestre de 2017 para cerca de 78,22% no último trimestre de 2022. Essa redução sugere uma diminuição na margem bruta ao longo do tempo.
A participação das receitas provenientes de programas terapêuticos anti-CD20 mostrou um aumento moderado até o final de 2019, atingindo mais de 16% da receita, antes de apresentar uma leve redução nos períodos posteriores, permanecendo em torno de 16,5% no final de 2022. Isso indica uma maior dependência dessa linha de produtos durante parte do período analisado, seguida de estabilização.
Por outro lado, a composição de outros tipos de receita apresentou uma grande volatilidade. Notou-se um aumento significativo em certos períodos, especialmente no início de 2020, atingindo picos de até 11,07%, seguido de oscilações negativas, chegando a valores próximos de -3,81%. Essas variações sugerem flutuações consideráveis na composição de receitas não relacionadas aos principais segmentos, possivelmente influenciadas por eventos pontuais ou operações de alienação.
O custo de vendas, excluindo amortizações, experimentou uma tendência de elevação, apresentando valores mais negativos ao longo do tempo, chegando a atingir -29,78% no terceiro trimestre de 2022. Essa trajetória indica um aumento nos custos relativos à receita, impactando negativamente a margem bruta, que caiu de cerca de 87% a 88% nos anos iniciais para aproximadamente 70% a 75% nos períodos finais.
O lucro bruto mostrou uma tendência de leve deterioração, embora permanecesse relativamente elevado, variando entre aproximadamente 82% a 88% da receita até 2019, mas apresentando queda para cerca de 70% a 75% no final da análise. Essa redução reflete o aumento nos custos de vendas e uma possível pressão na rentabilidade de margem.
Os itens relacionados a pesquisa e desenvolvimento apresentaram uma forte instabilidade, incluindo oscilações de valores percentuais negativos e positivos. Houve momentos em que o percentual dedicado a P&D atingiu valores superiores a 25%, enquanto em outros períodos atingiram marcas negativas expressivas, chegando a mais de 60% de despesa relativa à receita. Essa variabilidade indica uma mudança na estratégia de investimento em inovação ao longo do período.
As despesas de vendas, gerais e administrativas também apresentaram variações, mantendo-se na faixa de aproximadamente 14% a 28% da receita. Houve períodos de aumento significativo, especialmente no final de 2020 e em 2021, refletindo possíveis despesas adicionais ou reestruturações.
As amortizações e imparidades de ativos intangíveis mostraram um padrão de oscilações, incluindo picos negativos de até 21,77% em certos períodos, acompanhando possivelmente movimentações de impairment ou depreciação acelerada de ativos. Posteriormente, essa proporção estabilizou em níveis mais baixos, por volta de 2% a 3%, posteriormente.
O resultado operacional evidenciou alta volatilidade, atingindo até 54,08% da receita em 2019, seguido de períodos de queda acentuada, inclusive prejuízos, com destaque para o último trimestre de 2021, quando o resultado operacional caiu para 32,18% e posteriormente mostrou sinais de recuperação, atingindo 52,43% no final de 2022. Tal comportamento demonstra sensibilidade a fatores pontuais e variações na margem operacional.
O resultado líquido refletiu uma tendência de melhora a partir de períodos negativos em 2017, passando a apresentar resultados positivos e elevados em 2019 e 2020, chegando a cerca de 45% da receita nesses anos. Entretanto, a partir de 2021, houve uma redução temporária até cerca de 11,45% no início de 2022, seguida por recuperação para níveis próximos a 40% em finais de períodos subsequentes. Essas oscilações indicam influências relevantes de itens extraordinários e mudanças na carga fiscal.
As despesas de imposto de renda apresentaram variações consideráveis, incluindo períodos de benefício que elevaram o lucro líquido, especialmente em 2019, e períodos de ônus financeiro, como em 2020, onde houve prejuízos fiscais de aproximadamente 16% da receita. Essa dinâmica impactou diretamente o resultado final, refletindo benefício fiscal pontual ou ajustes nos lucros tributáveis.
Por fim, o lucro líquido atribuível à empresa acompanhou a tendência geral de variação, atingindo picos em 2019 e mantendo níveis elevados até o final de 2021, antes de apresentar uma leve redução em 2022. Posteriormente, uma recuperação parcial foi observada ao fim do período analisado, consolidando uma melhora na rentabilidade líquida após momentos de adversidade ao longo do período considerado.