Newmont Corp. (NYSE:NEM)

Ao analisar os indicadores de estrutura de capital, verifica-se uma estabilidade relativa nas métricas de endividamento ao longo dos anos de 2019 a 2021, com uma ligeira elevação a partir de 2022. O índice de dívida sobre patrimônio líquido mantém-se em torno de 0,29 a 0,33, indicando um nível moderado de alavancagem financeira, enquanto o índice de dívida sobre o capital total apresenta valores próximos de 0,22 a 0,25, refletindo uma proporção controlada de endividamento em relação ao total de recursos utilizados pela empresa.

Os rácios de dívida em relação aos ativos também permanecem bastante constantes, com valores entre 0,16 e 0,17, sugerindo que uma parcela estável dos ativos está financiada por dívidas. Essas informações apontam para uma estratégia de gestão de endividamento relativamente prudente, com níveis de risco financeiro moderados durante grande parte do período avaliado.

Entretanto, há um aumento observado no índice de alavancagem financeira de aproximadamente 1,8 em 2019 e 2020 para quase 2,0 em 2022, indicando uma maior proporção de dívida em relação ao patrimônio líquido ou aos ativos. Esta mudança sugere um leve aumento na utilização de recursos de terceiros para financiar as operações ou estratégias de crescimento.

Finalmente, há uma deterioração significativa nos índices de cobertura de juros e encargos fixos, que apresentam queda acentuada a partir de 2021. Enquanto em 2019 e 2020 esses índices permanecem elevados (13,58 e 11,82 para cobertura de juros; 12,73 e 11,13 para encargos fixos), em 2021 há uma redução para valores mais baixos (5,65 e 5,32), e em 2022 caem drasticamente, atingindo valores negativos e indicando que a capacidade de cobertura de suas despesas com juros e encargos fixos foi completamente comprometida. Essa tendência acentuada evidencia um aumento na pressão financeira ou na deterioração do resultado operacional, possivelmente relacionada a maior nível de endividamento ou a eventos que impactaram negativamente a margem operacional da empresa.

Endividamento total

Nos cinco anos analisados, observa-se uma tendência de redução no endividamento total de 6.834 milhões de dólares em 2019 para 6.132 milhões de dólares em 2022, indicando uma possível política de redução de dívidas ou uma melhora na geração de caixa da empresa. No entanto, há um aumento significativo para 9.436 milhões de dólares em 2023, representando um crescimento expressivo de aproximadamente 54% em relação ao ano anterior, o que pode sinalizar uma nova estratégia de alavancagem financeira ou necessidade de financiamento adicional.

Total do patrimônio líquido da Newmont

O patrimônio líquido apresentou crescimento de 21.420 milhões de dólares em 2019 para 23.008 milhões de dólares em 2020, seguido por uma leve redução para 22.022 milhões de dólares em 2021. Em 2022, houve uma queda mais acentuada, atingindo 19.354 milhões de dólares, mas em 2023 o patrimônio líquido recuperou-se expressivamente para 29.027 milhões de dólares, atingindo o maior valor no período analisado. Essa variação sugere uma recuperação ou aumento na valorização dos ativos da empresa, possivelmente decorrente de lucros elevados ou reposicionamento de ativos.

Índice de dívida sobre patrimônio líquido

Este índice manteve-se relativamente estável entre 0,32 e 0,29 durante o período de 2019 a 2021, indicando uma proporção controlada de endividamento em relação ao patrimônio líquido nesses anos. Em 2022, o índice retornou a 0,32 e, em 2023, atingiu 0,33, o que sugere uma ligeira elevação na alavancagem financeira, compatível com o aumento expressivo do endividamento total nesse ano. Tal comportamento evidencia uma manutenção de uma estrutura de capital com uma proporção de dívida relativamente moderada, apesar do aumento no nível de endividamento.

Ao analisar os dados financeiros ao longo dos anos, observa-se uma tendência relativamente estável na relação entre dívida total e patrimônio líquido, com o índice de dívida sobre patrimônio líquido oscilando entre 0,29 e 0,33, indicando um nível de endividamento moderado em relação ao patrimônio.

No entanto, a dívida total apresenta variações significativas ao longo do período considerado. Após uma leve redução de 6.9 bilhões de dólares em 2019 para aproximadamente 6.4 bilhões em 2021, a dívida total recuou novamente para cerca de 6.2 bilhões de dólares em 2022. Entretanto, no último período avaliado, essa dívida sofre um aumento expressivo para aproximadamente 9.5 bilhões de dólares, indicando um crescimento substancial nesse componente de passivo.

Por outro lado, o patrimônio líquido revelou uma tendência de crescimento ao longo do período, iniciando em 21,4 bilhões de dólares em 2019, atingindo 23 bilhões em 2020, uma ligeira redução para cerca de 22 bilhões em 2021, seguida de uma nova diminuição em 2022, chegando a aproximadamente 19,3 bilhões de dólares, antes de reverter positivamente para mais de 29 bilhões de dólares em 2023. Este incremento em 2023 pode refletir uma melhora na rentabilidade ou mudanças na estrutura de capital, mesmo com o aumento na dívida total.

De modo geral, a análise sugere que, apesar do aumento expressivo na dívida em 2023, o patrimônio líquido também apresenta recuperação. A relação de endividamento permanece estável, indicando uma gestão equilibrada da alavancagem financeira, embora o aumento abrupto na dívida exija atenção para avaliar os fatores que levaram a essa mudança significativa no último período.

Endividamento total

Observa-se uma redução no endividamento total de 2019 para 2022, passando de US$ 6.834 milhões para US$ 6.132 milhões, indicando uma tendência de diminuição do passivo financeiro ao longo desse período. Entretanto, em 2023, há um aumento significativo para US$ 9.436 milhões, representando uma elevação de aproximadamente 54,1% em relação ao ano anterior, o que sugere uma possível mudança na estratégia de financiamento ou aumento de obrigações financeiras abertas.

Capital total

O capital total apresentou variação relativamente estável de 2019 a 2022, oscilando entre aproximadamente US$ 25.486 milhões e US$ 29.710 milhões, com um pico em 2020. Em 2023, ocorre um crescimento acentuado para US$ 38.463 milhões, o que indica uma expansão do patrimônio ou uma reavaliação de ativos, podendo refletir incrementos de capital ou reavaliações patrimoniais de grande porte.

Rácio dívida/capital total

Esse indicador permaneceu bastante estável ao redor de 0,22 a 0,24 durante os anos de 2019 a 2022, demonstrando uma manutenção de uma proporção controlada entre endividamento e o patrimônio. Em 2023, há um ligeiro aumento para 0,25, indicando uma sutil elevação na proporção de dívida em relação ao capital total, o que pode sugerir uma leve intensificação na alavancagem financeira da empresa, embora permaneça dentro de níveis considerados relativamente conservadores.

O análise dos dados revela que houve aumento na dívida total ao longo do período observado, passando de US$ 6.909 milhões em 2019 para US$ 9.541 milhões em 2023, indicando uma elevação de aproximadamente 38%. Este crescimento sugere uma ampliação no endividamento da entidade ao longo dos anos, possivelmente para financiar projetos, aquisições ou reforçar o capital de giro.

De modo contrário, o capital total apresentou variações e, após uma redução de cerca de 5% de 2019 para 2022, retomou seu valor em 2023, atingindo US$ 38.568 milhões. A recuperação do capital total em 2023, combinado com o aumento na dívida, contribui para uma leve elevação do rácio dívida/capital total, que passou de 0,24 em 2019 para 0,25 em 2023.

Este rácio, que permaneceu bastante estável ao longo dos anos, indica que o endividamento em relação ao capital total mantém-se em patamares relativamente conservadores, sugerindo uma gestão financeira equilibrada na proporção de dívida perante o patrimônio. A leve elevação deste rácio ao final do período pode refletir uma estratégia de alavancagem financeira moderada, compatível com o perfil de atuação da entidade.

Endividamento total

Observa-se uma diminuição no endividamento total de 2019 para 2022, passando de US$ 6.834 milhões para US$ 6.132 milhões, demonstrando uma redução de aproximadamente 10% no período. No entanto, em 2023, há um aumento significativo para US$ 9.436 milhões, indicando uma nova expansão do endividamento. Essa variação sugere uma estratégia de endividamento mais conservadora nos anos iniciais, seguida por uma elevação no nível de dívida no último ano avaliado.

Ativos totais

Os ativos totais apresentam uma tendência de crescimento consistente ao longo do período. Em 2019, os ativos totalizavam US$ 39.974 milhões, atingindo US$ 55.506 milhões em 2023, o que representa um aumento superior a 38%. Esse crescimento indica uma ampliação dos recursos e dos investimentos realizados, refletindo potencialmente uma expansão operacional ou aquisições de ativos ao longo dos anos.

Relação dívida/ativos

A relação entre dívida total e ativos totais permanece relativamente estável ao longo do período, com valores de 0,17 em 2019 e 2023, e um valor constante de 0,16 entre 2020 e 2022. Tal estabilidade sugere que, apesar das variações no endividamento absoluto, a proporção de dívida em relação ao total de ativos se manteve relativamente constante, indicando uma política financeira que buscou equilibrar endividamento e ativos ao longo dos anos.

Quanto à dívida total, houve uma leve redução de 2019 para 2022, passando de US$ 6.909 milhões para US$ 6.248 milhões, indicando uma potencial estratégia de redução do endividamento ou uma melhora na geração de caixa. Contudo, em 2023, observou-se um aumento expressivo para US$ 9.541 milhões, o que pode refletir uma retomada no apetite por financiamento ou uma necessidade de capital para investimentos ou operações.

Os ativos totais demonstraram uma tendência de crescimento ao longo do período, passando de US$ 39.974 milhões em 2019 para US$ 55.506 milhões em 2023. Essa expansão sugere que a empresa está aumentando seus recursos, seja por aquisição de novos ativos, valorização dos ativos existentes ou outros fatores relacionados ao crescimento de suas operações ou investimentos.

O rácio de dívida/ativos manteve-se bastante estável, variando apenas de 0,16 a 0,17 ao longo dos anos. Essa estabilidade indica que, apesar de variações no montante absoluto da dívida, a proporção de dívida em relação ao total de ativos permaneceu praticamente inalterada, refletindo uma gestão equilibrada do endividamento em relação à expansão dos ativos.

Ao analisar os ativos totais ao longo do período de cinco anos, observa-se uma tendência de aumento expressivo em 2023, atingindo US$ 55.506 milhões, após um período de estabilidade e variações moderadas anteriormente. Entre 2019 e 2022, houve uma relativamente estabilidade ou leve redução nos ativos, culminando na elevação significativa no último ano.

O patrimônio líquido apresentou diferenças ao longo do período, iniciando em aproximadamente US$ 21.420 milhões em 2019, crescendo até US$ 23.008 milhões em 2020, seguido de uma estabilização em torno de US$ 22.022 milhões em 2021. Em 2022, houve uma redução para US$ 19.354 milhões, mas em 2023 registrou recuperação, atingindo US$ 29.027 milhões, indicando um aumento considerável no valor patrimonial no último ano. Essa mudança sugere aprimoramentos na situação financeira ou na valorização dos ativos líquidos ao longo do período analisado.

O índice de alavancagem financeira manteve-se relativamente estável, com uma ligeira variação. Iniciou em 1,87 em 2019 e apresentou uma leve redução para 1,8 em 2020. Posteriormente, houve aumento para 1,84 em 2021, seguido de uma elevação mais significativa para 1,99 em 2022. Em 2023, o índice apresentou uma ligeira redução para 1,91. Essas oscilações indicam uma gestão relativamente consistente do endividamento financeiro, embora tenha ocorrido um aumento na alavancagem em 2022, possivelmente refletindo maior utilização de recursos de terceiros ou mudanças na estrutura de capital.

Lucro antes de encargos fixos e impostos

Observa-se uma tendência de declínio ao longo dos anos, com uma queda significativa de 2019 até 2021, passando de US$ 4.111 milhões para US$ 1.569 milhões. Em 2022, houve uma recuperação parcial, atingindo US$ 311 milhões, porém, em 2023, o resultado tornou-se negativo em US$ -1.702 milhões, indicando um prejuízo operacional antes dos encargos fixos e impostos.

Encargos fixos

Os encargos fixos apresentaram uma pequena redução ao longo do período, de US$ 323 milhões em 2019 para US$ 266 milhões em 2023, o que demonstra uma certa estabilidade na estrutura de custos fixos ao longo dos anos.

Índice de cobertura de encargos fixos

Este índice mostra uma deterioração acentuada na capacidade de cobertura dos encargos fixos, começando em 12.73 em 2019 e declinando até 1.22 em 2022. Em 2023, o índice torna-se negativo em -6.4, indicando que a empresa não consegue mais cobrir seus encargos fixos com os lucros operacionais, refletindo uma situação financeira bastante instável ou até de crise operacional.