Estrutura do balanço: activo
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2023-12-31), 10-K (Data do relatório: 2022-12-31), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31).
Ao analisar os dados financeiros ao longo dos anos, observa-se uma significativa variação na composição do ativo total, evidenciando mudanças na estrutura patrimonial da empresa.
O percentual de caixa e equivalentes de caixa apresentou uma tendência de declínio, passando de 5,61% em 2019 para 5,41% em 2023, com um pico de 13,39% em 2020. Essa redução sugere uma diminuição na liquidez imediata em relação ao total do ativo ao longo do período.
Os depósitos a prazo e outros investimentos tiveram uma flutuação, com aumento relativo em 2022 (2,29%) comparado aos anos anteriores, porém em 2023 o percentual caiu drasticamente para 0,04%. Essa tendência indica uma redução na parcela de recursos investidos em ativos de baixa liquidez, possivelmente refletindo uma mudança na estratégia de alocação de recursos.
Os recebíveis comerciais exibiram um crescimento contínuo, passando de 0,93% em 2019 para 1,32% em 2023, indicando uma possível ampliação na carteira de créditos de curto prazo.
Os estoques e minério em almoxarifado apresentaram um aumento moderado até 2022 (4,46%), seguido por uma queda em 2023 (3,49%), sugerindo ajustes nas operações de armazenamento ou na estratégia de gestão de inventários.
Os ativos circulantes, que representam uma parte significativa do ativo total, mostraram uma redução percentual do início de 2019 (15,69%) para 2023 (13,53%), refletindo talvez uma diminuição na liquidez operacional ou uma maior concentração em ativos de maior prazo.
A participação do ativo de desenvolvimento de propriedades, plantas e minas manteve-se relativamente estável, com aumento expressivo para 2023, atingindo 67,67%. Essa mudança aponta para uma priorização na expansão e manutenção de ativos de longo prazo através de investimentos contínuos nestas áreas.
Os investimentos, por sua vez, mantiveram-se relativamente constantes, com variações mínimas no percentual do ativo total, indicando estabilidade na estratégia de aplicação de recursos financeiros destinados a investimentos de longo prazo.
O ativo de imposto de renda diferido apresentou queda contínua de 1,37% em 2019 para 0,48% em 2023, possivelmente refletindo mudanças na estrutura fiscal ou na expectativa de benefícios fiscais futuros.
Por outro lado, a boa vontade manteve participação relativamente estável entre 5,12% e 6,83%, sugerindo consistência na avaliação de ativos intangíveis relacionados a aquisições ou negócios adquiridos.
O crescimento do ativo derivativo, especialmente notável em 2023 (0,36%), indica uma possível ampliação na utilização de instrumentos financeiros derivados, possivelmente para gestão de riscos.
O ativo não circulante, que compõe a maior parte do ativo total, aumentou sua participação de 84,31% em 2019 para 86,47% em 2023, consolidando uma estratégia mais voltada ao longo prazo na composição do balanço patrimonial.
Em resumo, observa-se uma tendência de diminuição na liquidez de curto prazo, com ajustes na composição de estoques e recursos líquidos, enquanto há uma concentração crescente de ativos de longo prazo, especialmente no desenvolvimento de propriedades, plantas e minas. Essas mudanças refletem possíveis estratégias de expansão e maior foco em ativos de maior maturação, ao mesmo tempo em que reduzem a liquidez imediata da empresa.