Kimberly-Clark Corp. (NYSE:KMB)

Ao analisar os indicadores financeiros ao longo dos trimestres, observa-se uma tendência consistente de redução no índice de dívida sobre o patrimônio líquido, que apresenta uma diminuição significativa de aproximadamente 72,5% no primeiro trimestre de 2016 para um valor mais baixo, próximo de 13,36% no primeiro trimestre de 2021. Essa redução indica uma diminuição no grau de endividamento relativo ao patrimônio, sugerindo uma possível estratégia de fortalecimento de capital próprio ou uma redução da alavancagem financeira ao longo do período.

O rácio dívida/capital total mantém-se relativamente estável, variando entre aproximadamente 0,93 e 1,04, demonstrando uma certa consistência na composição de financiamento entre recursos de terceiros e recursos próprios ao longo do tempo. Apesar das flutuações, a relação permanece em um intervalo que indica uma dependência moderada do endividamento em relação ao capital total.

Em relação à relação dívida/ativos, apresenta estabilidade em torno de 0,49 a 0,53, refletindo uma proporção consistente de ativos financiados por dívidas. Essa estabilidade sugere que a estrutura de capital permaneceu relativamente equilibrada ao longo do período analisado, sem grandes mudanças na composição de ativos financiados por dívida.

O índice de alavancagem financeira evidencia uma redução expressiva, saindo de valores elevados próximos a 135 em março de 2016 e chegando a valores mais baixos, próximos de 27 na segunda metade de 2020. Esse comportamento indica uma diminuição no nível de endividamento em relação ao patrimônio, reforçando a percepção de uma estratégia de redução de risco financeiro ou de fortalecimento da base de capital próprio.

Por fim, o índice de cobertura de juros demonstra uma tendência de aumento ao longo do período, chegando a valores superiores a 12, por exemplo, 12,58 em setembro de 2020. Essa elevação sugere uma melhora na capacidade de pagamento de juros, indicando maior robustez na cobertura das despesas financeiras com os lucros operacionais ou outros indicadores de liquidez.

Endividamento total

Observa-se uma tendência de aumento no endividamento total ao longo do período analisado. Inicialmente, em 31 de março de 2016, o valor era de aproximadamente US$ 7,9 bilhões, apresentando variações menores até atingir um pico de US$ 8,8 bilhões em setembro de 2018. Após esse ponto, há um aumento consistente até o último período de março de 2021, finalizando em US$ 8,6 bilhões, o que indica uma elevação geral do nível de dívida da empresa. Essa trajetória sugere uma estratégia de incremento do endividamento ao longo do tempo, possivelmente para financiar operações, investimentos ou aquisições.

Total do patrimônio líquido

O patrimônio líquido apresenta variações mais acentuadas, com momentos de forte oscilação negativa. Em 31 de março de 2016, o patrimônio líquido era de US$ 109 milhões, crescendo até atingir aproximadamente US$ 626 milhões em 30 de setembro de 2017. Contudo, houve períodos de perda de valor, chegando a -US$ 305 milhões em 31 de dezembro de 2018, e posteriormente apresentando recuperação, chegando a US$ 518 milhões em março de 2021. Essas oscilações indicam uma instabilidade no patrimônio, possivelmente refletindo impactos de efeitos contábeis, resultados operacionais ou ajustes de avaliação.

Índice de dívida sobre patrimônio líquido

O índice de dívida sobre patrimônio líquido demonstra uma redução significativa ao longo do período. Iniciando em 72,5% em 31 de março de 2016, há uma tendência de diminuição até atingir aproximadamente 13,36% em setembro de 2019, indicando uma melhora na composição de capital da empresa. Apesar de algumas oscilações, especialmente nos primeiros trimestres de 2017, o índice mantém valor relativamente baixo após 2018, o que sugere uma postura financeira mais conservadora e uma maior proporção de capital próprio em relação à dívida. Essa redução do rácio indica maior estabilidade financeira e menor alavancagem ao longo do tempo.

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observam-se tendências distintas nos indicadores de endividamento e composição de capital ao longo do período de março de 2016 a março de 2021.

Endividamento total

O endividamento total apresentou uma ligeira oscilação ao longo do período, variando entre aproximadamente US$ 7.425 milhões e US$ 8.822 milhões. Notavelmente, houve um aumento gradual na dívida a partir de meados de 2019 até o primeiro trimestre de 2021, indicando uma tendência de incremento no nível de dívidas da empresa nesse intervalo. Essa evolução pode refletir estratégias de financiamento ou operações de expansão.

Capital total

O capital total demonstra uma tendência de crescimento ao longo do mesmo período, saindo de aproximadamente US$ 7.470 milhões em março de 2016 para cerca de US$ 9.340 milhões em março de 2021. Este aumento continuo no patrimônio sugere uma ampliação no valor dos ativos ou uma retenção de lucros ao longo do tempo, contribuindo para o fortalecimento do capital próprio.

Rácio dívida/capital total

O rácio de dívida em relação ao capital total mostra uma estabilização nas proporções de endividamento em relação ao patrimônio. Inicialmente, esteve próximo de 0,99 e variou levemente, entre 0,93 e 1,04. A diminuição mais notável ocorre a partir do segundo semestre de 2020, atingindo aproximadamente 0,93 a 0,94 em 2021, indicando uma redução relativa da dívida em comparação ao crescimento do capital. Essa diminuição sugere uma melhoria na estrutura de capital, com uma maior proporção de recursos próprios em relação ao endividamento.

Ao analisar os dados trimestrais, observa-se que o endividamento total apresentou uma tendência de leve aumento ao longo do período, passando de US$ 7.903 milhões no primeiro trimestre de 2016 para US$ 8.364 milhões no último trimestre de 2021. Apesar de pequenas variações, o valor tende a crescer progressivamente, refletindo possivelmente uma estratégia de financiamento ou investimentos que envolveram o aumento do passivo financeiro.

Os ativos totais também evidenciaram uma tendência de crescimento, partindo de aproximadamente US$ 14.820 milhões no primeiro trimestre de 2016 até cerca de US$ 17.226 milhões no último trimestre de 2021. Esse aumento sugere expansão dos ativos da empresa, o que pode estar associado a aquisições, investimentos em ativos fixos ou crescimento operacional ao longo dos períodos analisados.

Em relação à relação dívida/ativos, o ratio permaneceu relativamente estável, na faixa de aproximadamente 0,51 a 0,54, indicando que a proporção do endividamento em relação ao total de ativos se manteve constante durante quase todo o período. Essa estabilidade sugere uma gestão prudente do endividamento, mantendo uma proporção confortável que não compromete a estrutura de capital, mesmo com o aumento dos recursos totais e da dívida total.

Em síntese, há uma tendência de crescimento tanto dos ativos quanto do endividamento, enquanto a proporção entre dívida e ativos permanece relativamente estável, indicando uma estratégia consistente de expansão financeira sem aumento excessivo dos riscos financeiros relativos ao porte total de ativos.

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se que os ativos totais apresentaram uma tendência geral de crescimento ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 14,82 bilhões no primeiro trimestre de 2016 para cerca de US$ 17,53 bilhões no primeiro trimestre de 2021. Houve oscilações mensuradas, com picos e recuos pontuais, mas a trajetória de longo prazo indica expansão do conjunto de ativos da empresa.

Quanto ao patrimônio líquido, entretanto, a evolução exibe maior volatilidade e destaca-se por períodos de forte variação. Os valores começaram em US$ 109 milhões no primeiro trimestre de 2016, atingiram um pico de US$ 629 milhões no último trimestre de 2017, e posteriormente tiveram quedas marcantes, chegando a valores negativos em diversos trimestres de 2018 e 2019, como -US$ 305 milhões no fim de 2018. No entanto, a partir de 2020, há sinais de recuperação, com valores positivos novamente, alcançando US$ 518 milhões no primeiro trimestre de 2021.

O índice de alavancagem financeira, que mede a relação entre o endividamento e o patrimônio, apresenta oscilações relevantes. Os períodos de maior alta ocorreram até 2017, atingindo valores próximos a 147 e 108, refletindo maior alavancagem financeira naquela época. Após esse pico, houve uma consistente redução do índice, chegando a valores próximos de 27 a 33 em 2020 e 2021, indicando uma redução na dependência de endividamento de curto prazo ou um aumento no patrimônio líquido, ou ambos. Esses movimentos sugerem uma orientação da gestão para uma estrutura de capital mais conservadora nos períodos mais recentes.