Balanço patrimonial: passivo e patrimônio líquido
O balanço patrimonial fornece aos credores, investidores e analistas informações sobre os recursos (ativos) da empresa e suas fontes de capital (seu patrimônio líquido e passivos). Normalmente, também fornece informações sobre a capacidade de ganhos futuros dos ativos de uma empresa, bem como uma indicação dos fluxos de caixa que podem vir de recebíveis e estoques.
O passivo representa obrigações de uma empresa decorrentes de eventos passados, cuja liquidação deve resultar em uma saída de benefícios econômicos da entidade.
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Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 10-K (Data do relatório: 2018-12-31), 10-K (Data do relatório: 2017-12-31), 10-K (Data do relatório: 2016-12-31).
Ao analisar os dados financeiros, observa-se uma tendência de aumento no total do passivo ao longo do período avaliado, passando de aproximadamente US$ 14,63 bilhões em 2016 para cerca de US$ 17,52 bilhões em 2020. Esse incremento indica um crescimento na alavancagem financeira da empresa, sustentado principalmente pela elevação do passivo não circulante, que subiu de US$ 8,58 bilhões em 2016 para US$ 10,18 bilhões em 2020. Essa expansão do passivo de longo prazo sugere investimentos ou financiamentos de longo prazo feitos pela empresa durante esse período.
O passivo circulante também apresentou crescimento de US$ 5,84 bilhões em 2016 para US$ 6,44 bilhões em 2020, com variações ao longo dos anos. Uma observação importante é a redução no valor da dívida a pagar no prazo de um ano em 2020, caindo de US$ 1,53 bilhão em 2019 para cerca de US$ 486 milhões, indicando uma possível quitação ou renegociação de dívidas de curto prazo.
Por outro lado, o patrimônio líquido exibiu variações mais complexas. Em 2016, o valor total era negativo em aproximadamente US$ 102 milhões, refletindo possivelmente uma estrutura financeira desequilibrada ou déficits acumulados. Já em 2017, o patrimônio líquido tornou-se positivo, atingindo cerca de US$ 629 milhões, porém, voltou a ficar negativo em 2018 e 2019, antes de recuperar-se novamente em 2020, quando atingiu aproximadamente US$ 626 milhões. Destaca-se também que o patrimônio líquido líquido, considerando o total, apresentou um movimento de recuperação salvo algumas flutuações, sugerindo uma forte movimentação nos lucros não distribuídos, que cresceram de US$ 5,83 bilhões em 2016 para US$ 7,57 bilhões em 2020, refletindo uma gestão de lucros consistente ao longo do período.
As ações ordinárias mantidas em tesouraria apresentaram uma tendência de aumento de valor, de US$ 3,629 bilhões em 2016 para US$ 4,899 bilhões em 2020, indicando maior recompra ou retenção de ações pela empresa, o que pode impactar na valorização das ações remanescentes ou na estrutura de capital.
Nas receitas acumuladas de publicidade e promoção e despesas acumuladas, observa-se uma estabilidade relativamente modesta, com pequenas variações anuais, demonstrando controle nesses itens de despesas operacionais ao longo do período.
No que diz respeito às dívidas a pagar no prazo de um ano, há uma redução expressiva em 2020, enquanto a dívida de longo prazo, excluindo a de curto prazo, evidencia crescimento, principalmente em 2020, alcançando US$ 7,88 bilhões, o que reforça a ênfase em financiamentos de prazo mais longo durante esse período.
Os demais passivos, incluindo impostos diferidos e outros passivos não circulantes, apresentaram aumentos notáveis em 2020, indicando possíveis impactos de ajustes fiscais, novas obrigações ou reclassificações. Tais mudanças contribuem para o crescimento geral do passivo total e reforçam a necessidade de atenção na gestão dessas variáveis.