Kimberly-Clark Corp. (NYSE:KMB)

Este resumo analisa as séries apresentadas, destacando padrões de lucratividade, composição de patrimônio e rentabilidade relativa ao retorno sobre o patrimônio líquido ao longo do período. O objetivo é identificar tendências, variações e possíveis impactos de mudanças contábeis ou operacionais que possam influenciar a leitura dos resultados.

Tendência do lucro líquido atribuível

O lucro líquido mostra volatilidade considerável ao longo dos anos. Em valores próximos de 1,5 a 1,9 bilhão de USD, observa-se um período estável entre 2005 e 2010, com variações moderadas em torno de 1,5 a 1,9 bilhão. A partir de 2011 o resultado oscila entre aproximadamente 1,6 e 2,1 bilhões, com um pico relevante em 2013 (aproximadamente 2,14 bilhões) seguido por uma queda em 2014 (cerca de 1,53 bilhões) e uma queda acentuada em 2015 (cerca de 1,01 bilhão). A recuperação ocorre a partir de 2016, atingindo novos patamares em 2016 (≈2,17 bilhões) e mantendo níveis elevados em 2017 (≈2,28 bilhões), 2019 (≈2,16 bilhões) e 2020 (≈2,35 bilhões). Em resumo, não há uma tendência de crescimento sustentável contínuo; o desempenho é marcado por ciclos de alta alternados com quedas pontuais, refletindo sensibilidade a condições de mercado e a fatores que afetam a lucratividade de curto a médio prazo.

Tendência do patrimônio líquido total

O patrimônio líquido apresenta uma evolução altamente volátil. Inicialmente, há uma curva de crescimento até 2010 (picos próximos de 5,6 a 6,1 bilhões de USD). A partir de 2011, observa-se queda gradual até 2013 (≈4,9 bilhões) e, de forma abrupta, forte redução a partir de 2014 (≈0,7 bilhão). Em 2015 e 2016 o valor torna-se negativo (-174 milhões em 2015; -102 milhões em 2016), seguido de recuperação parcial em 2017 (≈0,6 bilhão). Nos anos subsequentes, voltam a aparecer valores negativos (2018 ≈-0,287 bilhão; 2019 ≈-0,033 bilhão) e, novamente, um ganho limitado em 2020 (≈0,626 bilhão). Esse comportamento indica episódios de erosão de capital e, possivelmente, impactos de perdas acumuladas, reorganizações ou ajustes contábeis importantes, com fases de recuperação pontual.

Tendência do ROE (retorno sobre o patrimônio líquido)

O ROE fica dentro de uma faixa relativamente estável até 2013, variando entre aproximadamente 24% e 44% (valores de 2005 a 2013). Em 2014 há um aumento acentuado para cerca de 209,3%, refletindo um patrimônio líquido muito baixo relativo ao lucro, ou a condições contábeis que reduzem o denominador. Em anos de dados disponíveis seguintes, o ROE volta a apresentar patamares elevados, com 362,16% em 2017 e 375,72% em 2020, novamente associando-se a mudanças significativas no patrimônio líquido. Vale observar que alguns anos não apresentam valores de ROE, o que reduz a comparabilidade entre períodos. Em síntese, embora os níveis de ROE tenham mostrado agregados de rentabilidade elevados nos momentos de erosão patrimonial, tais valores extremos indicam pouca confiabilidade quando o patrimônio líquido é baixo ou negativo, dificultando a interpretação consistente da eficiência de geração de lucro sobre o capital próprio ao longo de toda a série.