Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Dados trimestrais
Kimberly-Clark Corp., estrutura do balanço patrimonial consolidado: passivo e patrimônio líquido (dados trimestrais)
Com base em relatórios: 10-Q (Data do relatório: 2021-03-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2020-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-03-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2019-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-03-31), 10-K (Data do relatório: 2018-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2018-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-03-31), 10-K (Data do relatório: 2017-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2017-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2017-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2017-03-31), 10-K (Data do relatório: 2016-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2016-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2016-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2016-03-31).
Ao analisar os dados financeiros apresentados para o período de 2016 a 2021, é possível observar diversas tendências e comportamentos nos componentes do passivo e patrimônio líquido.
De forma geral, a proporção do passivo total em relação ao passivo e patrimônio líquido permanece elevada ao longo do tempo, variando entre aproximadamente 94% a 99%, indicando grande alavancagem financeira da entidade.
O componente de dívidas de curto prazo mostra uma variação significativa ao longo do período. Em determinados trimestres, há aumento na proporção dessa dívida, atingindo picos em torno de 11,95% até 12,5%, sugerindo uma maior necessidade de liquidez de curto prazo ou alterações na estrutura de capital. Contudo, nos períodos finais, essa proporção diminui, chegando a valores próximos de 2 a 3%, indicando possível fortalecimento da liquidez ou redução no endividamento de curto prazo.
O passivo circulante, que engloba dívidas de curto prazo e obrigações relacionadas, apresenta variações relevantes. Destaca-se um aumento considerável em alguns períodos, chegando a cerca de 46,66% em um momento, e posteriormente uma redução para aproximadamente 36,77%, o que pode indicar ajustes na estrutura de pagamento ou elaboração de estratégias de gestão de passivos.
Já a dívida de longo prazo, excluindo a dívida a pagar no curto prazo, mantém-se relativamente estável, oscillando entre cerca de 39% a 47% do passivo total ao longo do período, refletindo uma postura de mercado mais voltada ao financiamento de prazos mais extensos.
Os benefícios para empregados não atuais apresentam uma tendência de declínio percentual, começando em torno de 8% e caindo para aproximadamente 4,87% ao final do período, indicando potencial redução em obrigações ou melhorias na estrutura de benefícios.
Os impostos diferidos, em contraste, mantêm-se relativamente estáveis, com pequenas oscilações ao longo do tempo, permanecendo na faixa de 2,8% a 4,1%, sugerindo uma estabilidade na legislação tributária ou na política de reconhecimentos fiscais diferidos.
O item de outros passivos mostra uma certa volatilidade, porém sua proporção geralmente permanece abaixo de 3,5% do passivo total, refletindo uma participação relativamente pequena no passivo total da entidade.
Quanto ao patrimônio líquido, observa-se sua evolução ao longo do período. Em alguns trimestres, há um valor negativo ou próximo de zero, como em 2017 e 2018, indicativo de eventuais prejuízos acumulados ou perdas de valor patrimonial. Posteriormente, há uma recuperação, com valores positivos acima de 3% em certos períodos, refletindo possível geração de lucros ou aportes de capital.
Destaca-se a composição de ações preferenciais, preferencialmente não emitidas, e ações ordinárias que representam uma parcela variável, mas que, especialmente no último período, alcançam cerca de 2,75% do passivo e patrimônio líquido, destacando a presença de capital social na estrutura de financiamento.
O saldo de lucros não distribuídos mostra uma tendência de crescimento sustentável, começando em torno de 40-45% e chegando a cerca de 45% no último período, indicando forte retenção de resultados e potencial de reinvestimento ou pagamento de dividendos futuros.
As ações ordinárias em tesouraria apresentam valores negativos, ao redor de -28% a -29%, refletindo ações recompradas, uma estratégia comum de gestão de capital próprio para melhorar indicadores financeiros ou controlar o capital social.
Os interesses não controladores mantêm uma participação relativamente estável, por volta de 1,3% a 1,7%, sugerindo uma participação minoritária consistente ao longo do tempo.
No conjunto, as mudanças na estrutura de capital indicam uma gestão de passivos e patrimônio que busca equilibrar liquidez, endividamento de longo prazo e valorização do capital próprio, com sinais de fortalecimento patrimonial e ajustes estratégicos de financiamento ao longo dos anos.