Exxon Mobil Corp. (NYSE:XOM)

Ao analisar a série de dados trimestrais, observa-se uma tendência de forte volatilidade nos resultados financeiros ao longo do período avaliado. Nos primeiros trimestres de 2020, houve uma queda significativa nas receitas operacionais, refletindo provavelmente o impacto de condições econômicas adversas, seguidas de uma recuperação gradual ao longo de 2021 e em 2022, com crescimento consistente nas vendas e receitas de operação.

As receitas totalizadas apresentam um pico em alguns trimestres de 2022, chegando a valores superiores a US$ 115 bilhões, o que indica um fortalecimento da atividade comercial nesse período. Contudo, há uma reversão em alguns trimestres de 2023, onde se observa uma leve queda nas receitas, embora ainda permaneçam em patamares elevados quando comparadas ao início do período.

O custo das compras de petróleo bruto e produtos revelou uma tendência de aumento ao longo do tempo, atingindo picos próximos a US$ 54 bilhões em alguns trimestres de 2022, sugerindo maior custo de aquisição ou redução na eficiência de compras. Essa elevação impactou diretamente a margem de lucro operacional, já que despesas de produção também tiveram crescimento expressivo, especialmente no último trimestre de 2021 e em 2022.

Os custos de produção e fabricação apresentaram variações cíclicas, aumentando especialmente em 2022 e no início de 2023, influenciando negativamente a rentabilidade operacional. As despesas de vendas, gerais e administrativas também mostraram certa estabilidade, ainda que com oscilações leves, sem indicar alterações drásticas na estrutura de custos fixos ou variáveis.

Na categoria de despesas com depreciação e exaustão, foi observada uma alta significativa no último trimestre de 2021 e o primeiro de 2022, atingindo valores próximos a US$ 8 bilhões, refletindo possível realização de investimentos em ativos ou galgas que impactaram os custos contabilizados. Este incremento contribuiu para uma redução da margem operacional, refletindo-se nos resultados trimestrais.

O resultado operacional variou bastante, com períodos de prejuízo marcantes em alguns trimestres de 2020, como o último de 2020, e prejuízos mais amortizados em anos posteriores, sobretudo a partir do segundo trimestre de 2021. Notavelmente, há sinais de melhora na rentabilidade operacional a partir de 2021, com resultados positivos e alguma estabilidade até 2023.

As despesas com pensões e juros apresentaram uma tendência de diminuição ao longo do período, contribuindo para uma melhora na linha do resultado antes do imposto de renda, que mostra uma expressiva recuperação em 2021 e 2022, com fortes lucros trimestrais, especialmente o último de 2022.

O benefício ou despesa de imposto de renda seguiu um perfil de variações, inicialmente negativo em 2020, com ganhos em alguns trimestres posteriores, refletindo a influência de fatores fiscais e estrutura de lucros. Como resultado, o lucro líquido atribuído à empresa apresentou recuperação significativa a partir de 2021, chegando a valores superiores a US$ 9 bilhões em alguns períodos de 2022 e alcançando picos de mais de US$ 9 bilhões em 2023.

Por fim, o resultado líquido incluindo participações não controladoras revela uma forte melhora ao longo do período, com prejuízos pontuais em 2020, mas uma tendência de crescimento consistente a partir de 2021, atingindo picos de quase US$ 9 bilhões no início de 2024 e permanecendo em níveis elevados até o último trimestre de 2024.