AmerisourceBergen Corp. (NYSE:ABC)

Ao analisar os índices de liquidez ao longo do período, observam-se tendências distintas entre as métricas avaliadas.

Índice de liquidez corrente

Este índice mostrou uma estabilidade relativa ao longo dos trimestres, iniciando em 0,90 em dezembro de 2016 e apresentando pequenos aumentos até atingir 1,07 no primeiro trimestre de 2021. Desde então, houve uma ligeira redução, terminando em 0,88 no segundo trimestre de 2023, indicando uma leve deterioração na capacidade de a empresa cobrir suas obrigações de curto prazo com seus ativos circulantes.

Índice de liquidez rápida

Este indicador também apresentou uma tendência de incremento ao longo do período, passando de 0,45 em dezembro de 2016 para 0,63 em março de 2021. Após esse pico, a métrica mostrou estabilidade, permanecendo entre 0,49 e 0,54 até o segundo trimestre de 2023. Essa evolução sugere uma melhora na liquidez mais imediata, excluindo estoques e outros ativos menos líquidos, embora a proporção ainda esteja abaixo do valor considerado confortável de 1,0.

Índice de liquidez de caixa

Este índice revelou maior volatilidade, com valores iniciais bastante baixos, em torno de 0,07 a 0,11, indicando uma baixa liquidez de caixa relativa às obrigações de curto prazo. Houve um aumento significativo para 0,2 no período de março de 2021, mas esse valor voltou a diminuir para aproximadamente 0,03 a partir de 2022, sinalizando uma deterioração na disponibilidade de caixa para cobrir dívidas de curto prazo. Esses movimentos podem refletir estratégias de gestão de liquidez ou variações nos fluxos de caixa.

Em resumo, houve uma tendência de aprimoramento na liquidez geral e na liquidez rápida até o início de 2021, seguido de uma estabilidade parcial, enquanto o índice de liquidez de caixa permaneceu relativamente baixo e altamente volátil ao longo do período analisado. Esses padrões indicam uma melhoria na capacidade de cobrir obrigações de curto prazo com ativos mais líquidos, embora a liquidez de caixa permaneça limitada e sujeita a variações significativas.

Ao analisar a evolução do ativo circulante ao longo dos trimestres, observa-se uma tendência de crescimento consistente, partindo de aproximadamente 23,1 milhões de dólares no final de 2016 para mais de 40,9 milhões de dólares no segundo trimestre de 2023. Essa expansão indica uma ampliação na liquidez de curto prazo da empresa ou maior disponibilização de recursos nessa categoria.

Por outro lado, o passivo circulante também apresenta aumento ao longo do período, saindo de aproximadamente 25,5 milhões de dólares no final de 2016 para cerca de 47,8 milhões de dólares no segundo trimestre de 2023. Apesar do crescimento em valores absolutos, é importante destacar que a relação entre ativo e passivo circulante, medida pelo índice de liquidez corrente, tende a apresentar comportamentos variáveis.

O índice de liquidez corrente, que mede a capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo com ativos líquidos disponíveis, apresenta uma melhora gradual ao longo dos anos iniciais, atingindo aproximadamente 1,07 no primeiro trimestre de 2021. Desde então, observa-se uma diminuição, retornando a valores próximos de 0,88 no segundo trimestre de 2023. Essa redução sugere uma ligeira deterioração na liquidez relativa, embora ainda se mantenha, em alguns períodos, em níveis considerados adequados, próximos ou acima de 1, o que normalmente indica uma capacidade relativamente confortável de cumprir obrigações de curto prazo.

Em síntese, a análise revela uma expansão sustentada do ativo e do passivo circulante ao longo do período avaliado, com uma melhora inicial na liquidez corrente seguida por uma diminuição na sua razão nos últimos anos mais recentes. Essa evolução pode refletir estratégias de aumento de liquidez ou de crescimento operacional, acompanhadas por variações nas condições de pagamento ou gestão de recursos de curto prazo.

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se uma tendência de crescimento contínuo no total de ativos rápidos ao longo do período avaliado. Desde finais de 2016 até o segundo semestre de 2023, o valor desses ativos aumentou de aproximadamente US$ 11,49 bilhões para cerca de US$ 22,18 bilhões, indicando uma expansão significativa na liquidez de curto prazo da empresa.

Por outro lado, o passivo circulante apresenta uma tendência de aumento considerável ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 25,54 bilhões no final de 2016 para cerca de US$ 47,78 bilhões no segundo trimestre de 2023. Esse aumento mostra que a empresa tem aumentado suas obrigações de curto prazo, possivelmente refletindo uma estratégia de crescimento ou de gerenciamento de necessidades de liquidez.

O índice de liquidez rápida apresenta variações ao longo do tempo, mas mantém-se relativamente estável, com valores entre 0,45 e 0,56. Houve uma ligeira melhoria no índice em certos períodos, alcançando um pico de 0,56 no segundo trimestre de 2018, sugerindo uma melhora na capacidade de liquidação rápida dos ativos frente às obrigações de curto prazo naquele momento. No entanto, o índice permanece próximo da faixa de 0,45 a 0,5 na maior parte do período, indicando uma manutenção de níveis de liquidez compatíveis com as operações da empresa, embora sem uma melhora substancial ao longo do tempo.

De modo geral, a empresa demonstra uma expansão de seus ativos líquidos de curto prazo, acompanhada de aumento proporcional nas obrigações de curto prazo, com o índice de liquidez rápida estabilizado dentro de uma faixa que sugere uma gestão equilibrada de liquidez ao longo dos anos. Essas tendências indicam uma estratégia de crescimento que mantém a capacidade de atender às suas obrigações de curto prazo de forma relativamente estável, apesar do aumento nos volumes de ativos e passivos circulantes.

Ao analisar a trajetória do índice de liquidez de caixa ao longo do período avaliado, observa-se uma tendência de aumento progressivo, com algumas flutuações pontuais. Nos primeiros trimestres, de dezembro de 2016 até o final de 2017, o índice manteve-se relativamente baixo, variando entre 0,05 e 0,11, indicando uma liquidez de caixa relativamente limitada em relação ao passivo circulante. Entretanto, a partir do início de 2018, ocorre uma estabilização em torno de 0,09 a 0,11, sinalizando uma melhora na capacidade de cobertura do passivo circulante através do caixa disponível.

Durante 2019, o índice permanece relativamente estável, situando-se na faixa de 0,06 a 0,11, com uma leve tendência de crescimento ao longo do ano. No entanto, no primeiro trimestre de 2020, há uma redução significativa, chegando a um valor de 0,06, seguida de uma diminuição acentuada até 0,03 no segundo trimestre de 2020. Essa queda possivelmente reflete um aumento no passivo circulante sem uma correspondente ampliação no caixa, ou uma redução no caixa disponível, potencialmente influenciada por conjunturas econômicas ou operacionais específicas desse período, incluindo possíveis impactos da pandemia.

Após esse pico de baixa no meio de 2020, o índice inicia uma recuperação, alcançando 0,14 no final de 2020 e mantendo-se em torno de 0,06 a 0,08 durante 2021 e 2022, sugerindo uma melhora na liquidez de caixa relativa ao passivo circulante. Essas variações podem indicar esforços para otimizar a gestão de caixa ou obras de redução do passivo de curto prazo.

Contudo, ao final de 2022 e início de 2023, observa-se uma redução do índice para níveis próximos de 0,03 e 0,04. Essa deterioração na liquidez de caixa em relação ao passivo circulante sugere uma potencial diminuição na disponibilidade de caixa líquida para cobrir obrigações de curto prazo, o que exigiria acompanhamento mais detalhado sobre as estratégias financeiras adotadas pela organização.

De modo geral, a evolução do índice evidencia períodos de fragilidade de liquidez, sobretudo no segundo trimestre de 2020, porém também representa fases de estabilização e melhora até os últimos trimestres do período analisado. A mudança no padrão de liquidez reforça a necessidade de monitoramento contínuo do gerenciamento de caixa e das políticas de gestão do passivo circulante.