Estrutura da demonstração de resultados
Dados trimestrais
Com base em relatórios: 10-Q (Data do relatório: 2022-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2022-03-31), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2021-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2021-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2021-03-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2020-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-03-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2019-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-03-31), 10-K (Data do relatório: 2018-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2018-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-03-31), 10-K (Data do relatório: 2017-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2017-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2017-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2017-03-31).
Ao analisar as tendências financeiras trimestrais, observa-se uma variação significativa nos resultados ao longo do período avaliado. As vendas líquidas mantêm-se constantes em 100% ao longo de todos os períodos, servindo como base comparativa para os demais indicadores.
O custo dos produtos vendidos apresentou uma tendência de redução expressiva em percentuais em relação às vendas líquidas, especialmente a partir do terceiro trimestre de 2019, quando atingiu valores próximos a 63,31%, e posteriormente estabilizou em torno de 65%. Essa redução implica uma melhora na margem bruta, que mostrou uma tendência de aumento, passando de patamares próximos de 8-12% até alcançar cerca de 36% no último trimestre considerado, refletindo uma maior eficiência na gestão de custos e margens operacionais.
As despesas com vendas, gerais e administrativas permaneceram relativamente estáveis, variando em torno de -2 a -5% das vendas líquidas, indicando controle das despesas operacionais relativas ao volume de vendas ao longo do período. Entretanto, houve momentos de leve aumento dessas despesas, como no final de 2019, quando atingiram aproximadamente -5%,, mas sem impacto excessivo na margem operacional.
Custos de fechamento de mina, que só aparecem na segunda metade do período, mostraram uma alta volatilidade, chegando a -53,38% na metade de 2020, possivelmente indicando ajustes ou eventos não recorrentes relacionados às operações de mineração, além de registros pontuais de custos que impactaram os resultados neste período.
Outras despesas operacionais permaneceram com valores próximos de -1 a -4% ao longo do tempo, mantendo uma tendência de estabilidade, embora com oscilações pontuais. Essas variações, combinadas com as oscilações no lucro operacional, indicam uma gestão consistente de custos fora do core operacional, ainda que com alguns picos de variação.
O lucro operacional demonstrou uma recuperação consistente a partir do terceiro trimestre de 2019, passando de resultados negativos de até -57,54% na mesma fase de 2019 para patamares superiores a 20% ao fim do período de análise. Essa melhora reflete, provavelmente, os efeitos da redução de custos e do aumento da margem bruta, além de controle nas despesas operacionais.
Custos de financiamento (despesa com juros líquida) permaneceram relativamente constantes, ao redor de -1,33% a -2,55%, indicando uma gestão de endividamento que não apresentou mudanças significativas ao longo do tempo.
Resultados de transação em moeda estrangeira mostraram alta volatilidade, variando de ganhos de até 4,48% a perdas de até -11,91%, impactando o resultado operacional de forma pontual, especialmente nos trimestres finais de 2019 e no primeiro semestre de 2020.
As receitas e despesas de outras naturezas mostraram-se relativamente estáveis, oscilando em torno de valores mínimos, com alguns períodos pouco expressivos de ganhos ou perdas pontuais, o que sugere uma política de gestão financeira que minimiza impactos não recorrentes.
Antes do imposto de renda, o resultado consolidado apresentou uma trajetória de forte recuperação, passando de prejuízos de até -58,47% na fase inicial de 2019 para resultados positivos superiores a 20% ao final do período, indicando uma melhora significativa na lucratividade operacional e na eficiência financeira ao longo do tempo.
A provisão para imposto de renda refletiu variações frequentes, com momentos de impacto negativo expressivo (até -23,43%) e períodos de recuperação, alinhando-se às variações nos resultados antes dos impostos. Essa dinâmica revelou uma gestão tributária que ajusta-se às condições fiscais e resultados Au benefício, especialmente na fase de recuperação dos lucros operacionais.
Ao analisar o resultado de empresas consolidadas, observa-se uma tendência de melhora, embora com períodos de prejuízo pontuais. Os resultados ajustados, incluindo equivalência patrimonial e participações não controladoras, indicam uma contribuição relativamente estável ao longo do período, mesmo com oscilações pontuais.
Em resumo, observa-se uma trajetória de melhorias na rentabilidade operacional, impulsionada pela redução dos custos de produção e pelo controle de despesas, com recuperação significativa a partir de 2019. A volatilidade pontual em itens como custos de mina, transações em moeda estrangeira e resultados de empresas não consolidadas indica fatores de risco e variáveis externas que impactam os resultados. Contudo, a tendência geral aponta para uma maior eficiência operacional e uma forte recuperação de resultados ao longo do período avaliado.