Hess Corp. (NYSE:HES)

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observam-se padrões relevantes nos indicadores de margem de lucro operacional, margem de lucro líquido, retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) e retorno sobre os ativos (ROA) ao longo do período considerado.

Índice de margem de lucro operacional

Houve uma tendência de melhora significativa entre o final de 2018 e o final de 2021, atingindo picos de aproximadamente 35% a 36%. Após esse período, a margem operacional apresenta uma leve retração no último trimestre de 2022 e início de 2023, embora se mantenha em níveis relativamente elevados quando comparados aos valores de 2018. Essas variações indicam uma melhora na eficiência operacional ao longo dos anos, seguida por uma estabilização em patamares superiores.

Índice de margem de lucro líquido

O índice de margem líquida demonstra uma deterioração acentuada a partir do segundo trimestre de 2019, atingindo valores negativos e acumulando perdas situadas entre -4,46% até -66,27% até o final de 2020. A partir de 2021, há uma recuperação gradual, com a margem líquida retornando a valores positivos e atingindo cerca de 18% no último trimestre de 2022. Apesar das melhorias, a margem líquida ainda não retorna aos níveis de 2018 e 2019, indicando desafios na rentabilidade líquida durante o período mais recente.

Índice de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE)

O ROE exibe uma tendência de forte queda a partir de 2019, chegando a valores negativos no período de crise financeira, com picos de -66,27% no final de 2019 e início de 2020. A partir de 2021, há sinais de recuperação, com valores positivos e uma expansão contínua, atingindo aproximadamente 26,68% no último trimestre de 2022. Esses dados sugerem que a geração de retorno sobre o patrimônio foi gravemente afetada durante o período de crise, mas vem se recuperando ao longo do tempo.

Rácio de rendibilidade dos ativos (ROA)

Semelhante ao ROE, o ROA mostra uma deterioração substancial a partir de 2019, atingindo valores negativos e, posteriormente, uma melhora para números positivos no último trimestre de 2021 e todo 2022. Pela análise, observa-se uma recuperação na eficiência na utilização dos ativos, especialmente a partir de 2021, embora os níveis atuais ainda estejam abaixo dos períodos pré-crise, refletindo uma maior dificuldade na geração de lucro líquido a partir dos ativos.

De modo geral, o período analisado apresenta uma fase de forte deterioração dos indicadores financeiros a partir de meados de 2019, atingindo pontos críticos no final de 2019 e início de 2020, possivelmente relacionados a fatores externos ou internos que afetaram a performance financeira. No entanto, a partir de 2021, há sinais de recuperação com tendências de melhora tanto na rentabilidade operacional quanto na líquida e na eficiência na utilização de ativos e patrimônio, levando a uma perspectiva de retomada do desempenho financeiro.

O desempenho financeiro revela variações significativas nos resultados ao longo do período analisado. O resultado antes de juros e impostos apresentou valores positivos até o terceiro trimestre de 2018, atingindo um pico de US$ 223 milhões, seguido por uma tendência de declínio, culminando em prejuízos expressivos ao final de 2019 e início de 2020, atingindo aproximadamente -US$ 2,3 bilhões no primeiro trimestre de 2020.

Essa situação de prejuízo se estendeu até o terceiro trimestre de 2020, quando houve uma inesperada reversão, atingindo um resultado positivo de US$ 998 milhões no terceiro trimestre de 2022, após apresentar prejuízos substanciais nos períodos anteriores. Essa mudança indica uma possível recuperação ou ajustes operacionais que impactaram positivamente a rentabilidade.

Em relação às receitas operacionais, houve um aumento contínuo ao longo do período, passando de US$ 1.346 milhões no primeiro trimestre de 2018 para valores superiores a US$ 2.800 milhões em 2023. Essa evolução indica uma expansão de vendas e receitas na maioria dos trimestres, embora haja períodos de desaceleração, como no início de 2019 e no final de 2022, que podem estar ligados a fatores de mercado ou operacionais.

O índice de margem de lucro operacional apresentou uma trajetória de crescimento consistente desde o quarto trimestre de 2018, atingindo níveis acima de 30% após o segundo semestre de 2021. Essa melhora na margem sugere maior eficiência operacional, maior lucratividade relativa às receitas, ou ambos, especialmente após um período marcado por prejuízos e margens negativas no início de 2020. A evolução indica que a companhia conseguiu melhorar sua gestão de custos e despesas operacionais, refletindo positivamente na rentabilidade relativa às receitas.

Em suma, observa-se uma trajetória de recuperação na rentabilidade operacional após um período de dificuldades financeiras severas, acompanhada pelo crescimento das receitas. Essas tendências apontam para uma potencial reestruturação interna ou adaptação a condições de mercado que resultaram na melhora do desempenho financeiro no período mais recente analisado.

Ao analisar os dados financeiros fornecidos, observa-se que houve uma variação significativa no lucro líquido atribuível à Hess Corporation ao longo do período avaliado. Nos primeiros trimestres de 2018, o lucro líquido apresentou valores negativos moderados, chegando a um prejuízo de US$ -222 milhões no último trimestre de 2019, indicando dificuldades financeiras nesse período.

Após esse ponto, nota-se uma recuperação progressiva, com a empresa apresentando lucros positivos a partir do primeiro trimestre de 2020, atingindo US$ 252 milhões nesse trimestre. Essa tendência de melhoria se mantém ao longo de 2020 e 2021, culminando em um pico de lucro de US$ 667 milhões no último trimestre de 2022. Em 2023, o lucro líquido manteve-se positivo, porém numa faixa inferior ao pico, variando entre aproximadamente US$ 346 milhões e US$ 504 milhões.

Outro aspecto que merece destaque é a evolução das vendas e outras receitas operacionais. Os dados indicam que o volume de receitas apresentou crescimento consistente ao longo do período, especialmente no segundo semestre de 2021 e em 2022, atingindo valores superiores a US$ 3 bilhões, sugerindo uma expansão nas operações ou melhoria na eficiência operacional.

Quanto ao índice de margem de lucro líquido, observa-se uma tendência de alto impacto durante o período, com valores extremamente negativos em 2019 e início de 2020, atingindo até -66,27% no último trimestre de 2019. Essa situação reforça a presença de desafios financeiros e de rentabilidade nesse período, possivelmente relacionados a variações nos preços do petróleo, custos operacionais elevados ou outros fatores de mercado. A partir de 2020, o índice de margem mostra melhora significativa, chegando a valores positivos a partir do primeiro trimestre de 2021, atingindo até 18,51% no último trimestre de 2021, refletindo uma melhora na rentabilidade da operação.

Resumidamente, a análise revela uma fase de dificuldades financeiras intermediárias, seguida por uma trajetória de recuperação consistente, com aumento das receitas e melhora na margem de lucro líquida, indicando uma recuperação operacional e financeira ao longo do período avaliado.

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se uma tendência de declínio no patrimônio líquido, com uma redução significativa ao longo do período, passando de cerca de US$ 10.605 milhões no primeiro trimestre de 2018 para aproximadamente US$ 8.631 milhões no último trimestre de 2023. Esse declínio reflete uma possível diminuição na valorização patrimonial da empresa ou a realização de perdas acumuladas ao longo dos anos.

Em relação ao lucro líquido atribuído à Hess Corporation, demonstra-se uma volatilidade expressiva, com períodos de prejuízo acentuado sobretudo a partir do terceiro trimestre de 2019 até o segundo trimestre de 2021. Nesse intervalo, os resultados negativos atingiram valores superiores a US$ 2.4 bilhões, evidenciando momentos de instabilidade financeira ou altos custos operacionais. Desde o terceiro trimestre de 2021, há uma recuperação progressiva, com o retorno ao lucro e crescimento consistente dos valores, atingindo US$ 504 milhões no último trimestre de 2023.

O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) apresentou períodos de alta volatilidade, especialmente de meados de 2019 até o terceiro trimestre de 2021, quando atingiu valores negativos extremos de até -57,64%. Essa condição explica a fase de prejuízos acumulados, refletindo um período de dificuldades financeiras ou de fortes perdas operacionais. Após esse pico negativo, observa-se uma recuperação gradual do ROE, com valores positivos a partir do quarto trimestre de 2021, chegando a aproximadamente 26,68% no trimestre de junho de 2022, indicando uma melhora na rentabilidade relativa do patrimônio.

Nos períodos mais recentes, o ROE permanece positivo e relativamente robusto, porém em ritmo de desaceleração, sugerindo que a empresa conseguiu recuperar sua lucratividade em relação ao patrimônio, embora ainda enfrente desafios de manutenção de altos níveis de retorno. Em suma, o cenário demonstra uma fase de superação dos momentos de crise, com melhora na geração de lucros e na valorização patrimonial, porém ainda dentro de uma trajetória de recomposição e ajustes financeiros.

Trends de Lucro Líquido Atrelado à Hess Corporation

O lucro líquido apresentou grande volatilidade ao longo do período analisado. Nos primeiros trimestres de 2018, o resultado permaneceu negativo, com prejuízos que oscilaram entre -106 milhões e -222 milhões de dólares. Após esse período de perdas, uma recuperação significativa ocorreu em 2021, sobretudo a partir do primeiro trimestre, quando o resultado passou a ser positivo, atingindo até 667 milhões de dólares no terceiro trimestre de 2022. Essa tendência de melhora contínua indica um fortalecimento na rentabilidade operacional da companhia, culminando em lucros expressivos nos últimos trimestres de 2022 e início de 2023, com valores em torno de 504 milhões de dólares no segundo trimestre de 2023.

Ativos Totais

Os ativos totais mostraram crescimento ao longo do período avaliado, passando de aproximadamente 22.072 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2018 para 23.230 milhões no terceiro trimestre de 2023. Apesar de algumas oscilações de curto prazo, especialmente entre 2019 e 2021, a tendência geral é de incremento consistente nos ativos, refletindo possível expansão de operações ou investimentos de maior valor ao longo do tempo.

Retorno sobre Ativos (ROA)

O indicador ROA apresentou forte melhora após o período de perdas. Nos primeiros anos, não foram fornecidos dados, porém, a partir do quarto trimestre de 2018, observou-se uma tendência de deterioração, atingindo níveis negativos expressivos de até -16,96% no final de 2019, o que indica baixa eficiência na utilização dos ativos nesse período. A partir de então, a métrica começou a reverter, tornando-se positiva em 2021, com valores crescendo continuamente até atingir cerca de 9% em 2022 e permanecendo nesse patamar no primeiro semestre de 2023. Essa recuperação sugere melhorias na rentabilidade operacional e na eficiência do uso dos ativos ao longo do tempo, alinhada ao retorno positivo de lucros na mesma fase.